O produtor rural, Gerson Lopes (foto), presidente da Associação dos Produtores Rurais do Soberbo e Região, esteve na redação do ET para falar sobre o impasse existente na comunidade sobre a associação, que pode fechar se não houver adesão dos associados e mais vontade para participar da próxima assembleia que vai eleger a nova diretoria, conforme edital publicado.
De acordo com Gérson, a Associação foi criada em 2013, tendo como primeira presidenta, Wéllida de Almeida. Em 2015, Gerson assumiu a associação, cargo que ocupa por duas gestões (2015/2016; 2017/2018), mas até agora não tem um substituto. E, a associação poderá ter fim, caso não apareçam nomes para concorrer à diretoria.
“No próximo dia 14 de junho, vamos realizar uma assembleia geral para a escolha da nova diretoria ou a extinção da associação. Os interessados devem se inscrever com sua chapa. Havendo mais de uma chapa inscrita, haverá a eleição”, afirma, destacando a falta de interesse dos associados.
De acordo com Gerson, que não pode mais ser presidente devido aos dois mandatos consecutivos, está convidando os associados para participar. “Precisamos organizar a associação, porque temos um trator comunitário e precisamos muito dele. Em caso de extinção da associação, o trator vai para outra comunidade”, alertou, ressaltando que a comunidade não pode ficar sem o trator. “Sãos muitos pequenos produtores que dependem do trator, portanto não podemos perder esse benefício”, ressaltou.
Segundo Gerson, a região do Soberbo compreende cerca de 50 propriedades rurais. “No início da associação éramos 43 associados. “Hoje somos apenas 18. E essa falta de interesse é que dificulta o trabalho, a prestação de serviços. Ganhamos o trator no final do governo do ex-prefeito Bruno e nesse período, a máquina prestou alguns serviços, como áreas de silos e plantio de lavouras”.
O critério adotado para o empréstimo do trator foi aprovado pela diretoria. “Hoje, funciona assim, o associado paga o combustível, o tratorista e para a associação, paga por hora trabalhada, com direito ao trator e aos implementos. Mas para mim precisa ser revisto. Mesmo não sendo alto o valor cobrado, às vezes não chega a ser vantajoso para o associado, por isso ele acaba usando uma máquina de fora para não ter o problema de buscar o óleo e pagar tratorista”, explicou.
Segundo o presidente, a nova diretoria vai ter que analisar isso bem pra resolver e dar condições de o trator prestar mais serviços e compensar, porque se o produtor é sócio tem que ter uma vantagem, a associação não tem que ter dinheiro em caixa, mas prestar serviço, para isso foi criada”, afirma Gerson Lopes, ao lado da esposa, Luzia Maria de Fátima Lopes, cujo desejo é que o marido se afaste da diretoria. Mas Lopes insiste e afirma, concluindo: “É preciso encontrar uma solução, inclusive para o valor das mensalidades pagas, que para mim deve ter um valor simbólico”.