‘Escola Coronel’ completa 80 anos

O último domingo, 3 de março, foi de festa para a família Coronel José Afonso de Almeida que abriu, com um café da manhã, as comemorações do 80º aniversário daquela instituição de ensino, fundada no dia 03 de março de 1933, pelo Prof. César de Oliveira. 

A cerimônia, presidida pela diretora Mônica Vieira de Almeida, ao lado dos vice- diretores, Adriana Marcondes Monteiro Rezende, José Bonifácio Cruvinel e Maria Tereza Silvério de Melo contou com a presença dos atuais e ex-servidores, todos carinhosamente recepcionados por alunos e servidores da escola. Registre-se a presença de representantes de outras escolas da cidade; da inspetora Marileia Abadia Alves; do vice-prefeito Geraldo Majela Carvalho e alunos, dentre outros. E todos foram saudados pela Fanfarra Aracy Lopes Pavanelli, regida pelo ex-aluno, Ivan Rosa Gomide. 

A cerimônia foi marcada pelo reencontro de ex-diretores, ex-professores e servidores atuais, dominando em todos, um misto de alegria, risos e felicidade aliados a momentos também de tristezas pelas saudades de colegas que já se foram. Durante a solenidade de abertura foram rememoradas histórias de conquistas, glórias e de perdas que marcaram esses 80 anos de educação desse educandário, que nasceu sob o nome de Escola Normal de Sacramento.

 Abrindo as comemorações, ressaltou a diretora Mônica: “É impossível externar a emoção deste momento. É um misto de sentimentos indescritíveis, mas que escapam do fundo da alma em forma de encantamento e amor. Imbuídos nestes sentimentos, estamos aqui para celebrar os 80 anos da E.E. Cel José Afonso de Almeida”. 

A ex-diretora Marlúcia Magnabosco Ribeiro e a ex- supervisora pedagógica da escola Iara Maria  de Araújo descerraram a placa comemorativa dos 80 anos, com os dizeres: “...E a vida se eterniza a cada dia quando há atos pautados na justiça, na solidariedade e no amor ao próximo”. 

Ex-servidores rememoram a história que começou em 1933, com César de Oliveira

Após a exibição de um vídeo, o professor Carlos Alberto Cerchi, representando os atuais servidores, e os ex diretores Célia Maria de Almeida Costa e Walmor Júlio Silva e a ex-pedagoga, Alzira Bessa França Amui deixaram sua mensagem pela efeméride, homenageando todos aqueles servidores que passaram e passam pela escola dando sua parcela de contribuição que, somada a tanto trabalho, a transformou em uma grande e querida escola, a EE Cel. José Afonso de Almeida.

Carlos Alberto Cerchi, atual presidente da subsede local do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (SindUTE/MG), destacou o papel e a importância de uma escola para uma sociedade. Historicamente, relembrou fatos e enalteceu o papel dos educadores na construção daquele edifício pedagógico. Fez referência ao trabalho de uma das diretoras, Profa. Maria Crema, que, segundo ele, disse certa vez: “A escola não é minha e não é da prefeitura. Ela é uma escola”. Berto Cerchi emocionou-se ao recordar seus primeiros anos como professor, as oportunidades, as alegrias e as lutas vividas em defesa de uma educação democrática. 

Célia Maria de Almeida Costa, professora de Psicologia e diretora entre 1977 a 1981, com a simpatia de sempre, arrancou risos dos colegas ao narrar suas histórias. Mas teve momentos também de nostalgia. “Aqui na escola, na união de profissionalismo, na capacidade de doação, descobrimos que não nascemos para viver, mas sim para conviver”, disse e lembrou: “Assistimos à luta de Maria Crema em dar continuidade à então Escola Normal. Acompanhamos dona Aracy, dinâmica emprendedora. A escola era o filho que não teve..., dona  Corália, que com  sua sabedoria  tudo observava”. Ressaltando ainda passagens de vários servidores. 

Alzira Bessa França Amui, ex-professora do curso Magistério e pedagoga, lembrou a importância de redescobrir a história, dos projetos e atividades nas quatro primeiras séries e o carinho dos servidores. Lembrou Albina, companheira de trabalho, fez rir ao lembrar fatos vividos ao longo de suas atividades na escola. 

E, finalmente, o ex-diretor Walmor Julio Silva que, destacando a figura do fundador César de Oliveira e dos pioneiros que o antecederam, lembrou o início de sua atividade na escola, o convívio com  os colegas de todos os setores e os projetos idealizados com os alunos, visando sempre a formação de seu protagonismo. Emocionou-se e fez emocionar ao lembrar da perseguição que também sofrera na escola e dos amigos, 'Seu' Eurípedes e Profa. Tatá. Sob os acordes de 'Pequena canção à escola', composta por ele e pela Profa. Cláudia Cruvinel, que dirigiu o 'Coralnel' por oito anos, finalizou, falando da beleza da educação e dos 80 anos da instituição.