Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

O Carnaval na festa do bicentenário

Edição nº 1713 - 7 de Fevereiro de 2020

Oficializado em 1978, na década de 1990 o carnaval sacramentano sofreu, para melhor, uma grande transformação. Veio num crescente de aprimoramento e teve o seu apogeu, passando a ser considerado o melhor carnaval do interior mineiro. Aquela década foi a oportunidade de as escolas se tornarem independentes criando a sua própria associação ou liga e deixarem de ser dependentes da Prefeitura, a quem caberia repassar a subvenção do município para a liga e se responsabilizar pela estrutura na passarela. Até se falou na criação da liga, assim como se cogitou de o Sacramento Clube se tornar escola de samba. Mas nada disso nunca saiu do papel... 

 

1991 – Depois de dois anos, Mocidade conquista mais um título

A escola de samba Mocidade Alegre Sacramentana, ausente do carnaval desde 1989, depois de ficar em terceiro lugar, voltou à passarela em 1991 e mostrou a que veio, conseguindo o sétimo título, com o tema, 'Tributo à Paz'. A Tradição Sacramentana foi a vice-campeã e a 13 de Maio, ficou com o terceiro lugar.

Na premiação individual, a Tradição Sacramentana levou três troféus com as alas 'Alegria, Alegria' e 'Riso e Luxo' e fantasia infantil, para Mariana Mariano; a 13 de Maio conquistou o troféu com a ala das baianas e a Mocidade Alegre, com a fantasia adulto, para Rosângela Ramos. Noninho, do bloco Maria Giriza levou o troféu participação. 

O Sacramento Clube abandonou os blocos a partir desse ano, mas premiou os melhores no seu tradicional Baile de Carnaval: os casais Luiz Bizinoto e Gasparina, Bruno Cordeiro e Sandra Silveira, o casal Anésio e Ozana e, também, Rosângela Ramos e Eliana Ribeiro foram os melhores. Na matinê, premiação para Betânia Pacheco, Carlos Henrique Machado, Carolina, Thiago e Vívian, além das irmãs, Maria Clara e Maria Júlia. 

 

1992 – Com tema ecológico, 13 de Maio é campeã

Quatro escolas de samba participaram do desfile daquele ano, apesar dos esforços, deixou a desejar, até porque, não há bons ou maus enredos, mas apenas enredos mal explorados.  Assim foi com a 13 de Maio, campeã do carnaval de 1992, vencendo apenas três dos sete quesitos: bateria, evolução e conjunto. A Tradição Sacramentana, que foi a vice-campeã com o tema, 'Tributo a Walter Fonseca', vencendo os quesitos  fantasia, comissão de frente,  mestre-sala e porta-bandeira e enredo recorreu do resultado, porém sem êxito.  A Mocidade Alegre Sacramentana ficou com o terceiro lugar e a Operários em quarto. Após o anúncio dos resultados do carnaval, Avelu Araújo, da Mocidade, comentou: “Eu nunca senti tanta vergonha na minha vida com aquele 3º lugar”. 

Registrou a edição do ET daquela semana: “Teve sorte com o 3º lugar, pois merecia a lanterna. A Operários esteve melhor. Sorte maior teve a 13 de Maio que, no domingo, desfilou só com oito baianas e não foi penalizada pelo júri e, ainda por cima, a ala foi premiada. Desconhece-se a razão, pois o critério ali era técnico. 'Errou, pagou'. Ali foi, 'errou, ganhou' ”.

Aproveitando o embalo da folia, o prefeito José Alberto, do palanque, criticou a imprensa escrita e falada por não divulgar suas obras.  

Outras premiações individuais foram para Destaque Adulto, para Domingos e Fabíola Gomide, ambos da Operários; Destaque Infantil, para Paola Marques, da 13 de Maio; Passistas Rone e Sandra, da Mocidade; Ala das Baianas e Ala das Moças, da 13 de Maio; ala Luxo e Beleza, para a Tradição; O troféu Animação foi para o bloco 'As Robertas', grupo de machões travestidos de mulheres.

 O Sacramento Clube, que desde 1990, não participava com os blocos na rua, fez a premiação dos destaques apontados pelo júri no seu tradicional baile de salão.

 

1993 – Tradição Sacramentana conquista seu primeiro título

Com o tema, 'Descobrimento do Brasil', a Tradição Sacramentana conquistou o seu primeiro troféu, mais uma vez, vencendo em apenas três quesitos: conjunto, enredo e fantasia. A escola conquistou ainda dois prêmios individuais, o de destaque infantil para  Júlia e ala Luxo e Beleza. 

