A fazenda Farinha Podre (VIII)
Começou o campo de lutas, vitórias, derrotas, alegrias e tristezas. Muitas experiências repassadas e adquiridas, muitos exemplos de doação, amor e bondade. Se não atingiram a meta traçada, fizeram de si, o amparo daqueles que os recorriam, à procura de favores e que não eram poucos, pois na época nada era fácil.
Sr Octacílio não só administrava; trabalhava como peão, fazendo as cercas, porteiras; puxava com carros-de-boi o café da lavoura para o terreiro de secagem e daí para Sacramento, 18 km, às cinco horas da manhã estava na porta da máquina do seu compadre Ângelo Crema, à espera da porta abrir, para ser um dos primeiros, pois teria os mesmos 18 km de volta; e assim por muitos anos consecutivos. Tomou amor pela profissão de carreiro, ele mesmo fazia todos os acessórios de madeira e cordas, torcidas e trançadas, seus bois de carro, mansos e ensinados elogiados por todos.
(Do livro, Fagulhas de História do Triângulo Mineiro, de Maura Affonso Rodrigues)