O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) iniciou nessa terça-feira 13 as obras de perfuração e concretagem de uma base para afixação de uma caixa d’água metálica com capacidade de 150 mil litros de água, para abastecimento dos moradores do Residencial Cajuru que, desde a inauguração daquele conjunto habitacional, construído em regime de mutirão, no final dos anos 90, pelo então prefeito Nobuhiro Karashima, vem tendo problemas com a falta de água.
O prefeito Wesley De Santi de Melo e o diretor do SAAE, Osny Zago acompanharam o início das obras que estão sendo executadas com recursos próprios da Prefeitura à autarquia, conforme declarou o prefeito ao ET.
“Para resolver esta falta de água aqui no bairro, que vem ocorrendo há muitos anos, a Prefeitura repassou ao SAAE, através de lei aprovada pela Câmara, recursos no valor de R$ 200 mil para a construção desse reservatório próprio, uma reivindicação antiga dos moradores, cujo compromisso assumimos em campanha. Uma obra muito necessária porque, com a expansão da cidade, o reservatório, então construído há 30 anos atrás, para servir os loteamentos do João XXIII e Cohab não está mais suprindo as necessidades das 400 famílias do Residencial Cajuru”, justificou o prefeito, esclarecendo ainda que as casas possuem reservatórios de apenas 250 litros, insuficiente nos momentos em que a rede sofre qualquer problema. Razão de assumirmos a obra como uma de nossas prioridades”, explicou.
Finalizou o prefeito, informando que, diante da expansão da cidade com a criação de novos loteamentos e consequente aumento da população, outros pontos apresentam problemas. “Através de um estudo feito pelo SAAE, os bairros Alto da Santa Cruz, Parque do Sabiá e João XXIII apresentam também o mesmo problema de desabastecimento. Graças, entretanto, a uma verba conseguida pelo vereador Dr Pedro, estaremos instalando um reservatório de 300 mil litros no Alto da Santa Cruz para atender também o Perpétuo Socorro/Parque do Sabiá”, finalizou.
Ouvido também pelo ET, o diretor do SAAE, Osny Zago, confirmou as palavras do prefeito Wesley, lembrando a antiga reivindicação. “O problema de fato vem acontecendo há muitos anos. O Cajuru é o bairro mais distante do ponto de abastecimento que o SAAE tem para servir essa região, que fica na rotatória do Velório, e que foi construído para abastecer a Cohab. Acontece que foram surgindo novos loteamentos e, com essa expansão urbana, passou a abastecer não apenas a Cohab, mas parte da rua José Sebastião de Almeida e os residenciais, Isaías Borges da Matta (Bocão), Eurípedes Barsanulfo e Cajuru. Ou seja, são mais de 600 casas que estão sendo abastecidas com um reservatório pequeno, me parece de 80 mil litros. Impossível!”.
Segundo Zago, o consumo médio diário por família formada por quatro pessoas é de 250 l de água, razão de todo o problema. “A conta é simples - explicou: 600 famílias x 250 l = 150 mil l, abastecidas por um reservatório de 80 mil litros. Portanto, temos uma demanda excedente de 70 mil litros. Com um novo reservatório de 150 mil, resolveremos o problema”, explicou, agradecendo ao prefeito pelo aporte de recursos, porque o SAAE não tinha condições financeiras para bancar a obra.
O novo reservatório que está sendo construída pela Diferpam, de Patos de Minas, é uma caixa de estrutura metálica redonda, em coluna cheia, medindo 13 metros de altura por 3,82 metros de diâmetro. “Pelo seu formato, em forma de pirulito, é um reservatório que ficará bonito aqui na entrada do bairro”, opinou Osny, informando que, dentro de 90 dias a obra deve estar pronta.