Às vésperas da abertura de mais um Festival de Inverno do PNJ, o ET conversou com o empresário, idealizador do Festival, Ivan Sebastião Barbosa Afonso que, como curador do evento, tem grandes expectativas. Veja a entrevista.
ET - Quais são as expectativas para a realização de mais um Festival em Jaguara?
Ivan - Os sonhadores são sempre otimistas. Creio que o VI Festival será ainda melhor. A programação é ampla e plural. Temos uma participação cultural intensa, com música, dança, teatro. Termos quatro mesas redondas substantivas. Continua aquela da história regional, abordando o Desemboque, a cultura negra, a anselmada de Franca, prefeitos de Sacramento.
A Universidade de Franca abordará o turismo náutico e o turismo místico/religioso, que são os principais segmentos turísticos da Região. Faremos uma mesa redonda comemorando o centenário de Carolina, trazendo para a palestra a amiga Madalena Magnambosco, que tem tese de doutorado sobre Carolina na UFMG, e com ela virá debater a Academia Triangulina de Letras. Incluímos, para não mais retirar, uma Mesa sobre Cidadania, que versará sobre os 225 anos da Revolução Francesa e a realidade nacional.
Homenagearemos Dorival Caime e incentivaremos o artesanato regional. Promoveremos a III Mostra de Curta Metragem e o III Concurso de Fotografia que são eventos que atraem participantes de todo o Brasil.
Retornam as cidades que sempre estão conosco, como Sacramento, Uberaba, Araxá, Franca, Conquista, Rifaina, Conceição das Alagoas, Igarapava, Perdizes, Aramina, e, apresentam-se pela primeira vez, Guará, Brodowsky, Buritizal e Fronteira, que está a mais de 300 km daqui. Vê-se que tudo isto é muito encorajador.
ET - Já se consolida aquele projeto inicial que nasceu tão tímido e hoje alcança já sua sexta edição?
Ivan - É bem verdade que iniciamos com muita timidez e, se não fosse o entusiasmo de alguns amigos, não teríamos a audácia de caminhar. Hoje está consolidado o Festival. Quando cidades distantes entendem que é importante participar, quando Universidades desejam espaço, quando grupos culturais esperam por convites, temos que reconhecer que Deus tem nos ajudado. Naturalmente que as dificuldades são imensas, mas sempre contamos com o apoio de alguns imprescindíveis e aqueles que nos faltam, não são necessários.
ET - Fazendo um retrospecto das cinco edições realizadas, que contribuições você acha que o Festival trouxe à região?
Ivan - Analisando a jornada até aqui, vemos que a cultura tem tornado mais importante na Região. As escolas de música, de dança, crescem. Os alunos tem entusiasmo. As mães se preocupam mais com o crescimento dos filhos. Veja, neste próximo domingo, dia 27, teremos apresentações de Araxá, Igarapava e Conceição das Alagoas, além do artesanato de Aramina. É a Região se encontrando, conhecendo-se no Parque Náutico. O desejo de participação é um atestado da importância do Festival e de sua contribuição para a Região.
ET - Dentro da programação do evento deste ano, está difícil destacar algum número especial pela riqueza do conteúdo artístico, mostras, concursos e mesas redondas. Mas o que você recomendaria?
Ivan - É muito difícil para mim fazer qualquer recomendação. Tudo é muito bom. As pessoas devem procurar conhecer a programação e eleger aqueles eventos que não deve perder. Teremos desde a banda Lira do Borá até escola de dança árabe de Franca. Desde Carolina até o turismo religioso. Desde Cláudia Cruvinel até o professor Cleomar. Realizaremos Festival de Curta Metragem, presidido por Guido Bilharinho e, também, concurso nacional de Fotografia. É muito importante participar, aprender, divertir-se, crescer. Além do mais, creio que é importante prestigiar um evento desta natureza na Região. Um amigo, folheando a programação disse-me: " Isto é coisa de capital". Respondi-lhe: "E do Sertão da Farinha Podre".
ET - Qual o futuro do Festival do PNJ?
Ivan - Enquanto os sonhos existirem e os amigos estiverem por perto, iremos neste caminho. Vamos cultivar aqueles que já nos apoiam e buscar a participação de outros, também importantes e que ainda não estão conosco. Pensamos introduzir discussões mais necessárias ao povo. Queremos que o Festival dê uma contribuição ainda maior para o desenvolvimento das pessoas daqui. Vamos focar cada vez mais nas crianças. Vamos refletindo, nos aconselhando e, sobretudo, trabalhando. Deus deverá nos guiar.