Homens de Cor (IV)
Conta Diogo de Vasconcelos, em sua História Média de Minas Gerais, que os negros não foram totalmente vencidos. Reforçaram ainda mais seus quilombos, organizando um perfeito serviço de espionagem, colocando espiões em todas as povoações vizinhas que lhes davam notícias sobre qualquer movimento suspeito.
Em 1959, uma grande expedição partiu de São João D'el Rei sob a orientação do General José Antônio Freire de Andrade. Com a contribuição de todas as câmaras da Capitania, foi organizado um grande exército, comandado pelo capitão-mor, Bartholomeu Bueno do Prado, neto do famoso Anhanguera, que matou 3.900 escravos dos vários quilombos desta região, levando ao governador da Capitania, 3.900 pares de orelhas, demonstrando o cúmulo da crueldade. Os que sobraram foram marcados no ombro com um ferro quente em brasa, com a letra 'F', de 'Fugido'.
(Do livro, Fagulhas de Histórias do Triângulo Mineiro, de Maura Afonso Rodrigues)