Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

SindUTE debate a reforma da previdência

Edição nº 1563 - 24 de março de 2017

A Profa. Maria Helena Gabriel, presidenta regional do Sind-UTE/MG, em Uberaba, esteve em Sacramento nessa terça-feira 21 para sensibilizar os trabalhadores em educação para aderirem à greve estadual, iniciada no último dia 15. De acordo com a presidenta o sindicato vem cobrando essas reivindicações do governo, mas sem resultado, o que levou a categoria optar, por decisão tomada em assembleia geral, pelo movimento grevista por tempo indeterminado. 

“- O objetivo da visita foi de sensibilizar os servidores da educação para a adesão ao movimento que luta contra as reformas da   Previdenciária e Trabalhista, além de reivindicações ao Governo Estadual para que cumpra a lei do piso salarial nacional”, justificou a professora ao ET.

De acordo com Maria Helena, o Governo não pagou em fevereiro o reajuste do MEC de  7,64%  para 2017 e ainda não pagou os atrasados dos três primeiros meses de 2016, isto é, o governo só começou a pagar o reajuste do  piso  de 11, 36%, a partir do contracheque do  mês de maio, relativo ao mês de abril, ficando portanto,  atrasados os meses de janeiro, fevereiro e março. 

Outra dívida do Governo com a Educação é o pagamento do Adicional de Valorização da Educação Básica (Adveb), correspondente a 5%, que é pago a cada cinco anos e de efetivo exercício na carreira, desde 2012.  Além dessas pendências, o Governo paralisou a concessão de promoções e progressão a que os professores têm direito.

 Maria Helena deixou claro aos presentes que todos os direitos dos servidores atualmente foram conquistados através de muita luta. “AS nomeações de que tanto se fala foi conquista nossa, fruto de uma luta que vinha desde 2011, haja vista os concursados daquela época, não haviam sido nomeados. 

O piso salarial é uma luta nossa, que só começou a ser pago em 2015 e se ficarmos de braços cruzados poderemos perder o que conquistamos com as reformas que estão aí sendo discutidas. Que professor fica numa sala de aula até os 65, 70, 75 anos?  Que trabalhador consegue trabalhar tanto tempo?  E a reforma trabalhista? Vão acabar com concursos públicos? Vão terceirizar?”, questionou. “O presidente ilegítimo, Michel Temer, continua na sua saga de vender o país”, denunciou a professora.

Na noite dessa quarta-feira seria aprovado um projeto de terceirização de serviços que tramitava há 15 anos. Da forma como foi aprovado, podem ser terceirizados serviços, tanto de atividade-meio (auxiliares de serviços) e atividade-fim (professores), no caso da Educação. Se for sancionada, ninguém sabe o que virá pela frente... 

Maria Helena deixou claro que entende o medo dos servidores em aderir à greve, pelo corte de salário, a reposição, mas garantiu que nenhum servidor público pode ser demitido por greve, conforme  o informe nº 131, que trata do Direito de Greve e que já foi distribuídos nas escolas. “Será que o pessoal leu? O que é melhor repor os dias parados  correr o risco de ficar sem concurso, de perder direitos adquiridos, sem saber se poderá aposentar?”

De acordo com a professora Augusta Souza  Furtado, presidente da subsede do Sind- UTE em Sacramento, a vinda da coordenação regional foi um pedido dos servidores que participaram da reunião na Casa da Cultura, no dia 15. “Tivemos uma reunião no dia 15, discutimos sobre a previdência e a situação do Estado e são muitas dúvidas.  E o pessoal pediu mais esclarecimentos, por isso convidamos a equipe regional e hoje o pessoal não compareceu.  Todas os escolas, todos os servidores foram convidados nas escolas, para pelo menos ouvir tirar dúvidas. Mas ainda assim, a luta continua. Alguns poucos professores aderiram à greve e juntos vamos fazer um trabalho sensibilização  nas escolas. Nossa luta não pode parar”, afirmou.

De acordo dom a coordenadora Maria Helena, na próxima terça-feira 28 haverá uma assembléia de avaliação do movimento em Belo Horizonte e aguardar o Governo chamar para negociação.  “Enquanto isso vamos continuar o trabalho na região. já visitamos várias cidades, várias escolas e aos poucos a adesão vem crescendo”