Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Senar e SPRS promovem curso de derivados do leite

Edição nº 1638 - 31 de Agosto de 2018

O Sindicato dos Produtores Rurais, em parceria com a Associação Sacramentana de Artistas e Artesãos (ASAA) e o Centro de Recuperação do Alcoólatra (Cerea),  realizou, de 20 a 24 últimos, um curso de Derivados do Leite, ministrado por Aparecida (Cidinha) de Lourdes Alves, monitora do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

  De acordo com Maria de Lourdes Borges (Lourdinha), instrutora do Senar através do Sindicato dos Produtores Rurais, entre os dez alunos que participaram do curso havia pequenos produtores rurais e associados da ASAA que trabalham com gastronomia. “Esta é a quinta turma que faz o curso com Cidinha, uma profissional especialista na arte, graduadíssima, monitora que há 12 anos vem ministrando cursos para o  Senar, com larga experiência também na mesma área, na Emater”, enalteceu Lourdinha.

O curso, na verdade, tem quatro etapas, explica Cidinha, mas já na primeira fase os aprendizes saem fabricando queijo Minas Padrão e Frescal, Muçarela, Ricota e doces de leite. “E se quiserem continuar se aperfeiçoando, temos mais três etapas pela frente, com outros tipos de produtos tais como queijo defumado”, dentre outros, explicou, fazendo uma boa avaliação da participação dos alunos.  

“- Todos chegaram aqui com grandes expectativas e elogiaram muito o curso e isso para nós do Sindicato e Senar é gratificante por podermos levar para eles, um pouco mais de conhecimento para agregarem valor ao seu produto, porque nem sempre ela tem o valor que precisa naquele leite, mas se produz alguma coisa agrega valor”.  

 

“A gente aprende fazendo...”

Jandira Prazeres  veio da fazenda Capão Alto, na região de Almeida Campos para o curso e confessa que o curso a surpreendeu. “Foi mais do que eu esperava, a gente aprende fazendo, tudo muito explicado na teoria e na prática e vai tirando as dúvidas. Na minha opinião todos deveriam ter essa oportunidade, mas, infelizmente, o povo da zona rural está ficando muito esquecido. E é de lá que vêm os alimentos, o próprio leite e todo tipo de grão. E nós vamos à cidade buscar o que precisamos. Então, temos que aproveitar essas chances, pois fabricar o queijo é uma opção a mais. E temos que aproveitar, conhecer novas opções, que são muitas. Eu aprendi muito.  A equipe que fez o curso acontecer  está de parabéns e nós saímos  daqui como uma família, foram cinco dias de um convívio maravilhoso”.

 Para Irene Antônia Marques da Cunha, o curso foi muito válido. “Para mim foi bastante útil, aprendi muito, porque trabalho com alimentos, mas são massas, bolos, roscas e os derivados do leite   ainda me eram desconhecidos, mas vou começar a fazer para casa. Foi muito importante, e depois a instrutora é excelente”, elogia.

 Celso Amâncio de Melo, funcionário do Scala há 60 anos, aposentado,  mas ainda na ativa, fez o curso e garante que agrega muito. “É um queijo artesanal, e a gente relembra muita coisa que já viu nos cursos lá atrás. Mas o melhor foi rever a Cidinha, fomos colegas de escola aqui em Sacramento. Achei difícil ficar das 7h às 16h  aqui, mas dei conta e valeu a pena”, reconhece. 

A simpática Cidinha falou ao ET no final do curso. “Este é um treinamento que começa com o leite in natura para fazermos a transformação. Nesta primeira etapa aprenderam a fabricar a tradicional muçarela, queijo Minas Padrão e o Frescal, Iogurte, um doce  e um queijo de corte”, explica, fazendo uma avaliação positiva dos aprendizes. 

“- Uma turma muito interessada, tanto na parte da produção como na gerencial básica, portanto, minha avaliação é muito positiva. Quem tiver interesse em fabricar outros tipos de queijos temos novas etapas do curso”, informa, expondo sua opinião sobre a agregação de valor ao produto. 

“- Temos aqui o Evandro, um pequeno produtor que está começando a comercializar o seu produto através do passo a passo do curso, que ensina a fazer o produto e ensina também o custo de produção, como  calcular o valor para colocar na praça, como tratar o cliente, ou seja, é um curso completo”, explica.

 Para Delcides Tiago Filho (Cid), presidente do Cerea, que cedeu o espaço para o curso, “é muito importante essa parceria e união  de pessoas em busca de um objetivo só, dar oportunidade  para as pessoas  se qualificarem.  Este é o terceiro curso que promovemos em parceria com o Senar. Os dois primeiros foram de móveis e objetos de bambu. E podem contar sempre com o nosso apoio, pois o Cerea trabalha socialmente  para o bem estar  do cidadão, por isso agradeço aos nossos parceiros”.