Ao longo dos 51 anos de existência do jornal O Estado do Triângulo, a sua impressão, que sempre foi terceirizada, passou pela antiga Gráfica Zebu e Gráfica Pinti, em Uberaba, nos seus primeiros 25 anos de existência. O serviço foi transferido para Sacramento logo que a Gráfica Brasil, de Itamar Silva, de saudosa memória, adquiriu uma impressora plana capaz de rodar o jornal. Após sua morte, o filho Itamar Itamar Júnior (Juninho), continuou o serviço até que, no ano passado, locou a gráfica para Fernando Araújo, que abriu uma nova razão social, Gráfica Talento, continuando o serviço. A partir da última semana, Juninho decidiu vender a impressora para a Gráfica Mendes & Oliveira, de José Américo, que rodou a edição nº 1718, de 13.03.2020, assinalando um nova etapa na vida cinquentenária do ET.
Com todos os empresários proprietários dessas gráficas e seus impressores, o ET sempre manteve um relacionamento profissional e cordial. Ficam inesquecíveis as memórias do Sr. Walte Pinti e filho Waltinho, do Itamar. Agora, mais próximos, o Juninho e sua tão querida mãe, Chiquinha; e Fernando e Max, da Gráfica Talento. A todos um agradecimento sincero por compartilhar essa história conosco. E boas-vindas à Gráfica Mendes & Oliveira, por esta nova etapa que se inicia. Queira Deus, que seja tão profícua como as anteriores.
O eclético mestre Alemão
Há mais de 20 anos, o mecânico descendente de família alemã, Alexandre Linckzitz dos Santos 39, mais conhecido por Alemão, presta serviços de manutenção em máquinas impressoras das gráficas da cidade. Para uma recauchutagem na velha Solna da Gráfica Brasil, Alemão esteve na cidade neste final de semana e lembrou com o ET um pouco de seu trabalho.
“Desde 1998 presto manutenção nas gráficas aqui em Sacramento. Comecei na Gráfica Brasil, do Itamar, pai do Juninho, depois veio a Gráfica Nossa Senhora d´Abadia que hoje é a Gráfica Mendes & Oliveira, acompanhando sempre sua evolução. O Juninho às vezes comprava uma máquina diferente, o Aloísio na Gráfica Na. Sra. d'Abadia e, hoje, na gráfica do José Américo. E dessa forma a gente vai fazendo parte da história e mantendo os serviços como a impressão do Jornal O Estado do Triângulo e outros que tinham na cidade. Aliás, rodei muitas edições do jornal ET, quando trabalhei na Gráfica Brasil durante quase dois anos (1998/1999)”, recorda.
Em Uberaba, Alemão trabalha também como restaurador de carros antigos. “Adoro mexer com 'lata velha' há muitos anos. E sempre quis entrar nesse ramo. Trabalhei com gráfica até pouco tempo e agora vou me dedicar à restauração de carros. Aliás, faço de tudo um pouco: torneiro mecânico, serralheiro, pintor automotivo. Dizem que sou como um Bombril, tenho muitas habilidades pra não dizer utilidades”, afirma.
Alemão é casado há 21 anos e pai de dois filhos e possui uma picape Rural Willys, pneus de trator que é sua paixão, usada nas trilhas. Sua outra paixão são os patins de manobras. “Hoje ainda ando de patins, mas não como antigamente. Já tive acidentes, quebrei o tornozelo e tenho oito parafusos... Foi feio”.
Falando pela Gráfica Mendes & Oliveira, José Américo manifestou sua satisfação em imprimir o ET a partir da edição de 13 de março. “Aposentei depois de 36 anos nos Correios, mas não parei, simplesmente mudei de ramo. Larguei de mexer com papel nos Correios e vim mexer com papel na gráfica, uma coisa que sempre gostei. E agora que surgiu a oportunidade de atender o jornal O Estado do Triângulo, recebemos o serviço com grande satisfação. Lógico que a gente não queria que a gráfica Brasil fechasse. Juninho não quis mais tocar a gráfica e nos vendeu a impressora”.
Outro expert em serviços gráficos, Murilo Oliveira é um dos sócios de José Américo, já com longa experiência como impressor. “Comecei no ramo de gráfica aos 13 anos e trabalhai até os 18 na Gráfica Brasil, tive um período em Franca até os 23 anos. Luizinho que era o dono da Gráfica Nossa Senhora d´Abadia me convidou para trabalhar com ele e lá fiquei oito ano. Voltei para a Gráfica Brasil, durante 13 anos, quando rodei o ET, e sai para trabalhar com meu cunhado José Américo e minha irmã Márcia e aqui estamos há cinco anos”, explica, destacando que aos poucos a gráfica vem crescendo e gerando emprego.