A Secretaria Municipal de Saúde lançou no dia 5 de janeiro a campanha, Janeiro Branco, dedicada à conscientização das pessoas sobre suas próprias vidas e dar evidência à Saúde Mental, tendo em vista a prevenção ao adoecimento emocional e à não violência.
A campanha encerrou nesta sexta-feira 26, com uma passeata que reuniu servidores da saúde, pacientes do CAPs, idosos, integrantes da Academia Viva, profissionais dos correios, dentre outros.
Conforme Ana Carolina Silva Loyola, psicóloga do CAPs e uma das coordenadoras do projeto, a campanha nacional tem como principal objetivo incentivar as atividades reflexivas e preventivas em relação ao suicídio.
“- O CAPs faz sempre esse tipo de trabalho com a comunidade, com os usuários e nossa equipe. Especialmente nesta edição do Janeiro Branco, estamos propondo a Caminhada da Não Violência, outra data que o Ministério da Saúde, pede ser comemorada também em janeiro. E o Janeiro Branco está ligado à não violência contra a própria pessoa e contra o próximo em geral”.
Thiago Henrique Silveira, um dos funcionários dos Correios, pela primeira vez, participou com outro funcionário, Wilson Juninho, da passeata. Ambos foram vítimas de uma violenta ação de bandidos que assaltaram a agência dos Correios na cidade, no ano passado, por três vezes.
“- Aceitamos com prazer o convite e isso é importante, porque somos vítimas da violência real, vamos fazer o ato e mostrar para a população que isso tem que acabar”, ponderou, com Wilson Juninho, completando: “Precisamos participar dessas ações, só quem passa por atos de violência sabe a importância dessa atitude bonita que o pessoal está fazendo. Aliás toda a sociedade deveria estar participando, para sensibilizar as autoridades de que precisamos de segurança”, refletiu.
Lembrou mais Thiago que a agressão é tão forte e tão presente que vários dos funcionários tiveram que entrar de licença. “Nós vivemos uma violência real, sentimos na pele as armas, a agressão. As pessoas ouvem falar 'a agência dos Correios foi assaltada', mas ninguém tem a noção do que a gente passa. Estar deitado no chão, amarrado, sem saber o que vai acontecer nos próximos minutos, é uma sensação que não tem como definir...”
Para a Profa. Thaisa De Santi, coordenadora do Programa Academia Viva, o principal objetivo do projeto é movimentar, sensibilizar e alertar a comunidade sobre os problemas que afetam a sociedade de modo geral, mental e fisicamente.