Os servidores da educação da rede estadual de ensino decidiram, nessa quarta-feira 18, encerrar a greve, que já durava 42 dias. Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), os trabalhadores interromperam temporariamente a paralisação e decidiram voltar ao trabalho na próxima segunda-feira 23. Sacramento não aderiu à greve.
Durante os 42 dias de greve, a pauta de reivindicações permaneceu inalterada:
- Atualizações do salário de 2016 (janeiro, fevereiro e março), 2017 e 2018;
- fim do parcelamento dos salários;
- repasses dos descontos feitos na folha de pagamento dos servidores ao Ipssemg.
- repasse às instituições financeiras, dos valores das prestações dos empréstimos consignados feitos pelos servidores já descontados na folha.
Nessa terça-feira 17, foi protocolada na Assembleia Legislativa de MG (ALMG) a Proposta de Emenda à Constituição do Piso Salarial, que contou com a assinatura de 72 deputados. A matéria, que já está em tramitação, acaba com a necessidade de o governo enviar projeto de lei específico para a ALMG, anualmente, para efetuar o reajuste. Caso a PEC, seja aprovada, o reajuste do piso feito anualmente no mês de janeiro, passara a ser automático e assegura que o vencimento inicial das carreiras de professor de educação básica, especialista em educação básica e analista educacional na função de inspetor não será inferior ao piso.
De acordo com o sindicato, a greve foi suspensa, mas a classe continua em Estado de Greve até a promulgação da PEC 49/18 sobre o Piso Salarial. A mobilização continua para acompanhar a votação da PEC em 1º e 2º turnos e paralelamente serão realizadas ações permanentes de cobrança de todos os retroativos e passivos que o governo do estado deve à classe e outras reivindicações, com um dia estadual de cobrança por mês, pelo tempo que for necessário.