Década de 70 encerra com o tema, 'Paz e Amor', e bloco Vai Quem Quer estreia na passarela
Encerrando a década de 1970, terceiro ano do carnaval oficial da cidade, a festa perdeu um pouco de seu brilho e animação, com a participação de apenas duas escolas e sete blocos do Sacramento Clube (SC). Mas a verde e branco, 13 de Maio, arrasou e levou o título de campeã. desfilando debaixo de chuva, com o enredo, 'Paz e Amor', frase que termina o Hino Oficial do Município, letra de Célia Bianchi e música de Caetano Pedro dos Santos. Naquele final de década, a 13 de Maio contou com a participação da saudosa Eva dos Santos Nascimento, filhos, genros, noras e netos.
A Mocidade Alegre, que havia perdido o título no ano anterior, até então não iria desfilar, mas decidiu em cima da hora e foi para a avenida como pôde. No dizer do presidente Avelu, na época, “está pior do que estava...”. Mesmo assim a escola brilhou com a bateria sob a batuta do mestre André Meirelles.
Foram premiados individualmente, naquele ano, pela 13 de Maio os passistas Carlos Roberto (Tiola) e Maria José Nascimento e também as porta bandeiras da Mocidade Alegre, Dalva da Silva e do SC, Marta Inez Dias.
E justiça seja feita para os blocos do Sacramento Clube que, dos 11 blocos de 1978, desfilou naquele ano com sete blocos para concorrer à premiação do IV Concurso de Blocos do SC, cujos troféus foram para 'As Fantásticas', (luxo e beleza), organizado por Margareth Jerônimo e Vânia Batista; 'Sabonete e seu sítio' (Animação), de Epaminondas de Melo Bernardes e 'Sacramento Clube nos tempos de Carmem Miranda', grupo coordenado por Izalberto Rodrigues da Cunha. O troféu 'Sorvetão', instituído pela PMS para premiar os blocos infantis, foi para 'O Circo', formado pelas alunas da Escola de Ballet de Sacramento, de Lísia Cruvinel. E foi no finalzinho daquela década também que nasceu o animadíssimo 'Vai quem quer', cordão puxado pela animação de uma bandinha barulhenta fechando o desfilo. Ali não precisa fantasia, cara pintada, nem nada... Vai quem quer!
Década de 1980
1981 – Mocidade é campeã mais uma vez e blocoAs Fantásticas é tri
O carnaval da década seguinte, iniciada em 1981 começou bem, com dez blocos enriquecendo o desfile, e duas escolas de samba na avenida, 13 de Maio e Mocidade Alegre Sacramentana. A Mocidade Alegre entrou na passarela em busca do bicampeonato e mais uma vez ficar com a guarda do 'Troféu Conceição' e conseguiu. A escola presidida por José Armando Maluf já entrou na passarela como favorita, animada pela bateria do grande mestre, André Meirelles (Mirandinha) e conquistou seu segundo título.
Mas a tradicional e histórica verde e branco, 13 de Maio, não deixou por menos, brilhou na avenida, conquistando os prêmios de fantasia Luxo e Beleza com casal de porta bandeira e mestre sala, Maria Lúcia Nascimento e o marido Luiz Pedro Reis, e também, de passistas feminino e masculino. Na avaliação do público e dos experts no assunto, as escolas de samba mostraram naquele desfile um grande aprimoramento, embora tenha faltado o samba-enredo.
A exemplo da premiação dada pelo Sacramento Clube na sua quinta edição, naquele ano de 1981, a Prefeitura também instituiu a premiação dos blocos participantes. Na premiação da categoria blocos do SC, o excelente 'As Fantásticas' conquistou o tricampeonato. O bloco infanto-juvenil estreante, 'Turma Incrementada da Espanha', também levou o troféu de Luxo e Beleza; o troféu Originalidade, mais uma vez ficou com 'Sabonetão e as Bruxonetes' e o bloco estreante, 'Os Coroas da nobreza', coordenado pela saudosíssima e linda Maria Lúcia Martins Almeida (Lulu) levou o troféu Animação. O bloco infantil 'Alegria da criançada', que em 1979 levou o troféu 'Sorvetão', arrbanhou dois troféus, Animação e Originalidade. Aidê Maria Etchebehere conquistou o título de melhor fantasia do Sacramento Cube e foi destaque à frente da bateria da Mocidade, campeã daquele ano.
