A Secretaria de Cultura e a Paróquia Basílica do Santíssimo Sacramento Apresentado pelo Patrocínio de Maria inauguraram no último domingo 14, na Casa da Cultura Sérgio Pacheco, a 'I Exposição Pe. Victor Coelho de Almeida', que permanece aberta até este domingo 21, data em que se celebram os 32 anos de sua morte.
Para o reitor da Basílica, padre Ricardo Alexandre, é importante mostrar à sociedade a vida daquele que poderá ser o segundo santo brasileiro. “Eu acredito que ele será beatificado e canonizado. Segundo informações, o processo de beatificação já está adiantado e isso para nós é motivo de honra, orgulho e ao mesmo tempo de responsabilidade, por ter um filho de Sacramento elevado à honra dos altares”, pondera.
De acordo com o pároco, a Igreja eleva alguém aos altares quando reconhece na pessoa uma santidade, um modelo a seguir. “A Igreja beatifica, canoniza para colocar diante de nós, um modelo de cristão, um modelo a ser seguido e que nos aproxima ainda mais de Jesus. Por isso, digo que, para nós, é uma grande responsabilidade. Ter Pe. Victor como beato ou santo é tê-lo como um modelo de virtudes a ser seguido, para que nossa vida seja verdadeiramente cristã. E, também, ao mesmo tempo, saber que temos junto de Deus um intercessor”, explica, lembrando quando conheceu o missionário sacramentano.
“- Padre Victor nasceu em Sacramento e eu o conheci ainda criança. Na minha cidade, Santa Juliana, tínhamos a Congregação das Irmãs Canisianas, que têm uma casa de hospedagem em Aparecida. E nós sempre tivemos muito contato com a devoção a Nossa Senhora Aparecida, especialmente, pela presença dela em minha cidade natal. Foi quando, ainda criança, indo a uma excursão em Aparecida, acompanhado por essas irmãs, me interessei pela vida religiosa e comecei a fazer acompanhamento vocacional com os redentoristas”.
Pe. Ricardo considera uma honra exercer seu paroquiato na cidade natal de Pe. Victor, afirmando que é impossível ter um contato com a congregação redentorista e com a devoção a Nossa Senhora, em Aparecida, e desconhecer Pe. Victor. “Naquela época, eu ouvi falar, mas depois busquei conhecer a figura desse missionário. Sabia que ele era sacramentano, da nossa região, porque sou de Santa Juliana, cidade próxima. E agora, para mim, é uma honra poder ser pároco na paróquia onde ele nasceu e foi batizado”.
De acordo ainda com padre Ricardo, a iniciativa da exposição foi do secretário de Cultura, Carlos Alberto Cerchi. “Fui procurado pelo secretário e achei muito justo, porque é importante que o município de Sacramento mantenha viva a memória de Pe. Victor, ao mesmo tempo que, lhe presta também homenagem na semana que antecede o dia 21, dia em que lhe fazemos memória da sua passagem para a vida eterna. E, em sendo beatificado e canonizado, este será o dia em que a Igreja celebrará a sua memória litúrgica. Portanto, achei louvável a iniciativa da Secretaria de Cultura e, como paróquia, não podemos deixar de participar”, reconhece o pároco, falando a um grupo de pessoas que participaram da inauguração.
Cidade prepara Memorial Pe. Victor Coelho de Almeida
Também na abertura, o secretário de Cultura, Carlos Alberto Cerchi, falou da importância e da alegria em poder fazer a exposição. “Minha alegria é grande, não pela exposição, mas porque ela vai ser o embrião do memorial que a Prefeitura e a Paróquia querem fazer, para que as pessoas possam conhecer de verdade a história de Pe. Victor Coelho de Almeida”.
De acordo com Cerchi, o acervo exposto na exposição foi um presente dado à Secretaria de Cultura por Geralda Ribeiro Pizzani, aqui representada por Gorete Bertolucci.
“- A secretaria ganhou este acervo no ano passado de dona Geralda. Ela não está bem de saúde, mas esperamos que ela possa vir a Sacramento e ver concretizado o seu sonho de fazer algo em sua cidade natal, para reverenciar Pe. Victor, que já o consideramos santo. Para nós, a Igreja vai, simplesmente, ratificar o que o povo pensa sobre esse grande sacerdote missionário redentorista, Pe.Victor Coelho de Almeida, pois são muitas as graças alcançadas”, disse, destacando que dona Geralda tem um amor muito grande por Sacramento e por sua história.
De acordo com Berto, dona Geralda, natural do Desemboque, morou no Bananal, Franca e hoje tem residência em Santa Bárbara d'Oeste (SP), com o marido, Ruy Pizzani. “De forma disciplinada, ela acompanhou a vida de Pe. Victor recolhendo objetos e publicações sobre sua vida. Ela fez essa doação, porque queria ver este acervo a público. E nossa esperança é de que este material saia daqui e vá para o Memorial Pe. Victor Coelho de Almeida. Já existe um entendimento entre a Paróquia e a Prefeitura, para fazer o memorial na capela de Nossa Senhora de Fátima, mais conhecida como capela da Santa Casa”.
Morreu segurando imagem de Nossa Senhora