Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Profissionais da Educação decidem manter greve por tempo indeterminado

Edição nº 1614 - 16 de Março de 2018

Em reunião realizada na tarde dessa quinta-feira 15, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), cerca de 5.000 professores e profissionais da Educação da rede estadual de ensino decidiram manter, por tempo indeterminado, a greve iniciada há uma semana.

Os profissionais  cobram o pagamento dos reajustes, o  acordo assinado em 2015,  que previa três atualizações salariais anuais, além do pagamento de abonos. Além disso, a categoria questiona o parcelamento dos salários, do 13º salário, e cobram também a falta dos repasses para o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), dos empréstimos consignados, que são descontados mensalmente na folha, dentre outras.

 Ao final da assembleia, os trabalhadores  seguiram em passeata até a Praça da Liberdade com protesto em frente ao Palácio do Governo, onde pontuaram os motivos que os levam a estar em greve e se  mostraram dispostos a não desistir da luta. 

"Vamos continuar em mobilização e fortalecendo esse movimento. A greve cresce cada vez mais e está alcançando um índice superior a 40% em todo o Estado e com registro de até 100% em algumas localidades", frisou a presidenta Beatriz Cerqueira, destacando que em Belo Horizonte, das quase 190 escolas, em 120 a greve já chegou total ou parcialmente.

 Conforme o calendário de luta, divulgado pelo SindUTE/MG, o período de 16 a 19, será de fortalecimento da greve com diálogo nas comunidades, atividades com os pais e alunos, e diálogo com a imprensa local para divulgação da situação enfrentada pelos trabalhadores da Educação.    No dia 19, atos e assembleias locais nas escolas, SRE's e Subsedes e no dia 22, será realizada nova  assembleia estadual, às 14h, no pátio da ALMG.  

 

O que diz o Governo Pimentel

Em nota, a Secretaria de Estado e Educação (SEE) afirmou que o governo do Estado, em reunião com o Sind-UTE, reiterou o compromisso de valorizar os trabalhadores da educação e cumprir o acordo assinado em 2015 em sua totalidade. Porém, segundo a pasta, há uma dificuldade em atender as reivindicações em virtude da precária situação financeira do Estado e das restrições legais.

Segundo a SEE, na reunião, o governo assumiu o compromisso do pagamento em oito parcelas do saldo da correção do piso nacional de 2016, referente aos meses de janeiro a março de 2016, a partir de abril de 2018. O órgão reiterou, ainda, a disposição do governo ao diálogo para avançar nas negociações de modo que a regularidade do ano letivo dos estudantes da rede não seja afetada.

Ainda de acordo com a SEE, nessa quinta-feira, 1.501 escolas de todo o Estado informaram que funcionaram normalmente, 449 relataram que paralisaram parcialmente suas atividades e 198 que paralisaram totalmente. O restante, de um total de 3.461 escolas, não informou à Secretaria se aderiu ou não à greve. “Pelas informações disponíveis, cerca de 70% das unidades escolares da rede estadual estão funcionando normalmente e 30% paralisaram total ou parcialmente suas atividades”, informa.