1982 – Mocidade é bi e fica mais próxima do troféu Conceição
O desfile de carnaval do domingo foi cancelado devido às fortes chuvas. Mas na terça-feira, o público prestigiou as escolas de samba 13 de Maio e Mocidade Alegre, que conquistou o bicampeonato e continuaria com o cobiçado troféu Conceição, e os seis blocos do Sacramento Clube.
Mas o resultado daquele ano desagradaria os concorrentes. Integrantes do bloco 'Coroas da Nobreza' e a escola de samba 13 de Maio ameaçaram abandonar o carnaval justificando que “a Mocidade Alegre juntou-se às últimas horas e sem diretoria e sem organização administrativa ganhou o título de campeã”.
O presidente da escola de samba 13 de Maio, o então vereador Heliodoro Garcia de Rezende, disse na época ao ET, que “antes da divulgação pelo júri, a escola sabia que seria campeã e chegou a preparar a bateria...” Quem recebeu o Troféu Conceição foi o mestre de bateria da Mocidade, Walter Fonseca Filho. Dalva da Silva conquistou o troféu de Originalidade e Claudete o de passista pela Mocidade Alegre.
Na sexta premiação dos blocos do SC, 'As Fantásticas' brilharam mais um ano (Luxo e Beleza e Originalidade); 'As Joias do Sabonetão' (Animação) e o troféu 'Sorvetão', foi para o bloco infantil 'Incrementadas de Portugal'.
Mas ouve também naquele ano outro tititi, por isso o desfile de 1980 ficou conhecido com o 'Carnaval do Tititi', título que daria um bom enredo. Tudo aconteceu por conta de um empate entre os blocos, 'As Fantásticas' e 'Coroas da Nobreza', no quesito 'Beleza'. Como não havia troféu em número suficiente, criaram na hora o troféu 'Beleza', que seria entregue na quinta-feira. Resultado: o bloco abandonou a passarela e os 'Coroas da Nobreza' sequer compareceu para receber o troféu. “Foi humilhante para nós, uma decisão de última hora, nem tinham troféu no palanque...”, desabafou Lulu em entrevista ao ET.
Debalde o tititi, a festa continuou. 'As joias do Sabonetão' mais uma vez ganhou o troféu de Animação e 'A Turma Incrementada de Portugal levou o troféu Sorvetão.
1983 – Mocidade é tri e toma posse definitiva do troféu Conceição
A Mocidade Alegre Sacramentana conquistou em 1983 o terceiro título consecutivo e recebeu definitivamente o Troféu Conceição. Naquele ano, o reinado momesco não teve o brilho dos blocos do Sacramento Clube, mas ocorreu uma novidade, iniciou-se naquele ano a temporada de bailes de salão, no Ginásio Poliesportivo Marquezinho.
A novidade do ano foi o atraso para o início do desfile, mas justificado pelo apresentador Amir Salomão Jacob. E, enfim, a Mocidade Alegre nas suas cores azul e branco brotou na avenida, naquele ano presidida por Walter Fonseca Filho, também mestre da bateria, para conquistar o tricampeonato. A escola levou também troféus nos quesitos bateria, passistas feminino e masculino, para Maria José e Tiola e de fantasia luxo, para Aidê Etchebehere.
Naquele ano, a tradicional escola de samba 13 de Maio não levou sequer um prêmio, mas rendendo ao ET uma entrevista com Bigico, intitulada, “13 vive de saudade”. Na oportunidade, Bigico lamentou a ausência de Azor Guimarães, coroado Rei pela 13 de Maio, que preferiu desfilar na Mocidade, apesar do convite recebido pela diretoria da escola de samba 13 de Maio. “Eu convidei ele... E hoje estou vendo ele como destaque da Mocidade”, lamentou Bigico.
Ouvido pelo ET, Rei Azor justificou sua saída da verde e branco: “... a gente vê que muitas coisas não estão dando certo no 13 de Maio, então a gente procura uma escola melhor, pra ter um clube para nossa comunidade amanhã. A Mocidade está desfilando hoje, mas no próximo ano estará toda conosco no Clube Operários”, disse. A premiação dos blocos independentes foi para: Moleques do Borá (Animação); Maria Giriza (Bloco caricato), criado pelos saudosos Noninho e Toim 'Bisorro' e Vai Quem Quer (Participação especial). Aquele ano de 1983 ficou marcado também como o último desfile da única escola que conquistou definitivamente o troféu Conceição, a Mocidade Alegre Sacramentana.
