Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Mateus Fraga demonstra projetos na Universidade de Manchester

Edição nº 1133 - 21 Dezembro 2008

O jovem médico veterinário, Mateus Alves Fraga, no último dia 8, partiu para a Inglaterra onde permanece durante 20 dias, a convite da Universidade de Manchester, para demonstrar seus projetos nessa área. Egresso do curso de Veterinária da UFU, acompanhou os alunos, formandos da UFU, e o professor João Batista Ferreira dos Santos, na visita ao Haras Zandonaide, no último dia 03, quando falou ao ET sobre sua recente experiência nos Estados Unidos, na Universidade de Cornell, em Itaca. “Hoje sou funcionário das fazendas Scala, faço aquilo que sempre sonhei, trabalhar na parte clínica reprodutiva, na reprodução de bovino leiteiro que foi a área a que me dediquei nos EUA”, disse.

Segundo Mateus, esse tipo de visita feita pelos alunos enriquece a sua experiência. Teoria na universidade, prática nas fazendas. Mas com muito trabalho. Tanto que chegou a se desentender com o proprietário da fazenda onde trabalhou nos Estados Unidos. “Após concluir o estágio obrigatório, fui trabalhar numa fazenda de leite, mas fiquei lá apenas um mês e meio. Aquilo era loucura. Lá é trabalho, trabalho, trabalho... Eles vivem em função disso. Trabalhava de terça a domingo das 6h00 da manhã às 9h00 da noite. Eu ficava exausto com a jornada. Não queria mais trabalhar daqueles jeito. Sentia falta dos amigos, falta de sair no final de semana, de me divertir, fazer as coisas a que toda pessoa tem direito. É claro também que aprendi muito nessa fazenda, muita coisa mesmo. Eles têm uma clínica e animais de altíssimo nível, mas larguei tudo...” – conta.

“- O que aprendi lá – recorda mais Mateus - veio aprofundar os conhecimentos adquiridos na universidade que nos dá uma noção geral sobre tudo. 90% do que faço hoje em minha vida profissional, aprendi na Universidade de Cornell, em Itaca. Na faculdade eu ficava ajudando os estudantes de PHD, fazendo toda a parte de laboratório. Lá, eles aprendem muita teoria, mas têm pouca prática. Então, era como que uma troca, porque eles precisavam de pessoas que soubesse tirar sangue, apalpar animais. Diariamente, íamos pra fazenda coletar amostras de material, além disso tinha que assistir às aulas e fiz isso durante quatro meses”, explica.

De acordo com Mateus, a pecuária leiteira estadunidense é desenvolvidíssima, bem como a qualidade do leite. “Eles estão muito à frente do Brasil em matéria de pecuária leiteira e foi por esse motivo que quis fazer o estágio lá. Mas o diferencial é que os pecuaristas trabalham com uma segurança muito grande, porque o governo subsidia, os preços não oscilam como  aqui no Brasil”, explica. 

Em sacramento, trabalhando diretamente na pecuária leiteira do grupo Scala, Mateus afirma que não se contenta apenas com o trabalho no campo. Continua ativo em projetos de pesquisa. “Nos Estados Unidos, publicamos seis projetos de pesquisa, e eu continuei o trabalho aqui. Estou escrevendo os projetos que faço nas fazendas, através da coleta de dados sobre a eficiência reprodutiva e de diferentes protocolos de sincronização. Pretendo publicá-los”, afirma.