Trabalhadores da Educação de Minas Gerais iniciaram greve por tempo indeterminado na última quarta-feira, 21. A decisão foi tirada em assembleia realizada em Belo Horizonte na tarde do dia 15, quando votaram a favor da paralisação das atividades da classe em todo o Estado.
Educadores e educadoras, que paralisaram as atividades na quinta-feira, reivindicam na campanha salarial de 2014, entre outros itens, o descongelamento da carreira, o pagamento do Piso Nacional Profissional, a nomeação dos concursados e solução para os efetivados sem concurso pela Lei 100/2007, considerada inconstitucional pelo STF, quando mais de 90 mil servidores ficaram ameaçados de perder o emprego.
Na assembléia que decidiu pela greve, o Sindicado soltou uma moção de repúdio, pelo assalto ao ônibus fretado que levava professores de Ituiutaba, Uberlândia e Araguari para a assembléia em BH.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o ônibus que saiu de Ituiutaba rumo à capital pela MGC-452, foi interceptado no km 249, no município de Perdizes, por três homens num carro branco, que obrigaram o motorista a parar e, com uma arma na cabeça do condutor obrigaram-no a levar para uma estrada vicinal a cerca de 300 metros do ponto de interceptação, às margens da rodovia estadual.
Dois indivíduos dentro do ônibus ameaçavam os passageiros enquanto coletavam os objetos e, um terceiro monitorava, permaneceu fora do veículo, com que monitorando a estrada. Depois de “limparem” os passageiros e os dois motoristas, os três assaltantes fugiram deixando um recado, que permanecessem dentro do veículo durante uma hora, sem sair do local e sumiram.
A presidenta do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, protocolou no Ministério Público Federal uma ação de improbidade administrativa contra os ex-governadores, Aécio Neves e Antônio Anastasia, responsáveis pela implantação da Lei 100/2007 no Estado, que efetivou sem concurso milhares de servidores, caracterizando crime de responsabilidade.