1984 – Operários estreia conquistando o título
E o que o Rei Azor previu, mais ou menos deu certo, em 1984. A Mocidade perdeu um pouco de passistas que migrou para a escola de samba Operários, dando-lhe título e fazendo fest no Clube Operários, fundado naquele ano por Rei Azor e Odorico Vieira. A escola nasceu forte, a diferença com a vice-campeã, Mocidade Alegre Sacramentana, foi de 30 pontos. Além do título de campeã, a Operários conquistou também troféus nos quesitos Bateria, mestre-sala e porta-bandeira, passista feminino e masculino, fantasia luxo e beleza feminino e masculino. E, pela primeira vez, o carnaval de rua teve a presença do Rei Momo, Jeová Quaresma Machado. Houve ainda um início de tititi nesse ano, quando os concorrentes contestaram o título da Operários. Mas deu em nada.
Um pouco desfalcada, a escola de samba Operários reuniu forças e, contrariando as profecias do Rei Azor, ainda levou para a avenida sua garra. E, contrariando a profecia do Rei Azor, naquele ano, nasceria a Operários, mas a Mocidade não morreu. Perdeu, na verdade, alguns integrantes (aqueles que não vestem a camisa de escola nenhuma, mas correm atrás de títulos). E ainda conquistou o cobiçado troféu de melhor ala, a das Baianas, com destaque para Valdirene.
A passarela do samba naquele ano ficou sem a animação da 13 de Maio. Antônio Claret Scalon, Polaco assumiu a apresentação do carnaval pela primeira vez e toda a beleza dos bloco do Sacramento Clube ficou de fora, restringindo-se ao baile de salão, na sede social do clube. Foram cinco noites de festa ao som de Carabina e Banda, com premiação dos melhores foliões.
1985 - Operários é bi e U. da Real estreia como vice
Mais uma vez a participação de apenas duas escolas no carnaval aconteceu no ano seguinte, 1985, com a vermelho e branco, Operários, sagrando-se bicampeã, com uma diferença de 26 pontos da vice-campeã, a estreante Unidos da Real, fundada pela saudosa Izinha Inácio. A Operários arrancou aplausos com suas diversas alas e destaques adultos e infantis.
Além do troféu de bicampeã, a escola conquistou premiação para mestre-sala e porta-bandeira, Maria Lúcia e Luiz Pedro; passista, Maria José; ala das baianas, fantasia feminino e masculino adulto para Aidê e Domingos e infantil, para Carola.
A nascente Unidos da Real com suas cores vibrantes, amarelo, rosa e branco, representando o Terreirão, região histórica onde nasceu o carnaval sacramentano e deu origem à escola de samba 13 de Maio desfilou com brilho pela primeira vez. Com uma bela comissão de frente, seguida pela porta-bandeira Dalva da Silva e o mestre-sala Guto e das diversas alas, ao som da bateria comandada pelo mestre Túlio, a escola sagrou-se campeã. A Unidos da Real, além da bateria, conquistou troféus nos quesitos passista com Tiola e mini-baiana com Valdirene.
Nesse ano, o Sacramento Clube voltou timidamente com os blocos 'Rumbeiros da Democracia', 'Máscara, Suor e Ouriço', 'Alegria, Alegria' e 'Turma da Mutreta'. O estandarte verde e branco do SC foi conduzido por Jucelaine e Marcos Botelho.
A premiação para os blocos independentes foi para 'Maria Giriza' e 'Vai quem quer', que receberam o troféu Participação. E a bateria do Maria Giriza, que tinha até o Louro tocando uma sanfoninha de oito baixos, recebeu um troféu de Incentivo.
