“Vocês nem podem imaginar o quanto estou emocionado, o quanto eu esperava a troca de sorrisos e de lembranças e poder nos abraçar’’.
A adesão foi pequena, mas nem por isso ofuscou a emoção e os belos momentos de rever e matar a saudade dos atletas que participaram dos I°s Jogos Olímpicos de Sacramento, em 1969. Histórias da ODUS, Realmatismo, STC, Corujas, UES e Bancários vieram à tona e o tempo foi curto para recordar 40 anos de histórias, que permanecem vivas nas mentes dos atletas, hoje cinquentões, sessentões, mas que guardam ainda o brilho nos olhos e a certeza de que aquele foi um tempo feliz.
Músicas como, “Pra não dizer que não falei das flores', 'País tropical', 'Apesar de você' e outras vieram à tona com a retrospectiva daquele tempo e em alguns momentos os olhos brilhantes de alegria, embaçaram-se com as lágrimas contidas, sobretudo com a canção, 'A lista', de Osvaldo Montenegro “Faça uma lista de grandes amigos / Quem você mais via há dez anos atrás / Quantos você ainda vê todo dia / Quantos você já não encontra mais... / Faça uma lista dos sonhos que tinha / Quantos você desistiu de sonhar! / Quantos amores jurados pra sempre / Quantos você conseguiu preservar... / Onde você ainda se reconhece...”
Ivan Sebastião Barbosa Afonso, naquela época acadêmico de Direito, integrante da ODUS – Organização dos Universitários Sacramentanos, autor da ideia da criação dos Ios Jogos Olímpicos, hoje proprietário do Parque Náutico de Jaguara, sediou o encontro. Segurou as lágrimas ao agradecer as presenças: “Vocês nem podem imaginar quanto estou emocionado, o quanto eu esperava a troca de sorrisos e de lembranças e poder nos abraçar. Tudo isso é forte, muito forte. Nós vamos pela vida, vencendo os nossos tropeços, as lutas e como não somos mais meninos, vamos formando as nossas convicções, nossos grupos que se formam nas lembranças, nas recordações e nos fazem unidos. Hoje somos unidos pelo esporte, pela Olimpíada de 1969, quando lá estavam a ODUS, O Realmatismo, Os Corujas, o STC, os Bancários e a UES. Agradeço a cada um de vocês, de coração, por esse dia, por essas recordações”, disse ao recepcionar os colegas.
Celebrar esses quarenta anos é...
... uma alegria muito grande. Reencontrar amigos é a melhor coisa que aconteceu hoje. Um momento ímpar. . É preciso cumprimentar Ivan por essa iniciativa. Só gostaria que todos estivessem presentes. Reviver aqueles momentos foi muito bem. Feliz do homem que tem história para contar e nós temos e muitas. Precisamos fazer isso mais vezes, porque muitas vezes somos solidários só nos momentos tristes da vida. precisamos ser solidários também nos bons momentos, recordar as coisas boas da vida” (Acácio Antônio Spini (Nano), 59, da equipe Os Corujas. Nano reside em Uberlândia, curtindo a merecida aposentadoria do Banco do Brasil, ao lado da esposa Maria de Lourdes Honorato Fraga Spini, com que teve os filhos, Thiago, Danilo e Suzane e já é vovô de Beatriz (três meses), filha de Danil).
“... uma reflexão muito grande. Tenho 62 anos, comecei na vida muito novo. E cheguei a dois parâmetros; um muito bom e outro ruim. Quando a gente é novo tem energia para tudo, mas não tem condição financeira. Aí, com as lutas e mais lutas, a gente consegue uma condição financeira e a energia acaba. Mas, o bom de tudo isso são os amigos que fiz. Convívios com as pessoas nos jogos, nas festas, nos bailes. Havia umas encrencas mas lá de fora acabava-se tudo, éramos todos amigos. E isso dá muita saudade. Felizmente está acontecendo esse encontro aqui. Havia gente que eu não via há 30 anos. Valeu a pena...”. (Sérgio Furtado de Souza, o Japué, 62, da ODUS. Japué reside em Araxá, onde aposentou-se como professor. É casado com Sebastiana Barbosa Souza e pai de dois filhos Sergio Jr e Ana Carolina, que lhes deram duas netinhas Júlia 4 meses e Zara 3 anos.