Mocidade Alegre foi a vice-campeã com a maior premiação individual, vencendo três quesitos, bateria (mestre Marron), comissão de frente e porta-bandeira e mestre-sala, com o tema, 'A Bahia e suas raízes', quesitos que não contam pontos para a escola. Premiação individual: passistas, Eliana e Rone Marcos; destaques adultos, Fabíola Vieira e Márcio Estevão e melhor mestre-sala, Marrom. 

Operários e 13 de Maio não desfilaram.  E, pela primeira vez, além dos troféus, houve premiação em dinheiro, sendo Cr$ 5 milhões e Cr$ 2,5 milhões (Isso mesmo, milhões, mas não se iludam,  era uma merreca. Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que entre 1990 e 1999, a variação anual da inflação subiu para 499,2%). Daí veio o bloco, 'Turma da Mutreta' e o ET escreveu a crônica, 'Rock In Borá') para as alas luxo e beleza e os blocos, As Robertas e Maria Giriza, respectivamente  premiadas como Animação e Originalidade.  

Em 93, o Sacramento Clube (SC) voltou à passarela com uma homenagem ao Desemboque.  Abriu o desfile com Sílvia pinheiro e Adriano Silveira, como porta-bandeira e mestre-sala, destaque Sharon Loyola Veiga, ala das Havaianas, bateria comandada por Mirandinha, tendo como madrinha Sandra Silveira e, fechando o desfile, um carro alegórico, 'Os 250 anos da Matriz de N. Srª do Desterro', com destaque para Ronaldo Bizinoto (Senhor do Engenho), Adriana Zandonaide (Sinhá Moça) Eliana Lima (Mucama), Bruno Scalon (Bandeirante) e Aramis Neto (Garimpeiro).  

 

1994 – Tradição é bicampeã

Com o tema, 'Jogo, sorte, magia esporte', a escola de samba Tradição Sacramento tornou-se bicampeã, só perdendo no quesito bateria, que ficou com a 13 de Maio, a vice-campeã, com o tema, 'Carnaval, Samba e Futebol'. Além da bateria comandada pelo mestre Anderson Macalé e a madrinha Márcia Silva, a escola empatou com a Tradição na Ala das Baianas'. A Mocidade Alegre, com o tema 'Sacramento, um pouco de você' amargou mais um 3º lugar. E mais um vez o resultado foi contestado, desta vez pelo presidente da 13 de Maio, Célio Gomes de Menezes, o Celinho, de saudosa memória.

 A premiação individual daquele ano para as escolas foi a seguinte:  Passista, Rone (Mocidade); Passistas Luciene, Graciene, Lucimar e Rosemeire (Tradição); Destaque infantil, Daniela (13 de Maio); Destaque masculino, Reinaldo Mião (Tradição); Destaque feminino, Vera Lúcia Souza  (Mocidade). Entre os blocos, originalidade para 'Maria Giriza'; animação, 'As Robertas' e participação especial, 'Vai Quem Quer'.

O SC, além do bloco 'Encanto da Juventude na comemoração dos 40 anos do SC', foram premiados Kely Bizinoto com a fantasia, 'Mensageiro da Paz'; o casal folião, Ronaldo Bizinoto Ribeiro e Andreza Prado e a madrinha de bateria, Sandra Silveira. No fechamento do desfile de rua, o então prefeito Joaquim Rosa Pinheiro homenageou com uma placa de prata a diretoria do SC, representada pelo presidente Ronaldo Bizinoto  Ribeiro, pelos 40 anos da entidade.

 

1995 – 13 de Maio é campeã com o tema 'Exaltação a Sacramento'

Nesse ano o Rei Momo Murilo Scalon iniciou seu reinado na passarela, acompanhado das princesas e filhas, Miléia, Milene e Mirele e os príncipes, Gregório e Érico, filhos do então prefeito Joaquim Rosa Pinheiro.

 Anunciado o resultado oficial dos desfiles das escolas, a13 de Maio sagrou-se a grande campeã do Carnaval com cerca de 300 integrantes e venceu seis dos sete quesitos em julgamento, inclusive na bateria comandada pelo mestre Marlon, acompanhado de perto pela madrinha, Andrezza Prado. 

 A Tradição Sacramentana, que evocou os grandes momentos dos antigos carnavais com o enredo 'Lembranças' foi a vice-campeã, graças aos 26 pontos perdidos pela  Mocidade Alegre, que mais uma vez foi a 3ª classificada, com o enredo, 'O mundo infinito contagiado de alegria'. 

E a Operários com o enredo, 'Tributo a Odorico Vieira', bem tímida, com menos de 100 foliões, voltou à passarela depois de seis anos, numa homenagem justíssima a um de seus fundadores, o grande Odorico, que fundou a escola com o Rei Azor. Um critério técnico desclassificou a escola por desfilar com menos de 100 integrantes.