1986 – Operários é tri e conquista o troféu Sambão e 13 de Maio volta à passarela
A escola de samba Operários sagrou-se tricampeã do carnaval sacramentano e conquistou o troféu 'Sambão', lançado oficialmente no ano em que o troféu 'Conceição' foi entregue, oficialmente, e de forma definitiva à Mocidade Alegre Sacramentana. A Unidos da Real foi a vice-campeã e a 13 de Maio, que estava ausente da passarela desde 1984, ficou em terceiro lugar. A Operários conquistou também os prêmios nas categorias destaque feminino (Fabiola Gomide); madrinha de bateria para Maria Lucilene à frente da bateria, comandada pelo mestre Tim. O prêmio de melhor fantasia masculina foi entregue ao grande costureiro Domingos Bernardes.
A escola de samba Unidos da Real também brilhou com Reinaldo Damião arrancando aplausos e vencendo com a melhor fantasia, 'Glória e Esplendor de Uganda'. A 13 de Maio protestou silenciosamente, a partir de sua comissão de frente, todos sisudos, salvo o casal de porta-bandeira e mestre-sala, Solange e Quim (campeões) e a bateria comandada por Walter Filho, que foi impecável, por isso sagrando-se campeã. A escola ganhou também o quesito passista masculino com o então, grande Tiola.
1986 foi também o ano de o Sacramento Clube inovar com os blocos na rua, desta vez com menos luxo e mais irreverência e deboche, obtendo até premiação: 'Bloco do Sabonete' (luxo); 'Pank da Alegria' (Animação); 'Piratas da Alegria' (Beleza) e 'Copa 86' (Originalidade).
Foram também premiados os blocos independentes: 'Bloco do Guarda Chuva', de Idelma Drigo; 'Ciganos da Alegria', de Jamila Augusta; 'Máscara Suor e Ouriço' e 'Turma da Mutreta', de Eduardo Cordeiro; 'Vai Quem Quer' , de Leslie Cruvinel e 'Rumbeiras da Avenida', organizado por Cleuza Rosa Ramos.
1987 – Mocidade volta campeã
Depois de três anos longe da passarela, a Mocidade Alegre voltou com tudo em 1987, desenvolvendo o enredo 'Volta da Mocidade', de autoria de Paulo César Pereira e conquistou o título ao vencer oito dos 12 quesitos em julgamento. A escola perdeu pontos apenas em alegoria e ala das baianas e empatou em três quesitos: harmonia, bateria e passista.
Unidos da Real foi a vice-campeã e o 13 de Maio obteve a terceira classificação. As baterias da Mocidade Alegre e Unidos da Real terminaram empatadas. O Clube Operários não desfilou.
Os troféus individuais de 1987 foram para as fantasias feminina e masculina de Fabíola Gomide (Rainha Egípcia) e Domingos (Apoteose à Folia); Valdirene (Unidos da Real) ) levou o troféu de fantasia infantil; Alessandra (13 de Maio), sambista infantil; A velha da horta, do inesquecível Noninho (Maria Giriza), ficou com a originalidade.
Além das três escolas de samba, houve a participação de sete blocos, cinco deles comandados pela bateria do Sacramento Clube: 'As deusas dos sonhos dourados' (Luxo e beleza); 'A pré-história em carnaval' (Originalidade); 'Os Sabonetalhos' (Animação) e outros dois blocos, 'Show Off' e 'Alice no País da Inflação'. E fechando, participação também dos blocos irreverentes, 'Mascarados', 'Maria Giriza' e 'Vai Quem Quer'.
E no Marquezinho, os bailes de salão se repetiram com cinco noites de folia, inclusive, naquele ano, com a escolha do melhor folião (Da Lua) e foliona (Cleide Santana); fantasias masculina, Domingos Bernardes, e feminina, Verinha, de Goiânia. O prêmio de melhor casal folião foi dado a Cesar e Elaine Gobbo.
1988 – E deu Mocidade mais uma vez
Em 1988, a Mocidade Alegre conquistou o sexto título no carnaval e só perdeu em três quesitos: Alegoria para a escola concorrente 13 de Maio; Bateria e Mestre que foram para o Sacramento Clube e Mirandinha. Naquele ano, o SC concorreu com as escolas nos quesitos mestre sala e porta bandeira, bateria e mestre e bateria e passistas feminino e masculino.
