“Padre Magalhães foi um confrade de profunda espiritualidade e austeridade de vida”, afirmam os Redentoristas; para os sacramentanos que com ele conviveram “um santo em vida”.
Afirmam os Redentoristas, que Pe. Magalhães “tinha especial carisma para o atendimento das pessoas, através do aconselhamento espiritual”. Muitas pessoas em Sacramento são testemunhas desse carisma do missionário, que permaneceu em Sacramento durante 11 anos. Foram muitas conversas, aconselhamento de casais, jovens, homens, mulheres. As palavras tocavam tão fundo, que as horas passavam e evangelizador e evangelizado não percebiam. Não foi uma vez nem duas que o pessoal do Seminário, seminaristas e padres se preocupavam com a sua ausência e sempre o encontravam sentado na Igreja, ouvindo pacientemente àqueles que precisavam ser ouvidos.
Destaque-se ainda o seu zelo pelos mais humildes e necessitados. Padre Magalhães ajudou sobremaneira os primeiros anos do Centro de Recuperação dos Alcóolatras (Cerea), participando das reuniões, visitando famílias, aconselhando e acompanhando o seu dia a dia na recuperação do vício. Para as visitas aos doentes e acamados estava sempre de prontidão.
O seu carinho por Sacramento era imenso, não por ter recebido honrarias. Poucas vezes retornou a Sacramento. Uma dessas visitas mais marcantes foi quando, junto com outros sacerdotes redentoristas, veio para a missa de sétimo dia da morte dos 20 universitários e do motorista do ônibus, mortos no acidente da serra de Rifaina no dia 8/5/2002.
A missa concelebrada lotou o Ginásio Marquezinho, mas a presença da pequena figura de Pe. Magalhães (era um homem baixo) não passou despercebida. Para a comunhão foi a maior fila e no final da celebração, foi rodeado pelo povo, como se um único toque lhes servisse de conforto e ele pacientemente acolhia a todos.
Padre Magalhães está ao lado do Pai olhando, orando e pedindo pelo Brasil, pelos irmãozinhos da África como ele dizia, pelos sacramentanos, pela Congregação Redentorista que foi sua segunda família. Por aqui, fica na memória, de uma boa parte dos sacramentanos, o Padre Motoqueiro, que percorria as ruas da cidade com sua Honda 400, (moderníssima para a época) para atender de quem dele precisasse.
Como bem dizem os redentoristas, Pe. Magalhães, “não deixou de usar a batina redentorista um dia sequer”, nem para jogar bola 'bater uma bolinha', como ele dizia. Para nós fica a lembrança de ele prender a batina no cinto, ajeitar o inseparável rosário e sair a serviço. Sacramento agradece esse seu jeito novo de evangelizar.
A Deus, Pe. Magalhães!