Tri Ciclo apresenta quatro espetáculos na cidade

Graças ao patrocínio do Laticínio Scala através da Lei de Incentivo à Cultura, que valorizam e reconhecem a importância da educação como sustentáculo do desenvolvimento social, ambiental e cultural do país, Sacramento pôde participar e aplaudir com entusiasmo a 6ª edição do Mês Cultural, evento máximo da cidade no gênero, que tem apoio também da Prefeitura Municipal e grupo de empresas locais.

Na programação deste ano, que aconteceu de 27 de setembro a 4 de outubro, em Sacramento e, no dia 6, em Salitre de Minas, onde o Laticínio Scala tem uma filial, foram apresentados cinco espetáculos, sob coordenação e produção da empresa Tri Ciclo Espetáculos. 

Tino Gomes, no animado 'Forró do Juventino', abriu a temporada, que contou ainda com 'Oficinas Teatrais' para educadores, com Cauê Salles;  a excelente comédia musical sobre o amor, 'Como a gente gosta', com o grupo Maria Cutia, inspirado no teatro de Shakespeare; 'Brincando com o Tempo', com Rosana Loren, apresentado para todas as escolas da cidade e zona rural, no Lar São Vicente de Paulo e APAE. Finalizando, nesta sexta 4, à noite, no palco montado na praça do Rosário, o espetáculo, 'Lua Clareou, com Saulo Laranjeira e Banda Arrumação e, encerrando, neste domingo, em Salitre de Minas, onde funciona uma filial da empresa Scala, o espetáculo, 'Los Circo Los Circulando'.

O Tri Ciclo Espetáculos, a cada ano vem inovando no repertório cultural e na estrutura, que este ano teve uma tenda ainda maior, para melhor abrigar o público. 

“A cada ano viemos aprimorando para dar mais conforto ao público e também pensando na variação climática, a chuva ou o sol nas apresentações para as crianças na praça e, sobretudo prezando a acessibilidade, inclusive com a tradução em libras, para as pessoas com deficiência auditiva”, disse, revelando mais uma novidade: a programação entregue ao público foi impressa também em braile, para atender aos deficientes visuais. “Ou seja, buscamos a democratização e a inclusão”. Finalizou a produtora, afirmando que “a qualidade das apresentações é o nosso principal foco, porque se queremos formar um público cultural, isso só pode ser feito com espetáculos de qualidade”.

Voluntários do Scala presentes

Voluntários do Laticínio Scala estiveram presentes durante todas as apresentações para dar apoio aos eventos, conforme expuseram os apresentadores, Juliana Maria da Silva, do departamento Comercial, e Marcelo Urbano, do departamento de Captação de Leite, dando as boas-vindas ao grande público que mais uma vez se fez presente na praça do Rosário. 

Em entrevista ao ET, a psicóloga Briana Manzan Reis, atuante no setor de RH, confirmou e elogiou o trabalho do grupo. “Nosso objetivo aqui é interagir com a sociedade e ver como ela recebe o evento na cidade e também apoiar os seus promotores”, explicou, ressalvando que o trabalho é voluntário. “Na empresa, nós abrimos inscrições para voluntários que gostariam de prestigiar as apresentações, não só na praça, mas em todos os locais e, conforme a disponibilidade de cada um, organizamos a equipe”.

Educadores aprendem 'Brincadeiras Teatrais'

Um dos trabalhos mais importantes apresentados pelo Tri Ciclo Espetáculos é a Oficina de Formação de Atores, através dos jogos cênicos denominados Brincadeiras Teatrais. O artista e ator profissional, Cauê Salles 52, ministrou na manhã do sábado, das 8 às 12h, na Escola Eurípedes Barsanulfo, a oficina para 30 professoras. “Foi um sucesso!” Comentário geral e absoluto do grupo, como o da Profa. Divanir dos Anjos Souza Correia ao ET:

“- Com certeza, gostei muito. Embora eu conhecesse algumas das brincadeiras, aprendi muitas novidades com Cauê, um profissional muito talentoso, nos jogos sobre contação de histórias, exercícios para despertar a agilidade, o toque, a sensibilidade, a descontração, base para a formação da arte teatral. Enfim, gostei muito. Só veio somar ao conhecimento que já temos. De parabéns o Laticínio Scala por nos proporcionar essa oportunidade. Se puder fazer uma sugestão, que as próximas oficinas sejam acompanhadas de uma apostila para melhor fixação dos jogos”, sugeriu, entusiasmada com tudo o que aprendeu.  

Em entrevista ao ET, Cauê Salles disse que se considera um educador artista. “Eu vejo o mundo pelo prisma da arte e tento trazer isto para a Educação, através da disciplina Brincadeiras Teatrais, que criei para a Casa Viva Instituto de Educação e Cultura, inaugurada há cinco anos em Belo Horizonte, e hoje estou trazendo para as educadoras presentes essa experiência, que vai ampliar o repertório delas. Mas ao mesmo tempo eu levo comigo experiências adquiridas aqui com elas para a Casa Viva, ou seja, a oficina é uma troca de experiências”. 

Para Cauê, no mundo de hoje, com tanta tecnologia, é possível e necessário resgatar o teatro na escola. “O faz de conta e a representação são naturais no ser humano, então isso é importante. A criança começa com o faz de conta dela, vai sendo alfabetizada, dominando a linguagem e percebendo que pode representar, ou seja, a representação surge com o desenvolvimento do ser humano.” 

Questionado sobre a tecnologia na escola, se ela tem dificultado a performance dos jogos teatrais, Cauê foi enfático ao afirmar que “a tecnologia tem afastado o ser humano dessa arte viva, como concertos, teatros, mas quando ele retorna, quando ele se toca frente a uma experiência diferente da tecnologia, percebe que ela não substitui a experiência artística”.

Para Cauê, todas as artes são importantes nas escolas. “Tanto o teatro, quanto as outras artes, música, artes visuais, dança e até as artes tecnológicas são importantes nas escolas como um todo. É importante fazer o exercício de todas essas linguagens para desenvolver potencialidades outras, tão importantes na vida de qualquer estudante, enfim, de qualquer pessoa”.

Eventos de qualidade

Os casais Dulce e Ismar, Mário e Ariane aproveitaram a gastronomia curtindo na sexta-feira o Forró do Juventino. “Muito bom, um espaço inovador e show muito bom para nós sacramentanos. Acredito que todos estão muito satisfeitos e agradecidos, porque é um  evento cultural de qualidade. O Scala, que patrocina o evento, está de parabéns por esses momentos que traz ao povo de Sacramento”, avalia Ismar Magnabosco. 

A saxofonista da Banda Lira do Borá e integrante da Banda Racionália, Camila Aparecida Januário de Souza e a amiga, Mary Balduino, foram unânimes em elogiar o Mês Cultural. “Excelente iniciativa do Scala, que nos traz essas noites culturais, agradando e animando todo o público. Uma noite especial que enriquece muito a cidade”, afirma Camila e Mary, amante do teatro, já demonstrava sua expectativa do teatro na noite de sábado. “Gosto muito de teatro, coisa rara na cidade. E os organizadores estão de parabéns pela inovação na estrutura”. 

Vânia Cristina Silva Santana, coordenadora do Lar dos Idosos São Vicente de Paulo, que recebeu o show de Rosana Loren, 'Brincando com o Tempo', também avaliou positivamente o espetáculo. “É muito gratificante receber por mais um ano esse projeto que já vem acontecendo há alguns anos e sempre prestigiando o Lar S. Vicente com seus 50 idosos''.