Artesãos, grafiteiros, artistas plásticos e músicos se reuniram diante de um público jovem e animado, na tarde do último domingo 9, na Vila Olímpica do Perpétuo Socorro para a sexta edição da Hora do Rap, sob a coordenação do grafiteiro, Dênis Balduíno, o Babu, que avaliou o evento como além do esperado.
“- A Hora do Hap visa divulgar o hip hop, que é uma cultura pouco difundida, então nosso intuito é unir a cidade para promover essa cultura. Essa sexta edição está com uma proporção bem maior, superou nossa expectativa”, avaliou, destacando a presença de grafiteiros do estado de São Paulo Ribeirão Preto, Franca, Cedral e sertãozinho, além dos conterrâneos mineiros de Araxá, Uberaba e Sacramento, e agradecendo o apoio de Renzzo Scalon e das secretarias da Cultura, Saúde e Esporte.
A animação musical ficou por conta de vários grupos de rap, tais como Mano Jota, Teco MC, Ysaac, Toi & DJ Nene, Ao Norte, PDA, DJs, na coreografia, diversos B Boys e B Girls e a participação da banda de Rock Racionália, além da participação do barbeiro e cabeleireiro, Wesley Silva Souza (Wesblack), que como voluntário fez os cabelos de muitos jovens presentes. Entre os grafiteiros estavam os feras, Celo Tatto, Mauricio Thor, Claudinei, Gustavo, Matheus Black, Magro Kita, Denis Babu, BBoy, Vilson Donizeti, Clayton, Rafael Carvalho e o Igor Bolly 13 (Sacramento MG)
Na batalha dos Mc’s Emanuely e Eric, do projeto Sacra essa ideia.
Filho de peixe...
Doraci Melo Balduíno, a Dorinha, mãe do artista Dênis Babu, prova que 'filho de peixe, peixinho é', pois levou belas peças para o evento. “Sempre gostei de pintar, mas eu me aperfeiçoei quando os meninos eram pequenos e ficavam na CIJU. Dona Neusa Pinheiro foi minha primeira professora de artesã num curso lá na Ciju S. Vicente e não parei mais”.
Para Dorinha, o talento do filho está na genética. “Eu falo que está na genética, porque quando fiz o curso na Ciju estava grávida do Dênis, então acho que ele herdou um pouquinho da tinta e a vontade de pintar, desenhar”. Dorinha trabalha em ateliê próprio em casa, já expôs e comercializou muitas obras no salão da ASAA, porém deu uma parada. “É difícil ficar transportando, porque são peças grandes, hoje surgiu a oportunidade, então por que não expor e prestigiar a festa do hip hop?”.
Além de Dorinha, a participação também das artesãs, Tatiana Miranda, que há três anos fabrica trabalhos lindíssimos com seus filtros dos sonhos, árvores de cobre e de pedra, orgonite (transformador e gerador de bioenergia) e macramê (linha grossa ou barbante se entrelaçam formando nós e desenhos), que servem como adornos residenciais e de áreas ao ar livre.
As jovens Sâmia Aparecida Gomes e Mônica Aparecida Lúcia, também há três anos na linha do artesanato de couros, fabricam peças criativas de várias cores e tamanhos. São bolsas ecológicas de couro e objetos de decoração de interiores, num trabalho muito fino. Para Sâmia, o espaço aberto para mostrar os seu produtos demonstra reconhecimento. “Os organizadores mostram que estão reconhecendo as feiras e o nosso trabalho. Sacramento tem tão poucos eventos abertos, que é um privilégio sermos convidadas para participar”, reconhece Sâmia, com Mônica completando: “A exposição é importante para mostrar às crianças novas alternativas e possibilidades.
Tatiane, Sâmia e Monica trabalham há três anos com artesanato, inclusive com vendas pela internet.
O agradecimento vai para Eletrônica Spark que cedeu a estrutura de som e o transporte dos grafiteiros, às secretarias de Cultura, Esportes e Saúde, ao educador Bergson Evangelista.
Diretora de Cultura avalia positivamente a parceria
Eliana Garcia Vilas Boas, diretora da Secretaria de Cultura, ressalta a importância do apoio e sobretudo da presença da Secretaria. “Juntos, pensamos em unir saúde, arte e cultura e trazermos artistas da cidade, porque sem dúvida o evento é uma boa oportunidade para divulgação de nossas políticas públicos, como o trabalho do Educador Social, Bergson Santos, que trouxe orientações sobre dengue e outras doenças e foi muito bom, pois um grande público passou pelo ginásio, atendendo às nossas expectativas. E se essa primeira parceira deu cero, nossos intuito é para as próximas agregar ainda mais o leque de opções, isto é, fortalecer ainda mais o a Hora do Rap”, opinou.
Izabel Cristina Pansani, diretora administrativa da ONG 'Sacra Essa Ideia', outra parceira do evento, destaca que a Hora do Rap vem de encontro aos objetivos do grupo. “Fundamos essa Ong em janeiro de 2016, com o objetivo de expandir a cultura, o esporte, meio ambiente, a inclusão social com um trabalho diferenciado com as crianças do bairro em relação à ecologia, artesanato. E essa interação é muito boa para nós e para o pessoal que organiza, pois o evento visa mostrar o que é o grafite consciente, o hip hop”, destaca, elogiando o local.
“Temos um espaço excelente, que é a Vila Olímpica, então por que não fazer o Hora do Rap aqui? E foi muito positivo porque reuniu música, movimento, arte, esporte e saúde e a presença do público superou, pessoas de vários pontos da cidade, famílias trazendo suas crianças...”, avaliou destacando a participação de dois jovens do bairro, Emanuely e Érick, que participaram da batalha dos MCs.