O aniversário da Crise Financeira Mundial

 Para melhor avaliação desta crise financeira mundial, inclusive para medir o seu impacto aqui no mercado interno, nada melhor, é de estar fazendo uma comparação entre os recolhimentos do ICMS, de 2008 e 2009 destacando os respectivos repasses dos 25% pertencentes aos municípios. Usar o ICMS para estar fazendo este estudo acho um procedimento valido e  correto por tratar de um tributo com incidência periódico, cobrado quando haja o fato da circulação de mercadorias (veja box).              

Usando deste critério a crise apresentou uma queda na receita da arrecadação do ICMS de 10.27%, conseqüentemente com o repasse a menor aos 853 municípios minérios no valor de R$326.505.709,00. Lembrando ainda que cada município participa deste bolo de acordo com seu IPM, estabelecido anteriormente de acordo com seu PIB.

Este estudo comparativo foi apenas nos últimos 8 meses de ano, resta ainda dimensionar as perdas dos últimos 4 meses do ano anterior, pós crise.

Permanecendo esta tendência a pesar da euforia que a crise já passou, ainda deixa reflexo por mais alguns meses, é provável que no final do ano as  prefeituras que não ajustaram suas contas terão sérios problemas para os fechamentos destas. Pois os números mostram  claramente que as receitas municipais serão suficiente para apenas ll meses de despesas, não dando cobertura suficiente para o ultimo mês do ano.

Segundo em entrevista ao Estadão o Sr. Jeffrey Saches economista e diretor do Earth Institut da Universidade Columbia. “A crise não passou, somente a fase do pânico é que está terminando. Não corrigiram nada, o mercado financeiro está operando como antes. O lobby que controla a bolsa Wall Street não deixou o presidente Obama, fixar normas estrutural de regulamentação. Ai mora o perigo”.

Luiz Devos