Times conquistenses são campeão e vice do III Torneio de Douradão

O time conquistense, liderado pelo capitão Renato Pereira dos Santo sagrou-se campeão do III Torneio de Douradão, ao vencer o também conquistense, do capitão Jocildo Azevedo dos Santos,  por 2x0. O time sacramentano, do capitão Roberlúcio da Costa Borges (Branco), ficou com o terceiro lugar, ao vencer o time do Ailton, de  Jubaí.

Já na Repescagem (torneio paralelo que prossegue entre os times desclassificados), o título ficou para o Time do Bigode, de Guaxima, e o 2º lugar foi conquistado pelo time do Léo, de Sacramento.

 A vitória dos times conquistenses não tem segredo: a modalidade Douradão já é praticada pelos truqueiros conquistenses há bem mais tempo do que o é em Sacramento. “Em Conquista, jogamos Douradão há muitos anos. Eu mesmo já tive outros times,  com  um pessoal mais velho, que veio parando ao longo do tempo, mas eu segui carregando a bandeira, até que fizemos intercâmbio com o pessoal de Sacramento, através do Parado, que organizou  um torneio brilhante”, explica Renato, elogiando sua equipe. 

“- Nosso time é muito competitivo, temos até nome, 'Os Galácticos', truqueiros de muitos anos, todos muito conhecidos. Graças a esse entrosamento chegamos à final disputando com outro bom grupo de Conquista e vencemos”. E todo eufórico, tirando picuinhas nos colegas sacramentanos, o simpático troqueiro Naldão, de Conquista, dizia ao repórter. Publica aí: "Eu já sabia! Eu já sabia!!”

 Para o campeão Renato, é difícil explicar o segredo do Douradão, que considera  muito mais complexo que o Truco, que é um jogo de malícia e muita sorte, porém menos emocionante. “No   Douradão, também entra a sorte, mas é uma modalidade que exige uma concentração e entrosamento muito maiores, é necessário também muita calma. Cada equipe é formada por quatro jogadores. Por isso, temos que passar sinal para os quatro, numa mesa que tem oito competidores, então o entrosamento tem que ser muito grande. Mas a maior emoção fica mesmo com o Truco”, analisa. 

O time de Renato é composto pelos jogadores, vereador Naldão, Júlio Filiaci (Moreno) e Renato Spirandelli e os reservas  Derson e Lucinho.  Derson não veio aos jogos por motivos de saúde, e por isso Naldão, dedicou-lhe o troféu de campeão. “Se Deus quiser, no próximo ano, ele estará conosco aqui”. 

Jocildo, capitão do time vice campeão comemorou o titulo. “Esse é o nosso terceiro torneio de Douradão e em todos eles ganhamos troféus. Neste torneio, tiramos muita gente boa, chegamos invictos à final e só perdemos para Os Galáticos, e os parabenizo pela vitória”. Jocildo parabeniza também Hélio Parado, pela organização. “Organizou muito bem este torneio, que teve inclusive uma ajuda solidária a uma pessoa doente. E essa ajuda ao próximo foi a melhor coisa para o grupo”.  

Já Branco, capitão do time formado por Sibirica, Luiz e Wagner,  que ficou em terceiro lugar no torneio, também elogia Parado pela iniciativa e organização. “Parado, que sempre vem fazendo a união e amizade entre os truqueiros, tem um grande mérito nisso tudo, e nós estamos sempre aqui apoiando com a participação”, afirma, destacando que há algum tempo vem jogando Douradão, assim como o truco, então não foi novidade a premiação. “Baralho tem que ser praticamente todo dia e assim. Só assim é que se aprende a jogar”. 

Hélio Parado, um dos maiores incentivadores do truco na cidade e região e organizador do torneio, faz uma avaliação altamente positiva da terceira edição do Douradão na cidade. 

“- Muito bom. Estamos tentando levantar o Douradão em Sacramento como fizemos com o Truco há alguns anos. São tradições que não podem acabar. E Foi muito bom, pois a cada edição há mais participantes. Este ano foram 16 times, totalizando 64 jogadores, além de muitas pessoas que vieram assistir. Então, minha avaliação é muito positiva”, afirma, destacando que Sacramento já possui bons times de Douradão, capitaneados por Zé Hélio, Wisney,  Branco e outros, que foram eliminados no decorrer do torneio. 

Os campeões, vice do principal e repescagem e o terceiro lugar receberam troféus, sems premiação em dinheiro, que teve um outro endereço. As equipes decidiram fazer uma ação social. “Foi um gesto solidário de todos, para que doássemos o dinheiro da inscrição para ajudar na cirurgia do pequeno Otávio. E assim foi feito. O resto é amizade e confraternização. Há muitos gritos, mas briga, não. Aqui, a rivalidade na mesa é grande, mas saiu dali acabou, reina a amizade e, claro, a zoeira nos dias seguintes...”.

 Para os irmãos, Alessandro Cervato (Pig) e Daniela Afonso, proprietários do Bar Escondidinho, eventos como esse são muito bons. “Entramos com a estrutura e os truqueiros divulgam e compram no bar. O pessoal vem, janta, se diverte e para nós é muito bom”, explica Daniela, admitindo que já se acostumou com a movimentação e o barulho das comemorações.