O vereador José Américo de Oliveira reiterou ao executivo uma das mais antigas indicações apresentadas àquele poder: uma revisão cuidadosa de toda a numeração dos mais de 10 mil domicílios de Sacramento e a instalação de placas com a denominação das ruas e avenidas. O vereador justificou, verbalmente, o seu pedido esclarecendo que a ausência de placas ou a desordem na numeração dos imóveis traz transtornos aos entregadores do comércio local, à empresa de Correio e Telégrafos e também às pessoas que visitam a cidade.
Comentário
A redação do jornal que, semanalmente, percorre centenas de endereços para entregar o jornal, é testemunha dos absurdos que vieram se acumulando ao longo dos anos, sem que nenhum prefeito se digne a corrigir. A ausência de placas com o nome do logradouro é quase que total, do centro aos bairros. A numeração, então, ao longo dos anos foi perdendo o critério de numeração progressiva, com os números pares à direita e os ímpares à esquerda. Vez ou outra entrego jornal, e como me falta prática, fico atrapalhado com essa numeração.
Em reportagem feita neste jornal há algum tempo, a reportagem esteve consultando os responsáveis por essa numeração na Prefeitura e o então funcionário não soube que o critério é científico. Veja, como deve funcionar: A numeração parte sempre do início da rua, que tem como ponto inicial, o lado mais próximo do centro da cidade. A numeração dos domicílios, o que pouca gente sabe, até mesmo quem trabalhava no setor à época, deve indicar a distância em que fica o lote ou a casa, do início da rua, obedecendo-se sempre o seguinte: números ímpares à esquerda e pares à direita, a partir do início da rua.
Isso significa que: se a casa for construída a partir da esquina, do lado esquerdo, ela deverá ter o número 1; a casa da direita, se construída também a partir da esquina, será o número 2, demonstrando que essas casas estão, respectivamente a um metro e dois metros do início da rua. O próximo lote, ou próximo imóvel, deve ter como número, a distância que estiver do início da rua. Imaginando que o primeiro lote tenha, de frente, 12 metros, a segunda casa, da esquerda, deverá ter um número 13; a sua oposta, 14, e assim sucessivamente.
É correto também adotar os números mais comuns dentro daquele espaço, mas sempre obedecendo a distância que o imóvel estiver do início da rua. Por exemplo. O segundo lote, que normalmente está a uma distância de 12 metros do início da rua, e como ele tem também 12 metros de frente, esse lote/casa poderá ter uma numeração dentro deste espaço, ou seja, a casa da esquerda poderá ter a numeração 13, 15, 17, 19, 21 e 23. Normalmente, usa-se o número mais fácil de decorar, como o 15. A casa oposta, da direita, poderá ter um dos números pares: 14, 16, 18, 20, 22. Que números são mais fáceis de guardar na memória entre esses? O 20 ou o 22, não é mesmo? O imóvel poderá ter qualquer um desses números, cujas distâncias, do início da rua, estariam também corretas. O que não pode acontecer, e Sacramento é exemplo disso, é o endereço assinalar o número 68, estar do lado esquerdo da rua e estar a mais de 100 metros do início da rua.
O que as pessoas devem entender, pelo critério universal de numeração de casas, é saber o seguinte: se moro na casa número 44 eu estou morando do lado direito da rua (olhando do início para o final) e estou a 44 metros do início dessa rua. Se moro no número 1.499, isto quer dizer que moro do lado esquerdo e devo estar a quase 1 quilômetro e meio do início da rua. Isto é científico. E a Prefeitura é obrigada a saber e obedecer a este critério.
Boa lembrança do vereador José Américo. Oxalá o prefeito Wesley tenha coragem para corrigir essa bagunça.
WJS