Câmara lembra tragédia dos Universitários

Um minuto de silêncio marcou o início da reunião da Câmara Municipal, na segunda-feira, 6, consagrado em lei municipal como Dia do Universitário, em  homenagem aos universitários, falecidos em 8 de maio de 2002. A data foi instituída pela Lei nº 998/2006, a partir de projeto de lei de autoria do vereador José Maria Sobrinho, subscritado também pelo então vereador, Bruno Scalon Cordeiro. 

Em entrevista ao ET, o presidente da Câmara, falou da importância da data. “É uma lembrança triste, as chagas daquela tragédia, ainda hoje continuam em nossos corações e jamais serão apagadas. Pensamos nos familiares, nos amigos, cuja saudade é permanente, a dor não passa e só nos resta solidarizar com os familiares', justifica, lembrando que este foi um dos maiores acidentes ocorridos na região e que serviu como alerta para todo o país e o problema das estrada foi solucionado.

“- Naquela tragédia se colheu um ensinamento, porque foram tantas outras tragédias naquele local, mas de menor proporção e que, infelizmente, nunca tocaram as autoridades. Foi preciso uma tragédia imensurável como aquela para realmente haver  uma atitude política. O fato mobilizou a nação e hoje, vemos quantas vidas foram salvas depois da correção da estrada. Esse foi um mal incomensurável para nós, mas que acabou salvando tantas outras vítimas, por isso esta justa homenagem”, justificou.

Ato público no monumento ao fundador da cidade

A Prefeitura realizou na manhã do dia 8, um ato público no monumento ao fundador da cidade, em homenagem aos universitários mortos no acidente ocorrido na serra da Rifaina há 11 anos. As bandeiras do Brasil, Minas e Município foram hasteadas e arreadas no monumento, respectivamente, pelo presidente da Câmara, José Maria Sobrinho, pároco Sérgio Márcio de Oliveira e prefeito Bruno Scalon Cordeiro, seguindo-se com a colocação de uma coroa de flores no monumento.

Presenças registradas de familiares e amigos dos estudantes mortos na tragédia, vereadores, funcionários municipais e alunos da Escola Afonso Pena, acompanhados dos professores.  

Na oportunidade, discursos do presidente da Câmara, vereador José Maria Sobrinho e do prefeito Bruno Scalon Cordeiro, que disse entre outras palavras, que “expressar saudade é também uma forma de homenagem”. Notou-se na homenagem a ausência dos atuais universitários. 

19 estudantes e o motorista morreram no acidente  

Em 8 de maio de 2002, 19 universitários que estudavam em Franca e o motorista, morreram  no mais trágico acidente já ocorrido na Serra da Rifaina,  local conhecido como 'Curva da Morte', no Km 459, da rodovia Cândido Portinari.

Naquele dia, a  cidade parou e chorou os seus filhos: Gilmar Borges da Silva, 30; Rodrigo Silva Batista, 30, com a  namorada  Márcia Aparecida  Araujo Silva, 22 e acunhada  Eliane Araujo, Silva, 20; Uratiene Lopes de Souza, 22; Karina Maria Alves, 22;  Fabiana Gobbo, 20; Kristine Siviere Bessa, 22;  Nancy de Lourdes Pereira, 49;  Dayana Barbosa de Melo Oliveira, 10; Rosemar Aparecida Vieira, 28; Tânia Maria Alves Cintra, 21; Joana D´Arc Batista Cruvinel, 25;  Ricardo Tavares Cirino, 20; Euzébio Cardoso do Prado, 25; Regina Maria  da Costa Machado, 35; Maria Regina Popolim, 35 e seu namorado   Antonio Joaquim  de Almeida, 35; Maria Aparecida Zago, 28 e, o  motorista Inácio Rosa dos Santos, 53. 

O velório no Marquezinho contou com a presença do então governador,  Itamar Franco.