Edição nº 1368 - 28 Junho 2013
1- Não compartilhe o vídeo dos atores da ‘Globo’ contra Belo Monte. Esse vídeo de 2011 está cheio de informações falsas. Inclusive, alguns atores que gravaram o vídeo se arrependeram depois de descobrir que o que eles disseram não era bem assim.
2- Não diga que foram gastos 30 bilhões em estádios. Na verdade, foram gastos 7 bilhões, que é coisa p’ra caramba. Desses 7 bilhões, grande parte é emprestado pelo governo federal, mas a maior fatia será paga pela iniciativa privada. Os outros 23 bilhões foram investimentos em infraestrutura, transporte e aeroportos. Inclusive, o investimento em transporte é uma das reivindicações dos protestos.
3- Nunca peça p’ro “governo gastar com saúde o mesmo que se gastou com estádio de futebol”. Nos 7 anos de preparação para a Copa, foram gastos, aproximadamente, 7 bilhões com estádios. Nesse mesmo período, foram gastos mais de 500 bilhões com saúde. Então se você fizer isso, na prática você está pedindo para reduzir consideravelmente os gastos com saúde. Gastos com saúde nunca são demais. Então, cuidado para não pedir a coisa errada.
4- Não peça um presidente para garantir que algum político seja preso. Isso é papel do poder Judiciário. O manifesto deve ser endereçado a esse poder.
5- Não peça a um presidente para impedir a votação de uma lei ou PEC. Isso é prerrogativa do Congresso. O manifesto deve ser endereçado aos parlamentares.
6- Não peça a um presidente pra cassar o mandato de algum deputado ou senador. Isso é papel das casas legislativas. Está escrito no artigo 55 da Constituição Federal.
7- Nunca peça para fechar o Congresso e acabar com os partidos. O último presidente que fez isso foi um Marechal. Tal ato aconteceu em 1968 e foi nada menos do que o temido AI-5 dos 21 anos da ditadura.
8- Não compartilhe aquelas informações falsas sobre o “auxílio reclusão”. O auxílio reclusão é um benefício pago à família do detento que contribuiu com o INSS, logo ele está recebendo um valor pelo qual já pagou anteriormente. O detento deve ser punido, não sua família.”
Sidney Braga