“... algo inusitado. Tem gente aqui que eu não via há mais de 30 anos. Foi uma coisa inexplicável, uma emoção muito grande rever esse pessoal depois de tanto tempo. Às vezes a gente até recorda, mas não é a mesma coisa de estar aqui juntos. É preciso reunir mais vezes. Reunir todos vai ser muito bom, agradeço os organizadores por essa felicidade” (Olegário Teodoro Neto, 66, digamos que pertenceu a todas as equipes. Chegou à cidade em 1968 e participou da história por fora e ficou famoso na cidade como técnico do STC e na Fanfarra da Escola Coronel. Residente em Uberaba, Olegário é casado com Maria de Lourdes Zandonaide. Aposentado como professor, mas continua na ativa como representante comercial. Pai de três filhos, espera a chegada do primeiro neto nos próximos meses)
“... muito bom rever esse pessoal de 40 anos atrás. Deixei de viajar pra reencontrar os amigos. Essa confraternização foi a melhor coisa que aconteceu. É preciso fazer isso todo ano e reunir pra comemorar outras coisas também. Encontros e reencontros fazem para da vida da gente e são sempre bons. A gente já está com a idade avançando e é preciso reviver aquele tempo. Fiquei muito feliz com esse encontro”. (Francisco Afonso da Costa, (Chiquinho do Maísa) 63, da UES. Chiquinho é empresário aposentado na cidade, casado com Arlete da Cunha Afonso, pai de dois filhos, Fabiano e Maísa e vovô de dois netos, Pedro Henrique e Natália).
“... voltar àquele tempo que foi muito bom, muito puro. A amizade era forte e continua forte. Recordar aquele tempo traz uma emoção muito grande. Para nós isso representa ganhar mais vida, recordar o passado nos faz mais jovens e nos dá forças para o resto da caminhada. Como cardiologista, eu afirmo que isso faz bem ao coração. Reencontros assim renovam as energias e o coração agradece”. (Cesário de Souza Pinto, 56, da equipe Os Corujas. Cesário é médico cardiologista, radicado em Araxá. É casado com Maria Helena Afonso e pais de dois filhos).
“... 'Bão' demais celebrar esses 40 anos. É a melhor coisa que poderia acontecer. E é sinal de que o coração da gente está bom, porque a emoção é grande. Mas valeu a pena. Gostaria de ter revisto todos aqui, infelizmente alguns já se foram, a vida é assim. Mas, bem que poderiam ter vindo todos”. (Weber Ramos Ribeiro, 64, dos Bancários. Weber é bancário aposentado, mas continua ainda trabalhando, atualmente no Laticínios Scala. É casado com Lourdes Augusta Mendes Ribeiro. Pai de Aramis Neto, Candice, Weber e Ana Rute e é vovô de Nicole).
“... um momento que me dá um enorme prazer. Isso aqui é uma nostalgia imensa, muitas recordações do que vivemos, do que passamos. A nossa vida foi passando e hoje o reencontro. Valeu e pena e é preciso nos reunirmos outras vezes, há muita coisa para recordar” (Ricardo Barbosa Spini (Gerarda), 64, dos bancários. Ricardo reside em Belo Horizonte, bancário aposentado e hoje administrador de empresas. Casado com Bárbara Regina Cordeiro, pais de três filhas e tem um neto de três anos)
“... a melhor coisa que me aconteceu este ano. Reunir os amigos, a gente está vivendo a época do Realmatismo, pena que muitos não estão aqui. Por exemplo, o doutor Francisco, fundador do Realmatismo. Na inauguração do campo da Jaguara, o Realmatismo foi que veio para o jogo inaugural e o primeiro gol nesse campo foi o meu. O Realmatismo ganhou. É uma emoção muito grande voltar aqui hoje e reencontrar o pessoal”. (João Sampaio Anacleto, 71, da equipe Realmatismo. Conquistense, mas diz ser metade conquistense e metade sacramentano. Dentista aposentado, Sampaio é casado com a sacramentana Leila Scalon, pai de quatro filhos e vovô de três netos)
“... tudo de bom poder relembrar o que aconteceu naquele tempo, que foi muito bom. Falta muita gente, mas é uma satisfação rever cada um...” (Ismar Batista Pereira, 65, da equipe da União Estudantil de Sacramento – UES. Ismar reside em Sacramento, é aposentado como contador da Prefeitura. Casado com Lúcia Eliza Santana, é pai de três filhos e vovô de Leonardo.
