O velho ‘‘Tio Adolfo’’ O melhor peão das redondezas
Olhe para trás, Tio Adolfo, uma geração já partiu, outra se perde no horizonte e a outra está no auge do seu esplendor... quanta saudade nisso tudo! O negro bonito que já fez muita cabloca chorar de amor... o negro bonito, o peão de boiadeiro, sem medo de burro bravo, cavalo chucro! Negro macho, sem ser cabra da peste. Negro bondoso de coração puro...
ET - O que aconteceu depois que fugiu da escola?
Tio Adolfo - Fui mexer com gado e burro bravo lá no Rio das Velhas. E aquilo que era vida, eu adorava tudo aquilo, a fazenda era do Zeca Miguel.
ET - Quando foi que voltou para a cidade?
Tio Adolfo - Êh! Apareceu uma mulata! A Maria de Jesus, bonita que nem ela só, com quem eu me casei e tive cinco filhos. Era um espetáculo, muito bonita mesmo. Tinha um jeito muito gostoso de falar, que me fez apaixonar no primeiro encontro.