30 anos da Rádio Sacramento

IVONE REGINA (*)

Toda a cidade participou emocionada das festividades dos 30 anos de nossa querida Rádio Sacramento. Eu particularmente, me sinto integrante da Rádio, uma vez que logo após a sua fundação, a convite do Padre Júlio Negrizzolo, comecei apresentar minhas crônicas, esporadicamente, em datas especiais, como Natal, Dia das Mães, Páscoa, etc. E posteriormente, há 20 anos, passei a apresentá-las semanalmente, abrangendo assuntos sociais, religiosos e datas comemorativas, como o faço até hoje, e  os microfones da Rádio Sacramento são sempre colocados à minha disposição para divulgá-las, levando-as a inúmeros lares sacramentanos da zona urbana, rural e das cidades vizinhas.

A partir de então, me sinto uma colaboradora nata da Rádio Sacramento. Por isso, sou muito grata pela atenção, carinho, respeito e solicitude com que sou sempre tratada todos esses anos pela direção e funcionários. O trabalho evangelizador e social realizado pela RS é imensurável! A obra arquitetada e desenvolvida por arrojados paroquianos, dentre os quais ressaltamos os pioneiros,  Sr. Sebastião Olinto Scalon, Dr. José Alberto Bernardes Borges, dentre  muitos outros, bem como vários sacerdotes que ali deixaram sua pegadas, como Pe. Júlio, Pe. Carrilho, Pe. Inácio, o radialista por excelência, dentre outros.

Após a saída dos redentoristas de nossa paróquia, contamos com o apoio da ACIAPPSS que assumiu a Rádio Sacramento mantendo-a com seu trabalho e boa vontade de seus diretores, Srs. Marcos Jerônimo Borges, Alexandre Zandonaide, Dr. Reginaldo Afonso dos Santos, Luciano Gobbo, demais diretores, funcionários e colaboradores, aos quais devemos reconhecimento, consideração e gratidão.

Atualmente, ressaltamos também o notável trabalho efetivado por nosso pároco Pe. Valmir, que reabilitou a situação sócio-econômica da Rádio Sacramento que se encontrava em crise, restabelecendo o quadro de sócios, criando novos colaboradores que já chegam a quase mil. Merecendo, também, o nosso respeito e admiração pelo seu valoroso trabalho.

30 anos se passaram!

Talvez nem todos os radiouvintes notaram, mas nos últimos 20 anos ocupo o horário do meio-dia aos sábados e domingos na Rádio Sacramento, para deixar-lhes a crônica do dia, traduzindo flagrantes imagens, fatos e realidades que suscitam datas, comemorações e lembranças.

Parafraseando o notável cronista Alcione Araújo, do jornal 

o Estado de Minas, assim consideramos as crônicas que escrevemos: “letra por letra, teço linhas e costuro emoções com a mão de artesão. As crônicas me dão muito prazer, inúmeros amigos, uma infinidade de ouvintes  e a perenidade de escrevê-las” 

Por tudo isto, a radiodifusão tem uma missão fundamental em nossa sociedade. Se de um lado há uma sofisticação e  grande desenvolvimento dos meios de comunicação, de outro, o rádio é o companheiro inseparável, especialmente, do homem do campo e da dona de casa, que passam os seus dias laborando, mas felizes com os entretenimentos que lhes oferece a Rádio Sacramento. E a maior responsável por tudo isto é o radialista, aquele que se dedica diariamente, durante 6 horas seguidas, faça sol ou faça chuva, para alegrar e conquistar o seu ouvinte.

A radiodifusão tem, portanto, uma responsabilidade muito grande na formação da pessoa humana, ao mesmo tempo que promove a comunicação nas dimensões essenciais da vida humana, também se responsabiliza, principalmente, pela formação ético-moral da pessoa humana.

Em tempos de violência tão globalizante, a radiodifiusão precisa de um sentimento universal para a construção da paz. É preciso um esforço e uma insistência constantes, não só de povos e nações, como também de pessoas de boa vontade.

Pois a radiodifusão tem a grande ventura da construção da paz. Cada vez maior é o uso dos meios de comunicação com objetivos educacionais e de integração do cidadão à sociedade. 

Assim, parabenizamos a todos que corajosamente a fundaram, a mantiveram, e continuam lutando para manter de pé tão grande e importante  veículo de comunicação,nossa querida Rádio Sacramento!

 Parabéns! 

(*) Ivone Regina é advogada e conselheira seccional da OAB