Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Trabalhadores em educação mantêm paralisação geral

Edição nº 1623 - 18 de Maio de 2018

Os servidores da Educação e da Saúde, sob a coordenação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Sisipsemg e Sind-Saúde realizaram nessa quarta-feira 16, data do pagamento da primeira parcela do salário de abril, um ato unificado para cobrar do governador Fernando Pimentel o pagamento dos salários no 5º dia útil de cada mês e repudiar a atitude do governo de adiar para esta sexta-feira 18 o pagamento da primeira parcela dos salários. 

Para isso, decidiram em assembleia, estender a paralisação até esta sexta-feira 18. Caso o governo não deposite os vencimentos da categoria nesse dia, a paralisação continua até que o governo cumpra com a promessa. Em Sacramento, em assembleia realizada na Casa da Cultura, na tarde de quinta-feira 17, os professores ratificaram a decisão tomada pela assembleia de BH. 

Vários professores na assembleia lamentaram a posição de algumas diretoras de escola que teimam em afirmar que haveria aula normal nas suas escolas, inclusive postando mensagens pelas redes sociais e rádios. “Infelizmente - lamentou a presidenta do Sind-UTE local, Augusta Furtado - algumas diretoras teimam em não apoiar o movimento da classe da qual elas próprias fazem parte. Estão fazendo pressão e desestabilizando o movimento, um papel inadequado, como educadoras e gestoras”, opinando também quando foi questionada por professores sobre a possibilidade da anotação da falta nos dias de paralisação.

“- As diretoras não têm esse direito de apontar falta nos dias de paralisação aprovados em assembleia pela categoria. O direito de greve, ainda mais por um motivo tão grave como esse, a falta de pagamento do funcionalismo no dia estabelecido, o parcelamento adiamento... O direito à greve é assegurado pela Constituição. A falta só pode ser anotada caso o professor se negue a não comparecer nos dias marcados pelo calendário de reposição, firmado em negociação entre o Sindicato e o Governo”, esclareceu

Apoio ao movimento
Servidores da saúde, universidade pública e do Ipsemg engrossaram a voz da educação para dizer ao governo que não aceitam ser tratados dessa maneira e que juntas essas categorias representam 90% do funcionalismo do Estado. Lideranças sindicais e apoiadores presentes falaram da indignação que toma conta do funcionalismo público com a postura do governo Pimentel de atrasar os salários e, como se isso não bastasse, também adiar o pagamento da 1ª parcela. 
Após ato em frente ao Palácio da Liberdade, com muitas bandeiras e palavras de ordens, os manifestantes desceram em passeata à Praça Sete, no centro da capital, onde encerraram as atividades do dia. O Sind-UTE, que já havia notificado o Governo, informando que só voltariam ao trabalho após o pagamento da primeira parcela, com o bordão,  “Sem salário não há trabalho”. 
Mas mesmo com o anúncio  do Governo de que o pagamento seria nessa sexta-feira, o sindicato não quis pagar para ver, decidiu seguir com a paralisação até essa sexta-feira 18, com a  realização de  manifestação na capital, inclusive com um "varal das contas a pagar", num dos prédios público do Estado. 
“- Quando suspendemos a greve, comunicamos ao governo que a suspensão era temporária e que estávamos em estado de greve. Essa comunicação ao Governo do Estado foi formalizada, com a possibilidade de retomada de paralisações, considerando que a greve foi apenas temporariamente suspensa. A lista elaborada pelo TCE não impõe suspensão de pagamento. Então, é falso o argumento de que precisava adiar o pagamento para suspender os salários. Preventivamente, já notificamos que, além dessa sexta-feira 18, na hipótese de o pagamento da primeira parcela não ser feito, a paralisação continua”, afirma a presidenta estadual do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira.
 Conforme a escala de pagamento divulgada pelo Governo, nessa sexta-feira 18, servidores com salário até R$ 3 mil líquidos recebem integralmente na primeira parcela; salários até R$ 6 mil líquidos serão quitados na segunda parcela no dia 25 e valores acima de R$ 6 mil líquidos recebem o restante na terceira parcela no dia 30.
Fonte: 

Seções

Serviços

Na rede