Edição nº 1623 - 18 de Maio de 2018
A Prefeitura da cidade, através das secretarias de Saúde e Assistência Social, culmina nesta sexta-feira 18 o projeto, Lutas de Maio, aberto dia 12 último com o Dia D de Vacinação da Gripe Influenza.
A partir da segunda-feira 14 foram várias as atividades desenvolvidas, primeiro com a abertura da Semana Saúde Mental em Rede e duas palestras proferida por Elka Oliveira e Sérgio Marçal, para todos os profissionais da saúde e áreas afins. Na terça-feira 15, exibição e debate sobre o filme, “O touro Ferdinando”, livre para todo público.
As atividades prosseguiram durante a semana com palestra proferida pelo professor Ailton de Souza Aragão, sobre o Dia Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, com a participação dos alunos das escolas da cidade recebendo orientação sobre o tema, Violência Sexual Infanto Juvenil.
A culminância do projeto aconteceu na manhã desta sexta 18 com caminhada com batucada pelas Lutas de Maio, saindo do CAPS às 9h, até a praça Getúlio Vargas para a culminância.
Lutas de Maio
De acordo com a psicóloga, Ana Carolina Silva Loyola, essa luta é fundamental para as mudanças que ainda almejamos. Saímos às ruas para conscientizar a sociedade da importância dessa luta, somos contra tratamento que tranca pessoas e lutamos pelo fim de manicômios. No nosso caso do Caps, realizamos várias atividades com nossos pacientes, atividades lúdicas e artísticas, como esta de hoje, uma manifestação ao ar livre com a participação de todos”, esclareceu.
Para a enfermeira Carla Fernanda Ferreira, coordenadora do Caps, a importância da luta é tamanha que surgiu há muitos anos para acabar com a ideia que a sociedade tinha de internar, manter pessoas com transtornos mentais fechadas, trancadas. “Essa luta vem caminhando de forma continua para mostrar para as pessoas, a importância dessas pessoas viverem em sociedade, porque a melhor forma de tratá-las é com amor, respeito, dando-lhes espaço e voz”.
De acordo com a coordenadora, o Caps Luiz Giani tem cerca de 4 mil pacientes cadastrados. “O Caps de Sacramento é o Caps 1, para atendimentos dos pacientes: a) ambulatoriais, aqueles que não são constantes, mas recebem atendimento; b) intensivos, cerca de 70 pacientes, são aqueles que frequentam a instituição diariamente, para acompanhamento com psicólogo e psiquiatra, oficinas terapêuticas, e terapia ocupacional, onde aprendem a terem autonomia para desenvolverem as atividades diárias em casa. Eles têm um comprometimento maior, inclusive na questão cognitiva, que contribuem para suas dificuldades, por isso recebem acompanhamento constante”.
Segundo Carla, a equipe multidisciplinar do Caps Luiz Giani conta com 13 profissionais: dois psiquiatras, inclusive um que trabalha a parte de dependência química; quatro psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social, terapeuta ocupacional, estagiários em Psicologia e Educação Física e um motorista.
“Com essa equipe conseguimos atender de forma integral os pacientes, não deixando de em conjunto com a rede, isto é, com os demais segmentos da cultura, esportes, assistência social que é uma parceria importante”