Eleu Araújo
Aposentadoria (III)
Depois de disparados sucessos, Eleu optou pelo abandono do profissionalismo como cantor e continuou como calculista contratado da gravadora Chantecler durante 15 anos. Sendo portador de osteomielite na perna direita, conseguiu juntar seu tempo de serviço, inclusive o de Sacramento onde trabalhou na Marcenaria Glória, do Sr. Américo Bonatti, como lustrador (envernizador) de móveis, e aposentou-se pelo INPS. No momento (1987) mora na belíssima capital de Goiás, onde continua sendo convidado para cantar nas sofisticadas mansões e nos melhores restaurantes e clubes de Goiânia e, também, nas cidades vizinhas a Goiânia e em Minas. Ele guarda a frase de um saudoso professor e mestre, o grande violinista, poeta e jornalista, Nicolau Schifini, que lhe disse: “Você nasceu artista, sua voz é um privilégio que Deus lhe deu, como um dos seus escolhidos”. Eu acrescento: “Você será imortal, porque seus conterrâneos o perpetuarão por certo”.
(Do livro, Fagulhas de História do Triângulo Mineiro, de Maura Afonso Rodrigues)