Centenas de devotos de Nossa Senhora Aparecida percorreram os 12 km que separam a cidade da Gruta dos Palhares, levando a imagem da Padroeira do Brasil, onde permanece até este sábado 12, quando será transportada até o poção de Jaguara, local de início da 11ª Procissão Fluvial, que segue descendo o rio até a estação do Cipó para a missa campal.
Durante todo o trajeto, que reuniu devotos de todas as idades, adolescentes, jovens, adultos e idosos, enfim, famílias completas devotas da milagrosa santa. As luzes e hinos e muita oração, coordenada pelo reitor e pároco da Basílica do Santíssimo Sacramento, Pe. Ricardo Alexandre Fidelis, transformou a estrada numa imagem bonita de se ver e ouvir. Sob a histórica Gruta dos Palhares, o ponto mais alto e esperado, a consagração a Nossa Senhora e a bênção com a imagem, entre emoções e vivas.
Em preparação para a festa de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12, a paróquia Basílica está realizando o tríduo, que encerra nessa sexta-feira 11, com missa às 19h, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
A exemplo dos anos anteriores, a procissão fluvial sai do Poção no rio Grande, vila antiga de Jaguara, às 8h deste sábado. A chegada da imagem à Capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida, no Cipó, está prevista para as 9h30. Às 10h será celebrada a missa Campal.
Conversando com alguns devotos, o ET colheu alguns depoimentos de romeiros que fazem percurso, alguns deles há vários anos. Marcelene da Silva e o marido Eurípedes Barsanulfo da Silva Ribeiro aguardavam ansiosos a saída da caminhada, que ela faz há sete anos e ele pela segunda vez.
“Essa caminhada para mim é um momento de reflexão, de fé, de paz, de oração, um momento em que a gente está em conexão com Deus pedindo bênçãos, perdão, porque somos humanos e por isso somos falhos e também uma oportunidade para agradecer”, afirma Marcelene e Eurípedes explica que foi até a Gruta na primeira caminhada, mas teve de parar.
“Sou muito devoto de Nossa Senhora Aparecida, já fui aos seu pés em Aparecida e fui na primeira caminhada há dez anos, depois não deu mais por causa do horário do serviço. Este ano, graças a Deus, deu certo e aproveito para pedir bênçãos e agradecer. E como tenho que agradecer...”.
O casal Antônio dos Reis Oliveira (Bim) e Ronilda (Dinha), casados há 28 anos, fazem o percurso dede a primeira caminhada, há 11 anos. E este ano foram acompanhados do filho Victor 21. “Quando começamos, Victor tinha dez anos e hoje está estreando. E juntos vamos agradecer e pedir bênçãos, afinal família que reza unida, permanece unida”, disse, e para comprovar a importância da união familiar, todos se reuniram para a foto: Cleomar e Ana , Glória, Bim, Victor Ronilda e Geralda.
O ex-secretário de Cultura, no governo Wesley (2009/12), Amir Salomão Jacob, idealizador da festa, rezando contrito diante da imagem, também falou ao ET e acompanhou a procissão que marca a 11ª Procissão das Velas.
“Graças a Deus a festa está aí crescendo mais e mais. Nossa Senhora Aparecida é uma coisa muito forte, é o principal símbolo do Brasil. Uma vez disse isso numa sala de aula e os alunos discordaram, dizendo que era a bandeira, então perguntei quem tinha a bandeira e quem tinha a imagem de Nossa Senhora Aparecida em casa. Resultado: 90% tinham a imagem e não tinham bandeira, então o principal símbolo da nação é Nossa Senhora Aparecida, que está nas casas ricos, pobres, remediados em todo o Brasil. E aqui em Sacramento não é diferente”.
Oralda Manzan, nos seus belos 82 anos celebrados essa semana, não foi a pé, mas foi acompanhar a saída da procissão. “Acho maravilhoso. Cada ano cresce mais e não adianta o povo brigar por causa deste título, porque é Nossa Senhora Aparecida que conhecemos desde criança, é sobre ela, que nossos pais e nossos avós nos ensinaram. E fico feliz por ver essa expressão de devoção. Não faço a caminhada devido a uma prótese no joelho, mas meu coração vai e volta com ela”.