“A Engie Brasil Energia, maior geradora privada de energia do Brasil, adquiriu no dia 27 de setembro de 2017, a Usina Hidrelétrica de Jaguara, de 424 MW, em leilão realizado pela Anel, pelo valor de R$ 2,171 bilhões. No dia 10 de novembro, a empresa tomou posse da usina e, no dia 29 de dezembro, assumiu a sua operação e manutenção”.
São estes os dizeres que marcam a placa de inauguração, seguida dos nomes dos diretores da empresa e a data, descerrada no encontro realizado no hall de entrada da usina, na última terça-feira 13, com a presença do diretor-presidente da empresa, Eduardo Sattamini e autoridades dos municípios vizinhos.
Estavam presentes no encontro, os prefeitos Wesley De Santi de Melo (Sacramento), Hugo César Lourenço (Rifaina), José Ricardo Mattar (Igarapava), Flávio Branquinho, delegado da de Pedregulho, além de secretários de Governo e vereadores dessas cidades. Pela Engie, dentre outros diretores, presenças do presidente Eduardo Sattamini e do Diretor de Geração, José Laydner.
O prefeito Hugo César Lourenço definiu a data como um dia histórico para toda a região e lembrou que indiretamente participou da construção de Jaguara, em 1970, cuja inundação destruiu a principal riqueza da cidade, as olarias, uma delas de sua propriedade. “Tivemos que recomeçar, tivemos de nos transformar para que Rifaina não desaparecesse. Hoje, a mesma água que inundou nossas olarias é a água que nos traz o futuro, traz o turismo para a nossa cidade. Nós tivemos essa recompensa, nesses quase 50 anos, transformamos Rifaina numa cidade turística”, disse, colocando a cidade a disposição da empresa.
O prefeito Wesley De Santi de Melo, também destacou a importância histórica do evento para a região. “Este encontro com diretores da Engie e autoridades representativas dos municípios do entorno da Usina de Jaguara fica marcado como um dia especial e histórico para todos nós, porque estamos prontos para essa parceria. Temos que estar juntos, porque Sacramento depende da geração de energia de Jaguara. Haja vista que, 50% de nossa arrecadação vêm das hidrelétricas de Jaguara e Estreito. Portanto, é uma parceria que tem que continuar. Sacramento, presidente Eduardo, está de portas abertas para o que precisarem. Estamos prontos para juntos desempenharmos um bom trabalho, porque isso é de suma importância para o crescimento de nossa região. Então que este congraçamento seja muito maior que a companhia, para o bem, não apenas da região, mas especialmente, de nossa população”.
José Laydner, Diretor de Geração, historiando os procedimentos a partir do arremate da usina em leilão, com a assinatura do contrato de concessão com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), destacou o início do trabalho da Engie em Jaguara. “Três dias depois do leilão chegamos com nossas equipes para transição, para que a partir de 29 de dezembro, começássemos a operação da nossa forma, com a nossa estrutura e isso vem acontecendo”, afirmou, otimizano boas as expectativas. “Eu tenho certeza de que vamos ter sucesso, a empresa vem se estruturando para a operação remota, a partir de Santa Catarina, até o final do ano e outras modernizações ao longo dos anos. “Mas esse sucesso deve-se também à nossa equipe”, disse, referindo-se à operadora Opersul.
Presidente Sattamini anuncia investimentos sociais para a região
O presidente Eduardo Sattamini, encerrando os discursos, destacou o ato como um momento de felicidade para a empresa, a maior produtora de energia do mundo, mas que tinha uma presença muito tímida na região dos estados de Minas Gerais e São Paulo.
“- Essa aquisição de concessão veio mudar esse cenário. Isso para nós é muito importante estarmos aqui hoje, com uma presença significativa de representantes dos municípios do entorno”. Sattamini mencionou a geração de mão de obra e emprego com a contratação de profissionais dos municípios do entornou, além do incremento dos investimentos sociais.