A escola de samba 13 de Maio com o samba-enredo “Viva o Negro” explorou a raça negra (em 1988 comemorou-se o centenário da Abolição da Escravatura) e houve na escola a identificação entre o tema proposto e sua realização, mas a escola ficou com o segundo lugar. Na época o presidente interino do clube, professor Carlos Mayer Pereira, parabenizou a campeão Mocidade, mas criticou o jurado, que não soube distinguir o que é um tema numa escola de samba e também algumas irregularidades que fora ignoradas.
A premiação individual daquele ano ficou entre os participantes do Sacramento Clube para Rosângela Martins Borges Ramos (fantasia adulto), Taciana Scalon (fantasia infantil) e para a Mocidade Alegre, Márcio (fantasia adulto) e Willian, Maria José e Ronei (passistas infantil, feminino e masculino, respectivamente). Foram também premiados os blocos Noninho/Maria Giriza (originalidade com a Velha do avesso) e troféus de participação para Maria Giriza e Vai Quem Quer.
1988 foi o ano dos 20 anos do ET, que para comemorar a data, foi para a passarela do samba com um bloco de jovens jornaleiros, vestidos de 'macaquinhos' impresso com as páginas da última edição do jornal e conquistou o troféu originalidade.
1989 – Operários volta campeã
Quatro escolas de samba desfilaram no Carnaval de 1989: Clube Operário que esteve ausente dois anos, voltou com tudo e conquistou o quarto título, mesmo sem ter enredo. Destaque-se que o quesito enredo não foi exigido no regulamento expedido pela comissão organizadora, portanto não contou ponto.
A 13 de Maio, única escola a ter enredo “Brasil sempre Brasil”, fazendo uma crítica à situação do pais, ficou com o segundo lugar. Mas o xodó da escola, a Bateria foi a campeã do Carnaval.
A Mocidade Alegre caiu para o terceiro lugar. A Unidos da Real desfilou, mas foi desclassificada por desfilar com apenas 64 integrantes, 13 dos quais eram ritmistas. Pelo regulamento, a escola só poderia concorrer com no mínimo 100 participantes. Mas a escola, cujas cores encheram a avenida, arrancou aplausos do público.
Apenas três blocos do Sacramento Clube participaram do desfile: Remir da Alegria, de Jucelaine e Catão, que recebeu o troféu de Luxo e Beleza; Maquinistas da Norte-Sul, de Paulinho e Leily (Animação) e S.O.S Ecologia, de Maria Abadia e Mário Sérgio, que conquistou o troféu Originalidade. Mas os bailes carnavalescos no clube bombaram nas quatro noites com muitas premiações.
Naquele ano, o então prefeito José Alberto Bernardes Borges, no ato da entregar ao presidente da Operários, Antonio Francisco, o troféu de escola campeã, ao prometeu asfaltar a passarela do samba a na Visconde do Branco e a Clemente Araújo para o carnaval de 1990.
1990 - O Carnaval da desorganização
O carnaval de rua de 1990, com a participação de duas escolas, a tradicional 13 de Maio e a estreante Tradição Sacramentana, fundada por José Luiz Martins (Catão) e Jucelaine Maria Borges, foi o carnaval da desorganização, que terminou em um acordo entre a comissão e os presidentes das escolas de samba, que receberam apenas os troféus de participação.
A13 de Maio ficou com os troféus nos quesitos bateria, porta bandeira e mestre sala e passistas feminino e masculino e a Tradição foi premiada pela ala das baianas e destaques feminino e masculino. A 13 de Maio recebeu ainda do então prefeito José Alberto Bernardes Borges o troféu Raízes, em reconhecimento pela tradição, participação e preservação do carnaval por tantos anos.
E o que rendeu mesmo foi a indignação dos carnavalescos e foliões. “Estou satisfeito com o carnaval em si, com a comissão organizadora nem um pouco. Uma organização que não organiza”, disse Catão ao ET na época. Carlos Mayer Pereira, filho do presidente da 13 de Maio, José Francisco Pereira, pela Rádio Sacramento, lamentou: “Apesar dos esforços das duas escolas, o carnaval foi mesmo um fracasso”.
E passados 15 dias, as escolas ainda corriam atrás do prejuízo e da verba da Prefeitura que foi repassada em parcelas. Registra o ET que aquele foi um dos desfiles mais pobres, desde a oficialização. Sem enredo, sem harmonia, sem nada. O que valeu mesmo foi a animação dos foliões e o samba no pé.