Crônica - A verdadeira simbologia da bandeira de Sacramento

A Bandeira de Sacramento foi idealizada pela grande artista plástica, Irmã Maria Benigna de Jesus Martins, freira da Congregação de São José de Cluny, que morou na cidade nos anos 70. A pedido do então prefeito, José Alberto Bernardes Borges, Ir. Benigna desenhou aquele belo estandarte.  Assentada sobre um retângulo azul, a bandeira se abre em um triângulo formado por duas faixas brancas a partir do mastro até as duas extremidades opostas, porém, que não se fecha, como dois braços amparando um círculo branco dentro do qual está a estrela de Davi, de seis pontas, em vermelho. 

Na simbologia, Ir. Benigna escreveu que o campo azul corresponde ao manto de Maria, obedecendo à narração histórica do nascimento da cidade que surgiu a partir da construção da capela do Santíssimo Sacramento, apresentado pelo patrocínio de Maria, em 24 de agosto de 1820. As duas faixas brancas simbolizam a paz e a concórdia do povo que se formou em Sacramento, em um triângulo que não se fecha, como dois braços que seguram um círculo branco, representando a hóstia consagrada, ou o Santíssimo Sacramento, a quem a capela, construída pelo fundador, Cgo. Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswick, foi dedicada.  

Finalmente, a estrela de Davi, de seis pontas, em vermelho, mais uma vez mostra a descendência nobre de Maria, 'da estirpe do rei Davi'. O vermelho, na simbologia da saudosa Ir. Benigna, demonstra a bravura, o espírito de luta, a raça de um povo destemido, onde palpita o sangue (vermelho) revolucionário de um Cgo. Hermógenes, de um Coronel José Afonso, de um Eurípedes Barsanulfo, de um Pe. Victor, de um Leonard Nye, de uma Carolina Maria de Jesus, uma Ir. Benigna, uma Corina Novelino, uma Corália Venites pra citar apenas alguns dos grandes mortos que fizeram a grandeza desta terra. 

O erro de se usá-la ao contrário é mesmo, infelizmente, muito comum. Até na manga dos uniformes da Guarda Municipal, criada pelo último governo, a bandeira está invertida. Assim como num plástico colado nos carros, ao lado das bandeiras do Brasil e de Minas. 

Isso acontece, primeiro, porque, a maioria das vezes, não entendemos sua simbologia; outra, porque nos passa despercebido, como aconteceu na edição anterior deste jornal, ao publicar a foto do prefeito com a bandeira invertida. Embora a foto tenha vindo da assessoria de comunicação da Prefeitura, foi uma lamentável falha da redação em, também, não se ater ao detalhe. Pedimos desculpas aos nossos atentos leitores.

 (WJS)