Paulo Freitas, 43, acusado de estupro da menor L, seis anos, no sábado, 16, foi preso na quarta-feira, por volta das 10h00, pela polícia civil, quando tentava pegar um moto-táxi, no ponto ao lado do semáforo da av. Cônego Julião Nunes. Na Depol, enquanto Paulo aguardava a chegada da Delegada, alguns familiares, bastante revoltados, comentavam a monstruosidade do ato. Uma das tias da menor (nome preservado) conversou com nossa reportagem, revelando detalhes do que ocorreu naquela manhã.
Segundo a tia, Freitas é parente da vítima. “Ele é nosso primo, moramos todos perto uns dos outros, no bairro São Geraldo. Estávamos dentro da casa de L e ela brincava na porta da casa. Quando demos pela falta dela, fomos procurar, porque ela é deficiente, sofre de paralisia cerebral do lado esquerdo, tem dificuldade para andar e falar. Aí ouvimos gritos sufocados na lavoura de café”, conta aos choros a tia, extremamente revoltada.
Prossegue, afirmando que sua mãe ouviu voz de homem chamando pela menor. Foi quando o irmão, T, foi correndo em direção a um cafezal que fica além do quintal da casa. “Meu irmão foi correndo e a encontrou toda suja de lama e ensangüentada. Ela foi levada para o pronto socorro, paralisada, inerte. Lá os médicos comprovaram que ela foi estuprada. Aí ficamos desesperados, ela tem apenas seis aninhos, é indefesa. Ele é primo da gente, é revoltante”, contou a tia, entre lágrimas.
O Jornal não teve acesso ao depoimento da família, mas segundo a tia entrevistada, com a anuência dos demais familiares, não é a primeira vez que Paulo age dessa forma. “A mulher dele, no dia do nosso depoimento, o denunciou também por violentar sua filha de 11 com o dedo e de estuprá-la por todo lado, a própria mulher, na frente dos filhos. Isso está no depoimento da mulher dele, aqui na delegacia”, afirmou.
Sobre a prisão de Paulo, na quarta-feira, a tia falou de algumas pessoas que ajudaram Freitas a fugir. “Eu não sei como tem gente que acoberta uma pessoa que faz isso. Muita gente o ajudou a fugir. Só que ele estava por aqui mesmo, porque foi preso hoje, estava no moto-táxi, talvez para fugir para longe. Isso não tem perdão, porque ela não fala direito, não movimenta direito do lado esquerdo. Ela é muito simples, qualquer um a leva pela mão, é uma inocente, qualquer um pode chamá-la que ela vai. É revoltante isso, mas com ela é pior, tem que ter justiça”.
Segundo a tia da menor, Paulo é casado e pai de três filhos. “Ele não estava bêbado, ele bebeu mais cedo, mas depois de dormir, à noite estava lúcido. Foi questão de poucos minutos ele pegá-la e levá-la para cafezal. Foi debaixo do nosso nariz, mas quem ia esperar uma coisa dessas com uma pessoa da família”, lamentou, chorando.
A menor L é atendida pela APAe de Sacramento e pela Casa Assistencial Bezerra de Menezes em Santa Maria.