Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

‘Educação patrimomial’ é tema de curso na cidade

Edição n° 1196 - 12 Março 2010

Com o objetivo de mostrar aos professores das redes municipal e estadual a importância da preservação dos marcos e manifestações culturais da comunidade, a Secretaria municipal de Cultura e Turismo reuniu professores das redes municipal e estadual para o curso de Educação Patrimonial, realizado no último final de semana no Centro Administrativo. 

Segundo Carlos Henrique Rangel, Diretor de Promoção do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – Iepha/MG, que ministrou o curso,   “a Educação Patrimonial deve ser um trabalho permanente de envolvimento de todos os segmentos que compõe a comunidade, visando a preservação dos marcos e manifestações culturais e, principalmente,  o fortalecimento da auto-estima das comunidades pelo reconhecimento e valorização de sua cultura e seus produtos”. 

Para o diretor, o envolvimento da comunidade é fundamental. “Sem envolver a comunidade, não se consegue preservar nada, porque a comunidade é que é a principal guardiã do patrimônio, por isso é preciso que as pessoas sejam sensibilizadas. Se a comunidade não se envolver, não participar do processo, não tem condições de preservar nada, pois prédios, objetos, manifestações culturais contam histórias de um povo”. 

Rangel afirmou aos poucos professores presentes que a Educação Patrimonial deveria fazer parte dos currículos. “Esse tema deveria caminhar junto com os trabalhos, na escola, no dia a dia de cada pessoa. O que vemos hoje são práticas isoladas e se hoje estão acontecendo esses cursos no Estado de Minas é por força  de uma  lei, a lei do ICMS Cultural, mas felizmente isso vem mudando alguma coisa, embora seja pouco, porque essa educação tem que atingir todas as pessoas”. 

Fazendo uma avaliação rápida sobre a cidade, Rangel gostou do que viu. “É uma cidade com uma qualidade de vida muito boa, agradável,  calma, sem o domínio de grandes estruturas em concreto (prédios altos), ruas amplas. O casario é eclético, está bem preservado, embora tenham me contado que muita coisa já foi destruída, e para preservarem o que resta, os responsáveis têm que sensibilizar a população, para não haver demolições, substituições” recomendou, ressaltando, surpreso: “Fiquei sabendo, por exemplo, que deixaram demolir a primeira Estação Rodoviária da cidade, do início do século XX”.

Para a diretora de Turismo e Cultura, Virgínia Dolabella, que organizou o curso, é importante trabalhar a memória da cidade. “Exatamente, para não acontecer o que vinha acontecendo, como o prédio da Auto Viação e tantas outras destruições. Enquanto a população não compreender que a nossa vida é em sociedade e que a questão do conjunto é maior do que o individual. A coletividade é mais importante. E falta essa conscientização na cidade, por isso o prefeito Wesley está investindo na educação patrimonial”, afirmou.