Dos 2.891 recém-formados em medicina que fizeram o exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) em outubro 2014, 1.589 estudantes, ou seja, 55% do total, foram reprovados. Segundo critérios da Fundação Carlos Chagas (FCC), que aplicou o exame, 33% das questões foram consideradas "fáceis", 4,6% "muito fáceis" e 32,4% "médio". As demais questões (29,6% ), onsideradas difíceis.
Mas os recém-formados erraram questões básicas sobre atendimento inicial de vítima de ferimento por arma branca, pneumonia, pancreatite aguda e pedra na vesícula. O exame é obrigatório para quem deseja se inscrever no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CRM) e atuar no estado. Mas a reprovação não impede o exercício da profissão. De acordo com Dr. Braulio Luna Filho, presidente do Cremesp e coordenador do exame, isso ocorre porque, por força de lei, o conselho não pode condicionar o registro médico ao resultado de uma prova. “Para tanto, seria preciso uma lei federal, assim como acontece com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)”.