 A premiação individual das escolas foram para Walney, da Mocidade e Alessandra, da Tradição, no quesito Destaque Adulto e Kelly, da 13 de Maio, Destaque Infantil. Rone Marcos e Irislene, ambos da Mocidade, foram os passistas premiados; a 13 de Maio conquistou também o troféu com a ala Luxo e Beleza. 

Naquele ano, o Sacramento Clube participou apenas com a bateria tendo como madrinha, Sandra Silveira; como mestre da bateria, Mirandinha; comissão de frente, a porta-bandeira Taciana Scalon e o mestre-sala, Roney. 

Dois fatos marcaram o carnaval daqueles ano. O primeiro, Carlos Antônio de Souza Santos, o grande destaque da Tradição, na época com 40 anos, fugiu da Santa Casa, onde estava internado para desfilar na terça-feira. Carlos recebeu notas máximas do júri, mas perdeu o troféu por não ter desfilado no primeiro dia. 

O segundo, foi a tremenda violência que fizeram com o folião Adelmo Gobbo  Júnior, na época com 28 anos. Ele foi preso, quando portava um inocente cartaz pedindo som na avenida. A justa manifestação do folião deu resultado. O carnaval no Marquezinho, até então com ingresso pago, teve entrada franca e, naquela mesma noite, as marchinhas e sambas começaram a animar a avenida do samba, após o desfile das escolas. Foram 20 anos de desfile patrocinados pela Prefeitura, até que, em 2015, ela acabou com as subvenções. 

Adelmo Gobbo poderia ter sido eleito o folião da década. Falta-lhe esse troféu.

 

No Carnaval de 92, José Alberto critica imprensa

O prefeito José Alberto Bernardes Borges, depois de enumerar as obras que realizou e que pretende ainda a construir em seu governo, como água, luz, esgoto, asfalto na periferia e casa própria às famílias de baixa renda, revoltado, criticou a imprensa da cidade que não noticiava suas obras. 

A crítica do prefeito foi feita na noite de premiação das escolas de samba, do palanque oficial do júri e autoridades, assustando até mesmo seus amigos e correligionários mais diretos. Disse: ‘‘Não sou manipulado, não dependo de grupos econômicos, nem fascistas. Não preciso da Prefeitura para encher meus bolsos, graças a Deus. Não tenho filhos, não sou casado, não preciso do dinheiro da Prefeitura. Não tem negociata no meu governo, sou uma pessoa sincera, enquanto a política brasileira está nessa corrupção que vocês estão vendo...’’.

 

1996 – 13 de Maio é bicampeã e Beija-Flor estreia na passarela

Treze de Maio sagrou-se a grande campeão do Carnaval de 1996, com o tema 'Folclore', com uma diferença de apenas seis pontos da vice-campeã, Beija-Flor Sacramentana, fundada por César Donizete de Oliveira e Meire Idualte, com outros dissidentes da Mocidade Alegre, e que na sua estreia homenageou Zumbi dos Palmares. A Tradição Sacramentana, com o tema 'Ajoelhou tem que rezar', ficou em 3º lugar; Operários, com o tema, 'A corte do rei Azor', foi a 4ª colocada e a Mocidade Alegre foi desclassificada por desfilar com menos de 100 integrantes. 

Os temas propostos pelas escolas 13 de Maio e Beija Flor, conforme se avaliou na época, por serem muito abrangentes, deixaram a desejar, salvo em alguns aspectos.  Já o da Tradição, considerou-se fora do contexto, vez que o adágio significa 'concluir algo que começou ou que se propôs fazer'.  Mas valeu os esforços dos dirigentes, a animação dos foliões, a garra e a vontade de vencer com que desfilaram.

  A bateria do Sacramento Clube abriu mais uma vez o desfile com o Rei Momo, Murilo Scalon e a rainha  Silvia Raquel Pinheiro. 

Registre-se que, naquele ano o público mais que dobrou na avenida, pois a avenida (rua) Visconde do Rio Branco, democraticamente como 'Festa do Povo', passaria a ser a única passarela do samba da cidade, encerrando-se assim os festejos no Marquezinho. Também naquele ano, o carnaval sacramentano foi considerado uma das melhores festas do interior mineiro e, a partir de então, veio num crescente o número de turistas na cidade. 

 

1997 – Tradição é campeã

Com o tema, 'Brasil Carnaval', a Tradição Sacramentana sagrou-se campeã, ao vencer seis dos nove quesitos julgados: bateria (empatada com a 13 de Maio), porta bandeira e mestre sala, fantasia, evolução, conjunto e alegoria. A 13 de Maio com o tema, 'Ari apitou, o samba chegou', foi a vice-campeã e a Beija-Flor Sacramentana, no seu segundo ano, ficou com o terceiro lugar. 

Destaque-se também a participação da bateria do Sacramento Clube. Naquele ano, a apuração aconteceu na noite da quarta-feira de Cinzas na presença dos presidentes das escolas, foliões e um público muito animado embalado pela Banda Lira do Borá.

