Edição nº 1632 - 20 de Julho de 2018
Para os organizadores, foi um sucesso, conforme avalia Saulo Amui, um dos pioneiros do Rock IN Sacra, ainda sempre envolvido na organização do evento. “O Rock IN Sacra vem tomando uma proporção cada vez mais estruturada, mas mantendo a origem, que é a solidariedade. É um evento com um certo grau de simplicidade, mas também com uma grande pitada de ousadia”, avalia, antevendo grandes expectativas para o futuro.
“Antigamente, tínhamos estruturas simplórias e mesmo o evento sendo simples naquela época, ele continuou e permanece; e meu desejo é que possamos ter muitas outras edições e que permaneçamos no tempo”, destaca, concordando que os amantes do rock o estão redescobrindo.
“O rock teve um breque nas últimas gerações, perdeu espaço, mas aquilo que vem de dentro de cada um volta nessas oportunidades, e as novas gerações têm a oportunidade de vivenciar o rock de um outro momento de vida, os anos 70, que representaram o auge e agora com uma nova leitura. Essa é a nossa forma de manter uma cultura e para quem gosta, poder compartilhar, porque é muito difícil vermos eventos dessa natureza no ano”, observa.
Saulinho Amui, também músico pianista, reside em Ribeirão Preto e fala do evento João Rock realizado naquela cidade. “É um evento de porte nacional, que começou tímido e hoje tem proporção grandiosa, mas é o único evento no ano também. Sacramento e Ribeirão Preto são duas cidades que permitem isso pelo menos uma vez no ano. Como lá só participam artistas de renome, marco presença como fã, mas aqui posso dar vazão à música no palco”, comenta.
A arte de todas as tribos
Dênis Balduino (Babu) e mais três feras do grafite, Petterson Leão (Pepão), Maurício Morais (Thor) e Vilson Donizete (Slud) encheram de cores e arte os espaços. De acordo com Dênis, a união dos grafiteiros nasceu em 2016, com a criação da "Reforsus Graffiti Crew".
“- Somos 12 membros, a maioria de Franca, um de Sertãozinho, um de São Sebastião do Paraíso e eu daqui. A maioria leva o grafite como profissão e sempre que possível, nos unimos para fazermos murais na região”.
A arte deixada no local, foi bem diversificada. Pepão fez a girafa; Thor, 3D azul; Slud, persona negro de boné; e Babu, a caveira, um de seus ícones.
Para Dênis, o Rock IN Sacra 2018 foi o melhor de todos. “A cada ano, cada edição, o evento vem superando a expectativa. Está linda demais a proporção que o evento está tomando, a galera acreditando cada vez mais, reconhecendo o objetivo do rock sacramentano e fazendo de tudo para ajudar”.
Bem a caráter, no seu indefectível estilo roqueiro, o DJ José Humberto - JH soma mais uma participação no Rock IN Sacrra. “Participo desde o primeiro, quando começou com o título, 'É Dia de Rock, e estou aqui nesta sexta edição.
O Evento está crescendo e a gente vê hoje em dia até os filhos juntos com os pais, um evento familiar, um evento que visa mostrar uma produção e uma estrutura boa, principalmente para trazer isso, uma segurança e mostrar o Rock n Roll para a galera, “A Capital do Rock Solidário”.. E a Ideia vem dando certo, todo mundo vem aderindo com a gente e eu acredito que cada ano é somar mais e mais.
Essa estrutura hoje é da Usina/Spark do nosso amigo e parceiro Renzo, e eu vim para fazer um som, com uma estrutura fantástica. E a gente vê que tinha uma caminhonete ali a trás e eu e o Fred, estávamos brincando porque parecia que a caminhonete estava no ritmo, o som batia aqui e o alarme disparava de lá e realmente é uma coisa de louco, está de parabéns o Renzo com essa estrutura fantástica, e eu estou feliz por estar participando aqui.
Esse aqui é o meu mundo da música, sempre foi, uma energia fantástica que a gente recebe.
Cantar eu não canto, eu já tentei mas a voz é um pouco fanha, mas eu faço alguns efeitos, eu tenho trabalhado com a música eletrônica , estou fazendo produção agora pretendo lançar um projeto com músicas de autoria minha mesmo, mas cantar e tocar, eu arranho e só faço alguma coisa, então, o palco, a gente deixa realmente para o pessoal manja e a gente fica somente nas mixagem.
Utiliza o famoso bolação, o vinil. O nosso amigo Fred, agora mesmo vi estar começando, e ele manja muito, tem várias ai e inclusive até autografado pelas próprias bandas, um acervo rico que ele tem ... e ele ainda soma com o evento na gruta, que é na festa dos 30.
Renzzo Scalon, outro amante do Rock e apoiador do evento, levou para a Exposição o seu trailer montado numa big estrutura de som automotivo. “Um som mecânico, portátil, que conseguimos carregar para qualquer lugar engatado num carro e hoje estamos aqui como que fazendo a nossa parte e muito barulho, afinal são 20 mil watts de potência, estrutura que usamos nos eventos para fazer a divulgação do nosso produto”.