Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Saudades...

Edição nº 1688 - 16 de agosto de 2019

Morre em Campinas Wilson Menezes

O professor Wilson Menezes de Freita (foto) morreu no último dia 10, em Campinas, aos 87 anos, e foi sepultado, a seu pedido, no Cemitério São Francisco de Assis, em Sacramento, cidade natal de sua esposa, Olinda Gerolim de Menezes, de cuja família tinha um carinho muito especial. 

Nascido em São José do Rio Preto (SP), Wilson era cirurgião dentista e professor aposentado. Tinha como hobby, dar aulas sobre vinhos, uma de suas paixões, gostava também de uma boa pescaria e de viagens. Afável, caridoso, de coração aberto e sempre de bom humor, Wilson  era um bom contador de piadas.  

Dedicou toda sua vida à profissão e à esposa Olinda. Conheceram-se em Campinas ainda quando estudantes e casaram-se em 1963. Não tiveram filhos, mas viveram um grande amor ao longo dos 56 anos de vida juntos. 

 

Margarida Auxiliadora 

Margarida Auxiliadora Borges (foto) 77 morreu na madrugada dessa segunda-feira 12, na Santa Casa de Misericórdia de Sacramento, onde se encontrava internada há 11 dias, devido a problemas relacionados a doença de Alzheimer. Desde então, passou os últimos dias assistida por médicos, enfermeiros e sobretudo pela família.   

Seu corpo foi velado por familiares e amigos e sepultada às 17h no Cemitério São Francisco de Assis, após as exéquias proferidas pelo pároco da Paróquia d Na. Sra. da Abadia, Pe Antônio Carlos dos Santos, da Paróquia de Nossa Senhora da Abadia .

 

Vida de trabalho e doação 

 

Margarida era natural de Tapira, filha de Sebastião Martins de Paula e Almerinda Jorge de Oliveira. Ainda jovem, Margarida mudou-se para Sacramento, indo morar na casa da Dona Lalá (Toniquinho Jerônimo), que a recebeu como um membro da família. Anos mais tarde, conheceu Edmar Borges (Marinho da Farmácia), com quem se casou em 8/6/1972 e juntos criaram os filhos, Juliana e Luciano. 

Mais que isso, Margarida era uma mulher batalhadeira, guerreira, prendada, adorava costurar e por anos atendeu muitas clientes em Sacramento. Adorava também cozinhar. Era sagrada a sua arte culinária nos finais de semana com quitandas (bolos, roscas, pudins, tortas). Outra de suas paixões era a natação, participando inclusive de competições e frequentando a piscina até junho último.

 Mulher de fé, Margarida era católica, não perdia uma missa aos domingos. Acordava bem cedinho, às 4h da manhã e já começava suas orações. Fazia de seu dia a dia uma oração.  Até que em 16/10/2015, fazendo sua caminhada matinal, foi atropelada pelo ônibus coletivo, na avenida Tomás Novelino. 

 Após o acidente começou a manifestar os primeiros sintomas da doença de Alzheimer. Em julho último, seu quadro se agravou obrigando-a a uma internação na Santa Casa local por 11 dias, quando veio a óbito na madrugada do dia 12, decorrente de falência múltipla dos órgãos. 


Idelfonso Oliveira

Idelfonso Rodrigues de Oliveira 73 morreu na noite dessa quarta-feira 14, na Santa Casa de Misericórdia de Sacramento, onde foi internado de manhã depois de passar mal em casa. De acordo com a família, Idelfonso vinha lutando contra um câncer há dois anos. Seu estado se agravou no início da noite e não resistiu, vindo a óbito às 22h10. Seu corpo foi velado por familiares e amigos e sepultado na quinta-feira 15, após as exéquias proferidas por padre Antônio Carlos dos Santos.

 

Legado de vida familiar, de trabalho e de fé

Idelfonso era natural de Guaxima, distrito de Conquista e se mudou para Sacramento já casado com Neuza Límido de Oliveira, que conhecia desde criança, na fazenda Mateira onde moravam e juntos viveram 49 anos.  Da feliz união, nasceram os filhos Sandoval (Márcia) e Marcelo (Wélida) que lhes deram três netos.

 Idelfonso foi também um homem do trabalho. Ainda criança ajudava a família nas lides rurais e aí permaneceu até mudar-se para Sacramento, já adulto. Conforme a família, não media esforços para exercer qualquer tipo de trabalho. “Começou no Seminário do Ssmo. Redentor, capinando café. Foi chapa, pedreiro, jardineiro da Santa Casa, quando fez o curso de auxiliar de enfermagem e onde trabalhou na função por um ano até aceitar o convite do empresário Herculano Almeida para trabalhar na Farmácia Esperança, onde permaneceu durante nove anos; e, depois, mais oito anos na farmácia de Paulo Ramos. Foi revendedor da Droga Center, até que comprou uma Kombi e foi transportar estudantes e professores na zona rural durante 11 anos, até se aposentar”, resume a esposa Neuza, informando que, mesmo aposentado, o marido continuou seu trabalho como funcionário público da Prefeitura e, depois, da Sak's.

 

A saudade que fica

Para a família, o vazio será imenso. “Foi uma vida maravilhoso. Idelfonso foi um grande marido. Nunca brigamos. E aproveitamos muito a vida juntos. Foi um grande pai e um avô muito coruja. Muito religioso, foi um guerreiro em tudo. Foi Ministro da Eucaristia, trabalhamos na Pastoral Vocacional, da Criança.  E da Família. Nunca deixamos de participar de um encontro sequer, exceto no último que ele já não deu conta. A Missa era um compromisso sagrado para ele...”, lembra mais a esposa, destacando seu amor pelos três netos, que o chamavam de 'Vô Branco'.

“Já em estado crítico na Santa Casa, Idelfonso ainda lúcido, com os olhos abertos queria ver os netos. Léo estava em Uberaba, mandamos buscá-lo. Até ele chegar, manteve os olhos abertos. Minutos após, ele morreu. Estava só esperando. Tinha adoração por eles”, recorda Neuza emocionada ao lados dos filhos Marcelo e Sandoval, que também falam da bondade do pai. 

 “Papai era muito presente. Era um homem muito sério, quando a gente era criança, ele não batia, mas só de olhar a gente já tremia. Os vizinhos brincavam que na hora que ele estava em casa, parecida que não tinha menino. Ele cobrava muito, mas ao mesmo tempo era muito carinhoso. Foi um grande pai. Nunca vimos papai alterar a voz hora nenhuma”, diz Sandoval e Marcelo completa: 

“- Papai era meu conselheiro, apoiador e meu torcedor, meu fã. Eu joguei na Peleja, depois na AABB e agora no Panela... Em todo lugar que eu ia jogar ele estava atrás e na torcida. Foi até massagista do time para estar sempre perto. Era um companheiro inseparável. Papai era um exemplo de pessoa. Vai ficar muita saudade”. 

Idelfonso nasceu no dia 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, e foi sepultado no dia 15 de agosto, dia de Nossa Senhora da Abadia, da qual era grande devoto, inclusive, foi romeiro a pé até Água Suja durante 11 anos.