Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

A arte de educar fazendo palhaçadas

Edição nº 1539 - 7 de Outubro de 2016

Na manhã do dia 17/09/2016 nos reunimos na Escola Eurípedes Barsanulfo em uma oficina para educadores com Rodrigo Robleño, o palhaço Viralata.
Pela recepção solta e engraçada, logo percebi que se tratava de um palhaço.
Entre brincadeiras e questionamentos, o professor palhaço, ou palhaço professor, quem sabe? Mostrou-nos algo que todas nós professoras sabíamos, educar é coisa séria, mas não precisa ser tão sério assim, é possível encarar o oficio de forma criativa e revolucionária, reinventar a experiência que temos para tornar a aprendizagem viva, ensinar para a vida.
Sua formação circense e escoteira, longe das paredes do ambiente da sala de aula, “debaixo das lonas” e na liberdade comprometida do escoteiro que conhece e aprende a amar a natureza, cuidar do próximo e de si mesmo, Rodrigo mostrou que há uma forma divertida de ensinar e aprender.
“Como palhaço eu busco do nariz para dentro o que vou mostrar do nariz para fora.” Diz Rodrigo.
E nós professores, o que temos do olhar para dentro para oferecer para crianças e jovens que na maioria das vezes voltam seus olhares para as telas retangulares dos seus smatphones tão modernos?
O que nós temos dentro de nós de interessante para atrair seus olhares, sua atenção e realizar a grande experiência de ensinar e aprender?
Preparar para vida é cuidar bem do terreno, é preciso prepará-lo com zelo e dedicação e uma vez bem preparado que venham as sementes. Se o terreno é fértil até os passarinhos poderão fazer o plantio.
Olhar o aluno com cuidado, nutrir o terreno, preparar para a vida, conduzir de forma criativa e revolucionária para lançá-lo no mundo.
A oficina: “O brincar como forma de aprender” levantou a questão de que muitos de nós ficamos tão presos às regras e leis, não que elas não tenham importância, que esquecemos que o prazer, tanto do professor quanto do aluno, é o melhor caminho para abrir os sentidos para a verdadeira compreensão.

 

Beatriz Alves Almeida