A cachaça de Minas Gerais promoveu o ingresso do estado, este ano, no clube dos maiores estados exportadores da bebida. Classificando-se na 5ª posição, ganhou fôlego para brigar pelos novos mercados que o setor vai buscar em 2020 no Leste Europeu, Suíça, Paraguai, Argentina além da sonhada China.
Os embarques do destilado, que é símbolo da produção típica mineira, responderam por 4,05% do volume total de 5,980 milhões de litros que o Brasil vendeu no exterior de janeiro a outubro, de acordo com balanço feito pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). Em receita, a participação de Minas foi maior, de 7,8%, da cifra embora ainda bem modesta das vendas externas do produto, de US$ 11,702 milhões nos primeiros dez meses de 2019.
Mas, apesar do cenário positivo, a produção de Minas Gerais e a do Brasil como um todo, enfrenta obstáculos para aumentar as exportações, associados, principalmente, às dificuldades das micro e pequenas empresas, muitas delas informais. Em Minas Gerais, elas somam mais de 90% dos produtores de cachaça.
Como uma das soluções, o Ibrac e o Ministério da Economia firmaram convênio para que seja implantado em 2020 o projeto 'Aprendendo a Exportar'. A iniciativa consiste num portal que está sendo criado para orientações sobre o negócio, normas, exigências legais e treinamento.
Para o empresário Marco Antônio da Mota, um dos produtores do município de Sacramento, já com experiência na exportação, a notícia é muito boa. Falando ao ET, aproveitou para somar outra boa notícia. A Cachaça de Alambique, está ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional. E a Cachaça de Minas Gerais está entre as mais desejadas pelo mercado internacional. Pensando nesse mercado e na valorização do nosso produto, acabamos de criar a Associação dos Produtores de Cachaça do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. A associação vai proporcionar novas parcerias com a cadeia do queijo, café e turismo nessas regiões, além do desenvolvimento do setor de cachaça artesanal”.
(Jornal Estado de Minas/Redação ET)