A premiação individual foi a seguinte: Destaque Adulto, Rodrigo (Tradição) e Georgia (Beija-Flor); Destaque Infantil, Roberta (Beija-Flor); Passistas, Rone e Elisa Mirtes  (Beija-Flor),  Sâmia (Tradição) e Viviane (13 de Maio); Ala Luxo e Beleza (Tradição); Vai Quem Quer (Animação) e Maria Giriza (Originalidade). 

 

1998 – Beija-Flor é campeã homenageando a Imperatriz Leopoldina

A Beija-Flor Sacramentana conquistou o seu primeiro título, levando para a avenida 190 integrantes que mostraram os encantos e as belezas do Brasil, sentidos pela imperatriz Leopoldina que aqui chegou para se casar com o príncipe Dom Pedro I.  A 13 de Maio, com o tema, 'África do Sul, renascida de uma escultura humana', evocando a figura humana de Nelson Mandela, ficou em segundo lugar e A Tradição Sacramentana foi a última classificada, sob o tema, 'Nossa terra, nossa gente', levando para a avenida, aspectos da história de Sacramento.  A diretoria reclamou do resultado, mas mais uma vez sem êxito.

 A bateria da verde e branco 13 de Maio, comandada por Anderson Macalé e com a participação da madrinha Márcia Silva, sagrou-se tetracampeã na avenida naquele ano, depois de receber a nota máxima de todos os jurados.  

Na última noite do Carnaval, o coordenador da comissão, Antonio Claret Scalon, o Polaco anunciou a fundação de uma nova escola, a Acadêmicos do Borá. 

 

1999 – 13 de Maio é mais uma vez campeã

O enredo 'Quatro elementos da natureza: Terra, Água, Fogo e Ar' rendeu mais um título para a escola de Samba 13 de Maio, que desfilou com 280 integrantes e venceu oito dos dez quesitos julgados, inclusive a bateria que se tornou penta. A Tradição Sacramentana foi a vice-campeã com o tema, 'O mundo dos sonhos' e foi a única a apresentar a letra de um samba enredo. 

A Beija-Flor Sacramentana com  o enredo 'Beija –flor hoje, Beija-flor no futuro', falando de suas raízes,  que nasceram da extinta Mocidade Alegre, ficou com o 3º lugar. Mas as duas superaram a 13 de Maio na premiação individual nos destaques e passistas, que não somam pontos para as escolas.  A Tradição Sacramentana levou os troféus de destaques adulto com Rodrigo e Alessandra e passista infantil com Betânia e Gympera.  A Beija-Flor Sacramentana também arrastou três premiações: passistas adultos com  Lucília e Relen e infantil com  Danilo, e a  13 de Maio, destaque infantil para Vanessa. O bloco 'As Robertas' ficou com os troféus de Animação e Originalidade. 

 

2000 – Beija Flor é a campeã e Bateria 2000 estreia na passarela

A Beija-Flor Sacramentana sagrou-se mais uma vez campeã do último ano do milênio e do século XX, vencendo sete dos dez quesitos. A tradição Sacramentana com uma diferença de apenas seis pontos, foi vice-campeã; já a 13 de Maio caiu para o 3º lugar e a Operários recebeu a 4ª colocação, depois de ser penalizada com a perda de 74 pontos, por quatro motivos diferentes, entre eles, por esta com menos de 130 integrantes na passarela e por se atrasar para iniciar o desfile. 

Destaque-se que, no ano 2000, as quatro escolas desfilaram com um tema único, 'Brasil 500', em comemoração aos 500  anos do descobrimento do Brasil, cada uma explorando  diferentes aspectos do país: A Beija-Flor, a colonização do pais; Tradição,  focou no indígena,  família real, folclore; a 13 de Maio adotou até um tema, 'Brasil, muito mais que feijoada', assim como a Operários que trabalhou o tema, 'Do Oiapoque ao Chuí, nossos Brasil é aqui'. 

Da premiação individual, a Beija Flor conquistou seis troféus nos quesitos: destaques adultos para Meire Idualte e Robson Roberto e destaque infantil para Gabriela  Idualte; passista adulto, com Relen e, infantil, com Tiago, e ala luxo e beleza, empatada com a  Tradição, que conquistou outros dois troféus nos quesitos passistas  feminino adulto (Jussara Duarte) e infantil (Gympera Nascimento).   O troféu Participação foi entregue ao passista mais idoso, Romano Bonette (84 anos) e às baterias do Sacramento Clube e Bateria 2000. 

Três animados blocos ficaram de fora, 'Maria Giriza', 'As Robertas'  e 'Vai Quem Quer'. Entretando, dois novos blocos foram criados naquele ano: 'Os Incríveis do Mé' e 'As Cachorras'.