“... um prazer muito grande, rever amigos é uma felicidade. Não reconheci muita gente, mas eles também não me reconheceram, mas bastou eu tirar o boné pra todos se lembrarem, porque viram em mim a figura de meu pai, Cincinato Furtado. Mas, é muito bom estar aqui, embora eu não fizesse parte de time nenhum, porque eu não jogava nada, era torcedor, mas era torcedor-técnico, porque fazia substituições, dava palpites... foi muito bom aquele tempo” (Cilmo de Alencar de Oliveira, 60, trompetista da banda Os Corujas. Cilmo é engenheiro eletrônico e reside em Brasília. Casado com Nayni Kaadi Oliveira, Cilmo é pai de dois filhos Yesser e Demian)
“... muito bom, porque temos história. Voltar ao passado e rever muita coisa boa: os amigos e as coisas boas que fizemos. É preciso que haja mais encontros como esse pra gente viver e reviver o que ficou para trás”. ( de José Bonifácio Cruvinel (Bonifácio), 58, da equipe Os Corujas. José Bonifácio, o Boni, reside em sacramento, é professor de Matemática, casado com Maria Eliza Afonso e pai de três filhos e vovô de três netos).
“... a melhor coisa que aconteceu. A ideia foi excelente, o ruim é que muita gente não compareceu. Seria muito bom estar todos reunidos aqui. Poderíamos nos reunir pelo menos uma vez por ano, para recordar. Bons tempos aqueles... e vale a pena recordar. Tanta gente já se foi... Foi muito importante esse encontro para todos os que estão aqui, com certeza, porque recordar é viver”. (Antonio Claret Scalon, (Polaco), 58, UES. Polaco reside em Sacramento, onde atua na área de esportes. É casado com Maria Valéria Schiffini Silva e pais de três filhos Thiago (de saudosa memória), Karla e Megg e vovô de Flávia, Lucas, Marcela e Netto).
“...voltar a uma época que, se é que existe o céu, aqui era o céu. Era um tempo de alegria, amizade, respeito. Foi um tempo muito feliz. Por isso eu digo, se alguém teve uma infância e juventude boas, melhor que a minha, com certeza não foi. Rever esse pessoal é maravilhoso. Aliás, voltar a Sacramento sempre é uma alegria para mim e voltar pra esse encontro é renovar ainda mais as energias. Isso é o céu. E a gente não perdeu o brilho dos olhos. Se tiver esse encontro todo ano, eu estarei presente, com certeza” (Walber Ramos Ribeiro, 66, da equipe ODUS. Walber reside há muitos anos em São Paulo, onde é professor. Casado com Roseli Tavares, e pai de dois filhos).
“... Eu tinha que estar aqui. Não jogava naquela época, mas aquela turma me incentivou muito, tanto é que me tornei atleta profissional. Ver as equipes jogarem motivava a gente e com certeza me despertou. E reunir esse pessoal aqui foi muito bom, eu, particularmente me lembrava de muitos nomes, mas não reconheci as pessoas. É preciso a gente reavivar esses laços, essas histórias”. (Pedro Zandonaide Filho, Pedrinho, 52, não pertencia a nenhuma equipe, mas vivia acompanhando os atletas. Empresário da área comercial, Pedrinho reside em Uberaba. Atualmente está solteiro e é pai de quatro filhos).
Veja, na próxima edição crônica do atleta de Os Corujas, Walmor Júlio Silva.