“- Vamos abrir nos próximos meses cerca de 30 vagas para completar o quadro de funcionários, naturalmente contratados das cidades do entorno”, informou, ressaltando os benefícios sociais que a empresa passa a promover na região. “Estamos operando a partir do final de dezembro, mas já temos comprometidos dois investimentos sociais importantes: um, o apoio ao Hospital do Câncer de Uberlândia; e o outro, a Engie vai abrir cinco pólos de esportes paralímpicos em Rifaina, Sacramento, Uberlândia e em mais dois municípios na região, para a identificação de atletas dando condições para superarem a deficiência”, informou sob aplausos, destacando ainda que o projeto será realizado em parceria com as prefeituras e com as APAEs. Os dois projetos estão, orçados, inicialmente, em R$ 530 mil.
Em entrevista coletiva, Sattanini detalhou o projeto social, detalhando que, nessa primeira etapa, cada um dos cinco pólos contará com 20 atletas.
“- O objetivo é identificar crianças e adultos (entre 5 e 30 anos) que tenham potencial paralímpico, com treinamento diário e acompanhamento nutricional em institutos especializados para essa finalidade”, explicou, destacando outras possibilidades de ajuda social.
“- Esse é o primeiro projeto para a região nesse início de atividades, mas temos ainda muitas coisas para fazer e utilizar nossos recursos sociais em favor das comunidades. Para isso precisamos identificar bons projetos nas cidades do entorno”, afirma, lembrando que estão na região há apenas dois meses. “Vamos ficar aqui no mínimo 30 anos e muita coisa virá ainda pela frente”.
Em relação aos royalties, incentivos fiscais pagos aos municípios do entorno das usinas, Sattamini esclareceu que não haverá nenhuma alteração, até porque os valores são repassados à ANEEL. “O pagamento é feito para o órgão centralizador, a ANEEL e ela é quem o divide entre os municípios beneficiados”.
Já para os consumidores não haverá mudanças significativas, a não ser a redução da tarifa, conforme explicou: “Não haverá mudança significativa para o consumidor a não ser a redução na tarifa, em função da modalidade do leilão, que previa 70% da energia das usinas destinada ao mercado cativo. O valor da energia foi fechado entre R$ 110 a R$ 120,00 por megawatts/hora (mwh), que é um valor baixo, se olharmos o custo da energia praticado no mercado, hoje em torno de R$ 160,00 mw/h, por isso haverá uma economia para o consumidor, isto é, a tarifa será mais baixa”, frisou, destacando que a conta de energia continua em nome da Cemig.
“A emissão das notas do consumo de energia pelos consumidores continua sendo uma atribuição da Cemig, pois ela é a empresa distribuidora de energia. A Engie somos geradores, isto é, vamos produzir energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN) por meio de empresas de transmissão e distribuição, ou seja, a Cemig continua presente na vida de todos nós”, explicou.
Engie lidera geração de energia no país
A Engie é a maior geradora privada de energia elétrica no país, operando em 32 usinas em todo o país, operando uma capacidade instalada de 10.158 MW. O Grupo possui 90% de sua capacidade instalada no país proveniente de fontes limpas, renováveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa, posição que tem sido reforçada pela construção de novas eólicas no nordeste do país.
Presente em mais de 70 países, a ENGIE tem como um dos seus principais objetivos ser uma parceira estratégica para cidades em todo o mundo, construindo e fornecendo soluções digitais para a transição energética, mobilidade e segurança, e contribuindo para uma gestão urbana global.
O Grupo é líder em fornecimento de serviços de eficiência energética e responsável pelo gerenciamento de mais de 800.000 pontos de iluminação pública em todo mundo, pelos sistemas de segurança de mais de 60 cidades e pela redução de 30% do consumo de energia de cidades. A empresa conta com mais de 150 mil funcionários em todo o mundo, dos quais, cerca de 2.500 estão no Brasil.
A Companhia é sediada em Florianópolis, Santa Catarina, e suas usinas se encontram instaladas nas cinco regiões do país, mais precisamente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará.