A pedido de moradores, a conhecida avenida 'Contorno', que forma o Parque do Ipê, assim denominada no projeto em que o empresário Renato Crema, de saudosa memória, criou o Residencial Bela Vista, tem agora 'mão inglesa', isto é, o trânsito tem fluxo invertido. No início desta semana, uma placa de contra-mão foi afixada na equina da ponte da rua Ângelo Crema, proibindo o trânsito sentido Rosário/Prefeitura, na pista da direita.
Atendendo a pedidos de leitores que telefonaram à redação buscando os motivos, o ET conversou com o engenheiro Sérgio Alves Araújo, secretário de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura, que justificou a inversão do trânsito no local.
“- O projeto final a ser adotado no local é inverter a mão de direção nas duas pistas, atendendo às solicitações e pedidos dos moradores daquela região, mas principalmente por conta das pistas estreitas, que não permitem estacionamento de ambos os lados, e, também, para diminuir o fluxo de veículos junto aos pedestres que fazem caminhada no Parque do Ipê pela pista de rolamento, por conta da falta de passeios, proibidos pelo Ministério Público”, justificou.
De acordo com o secretário, por enquanto, a Prefeitura inverteria mão apenas da pista da direita, denominada rua Juquinha Vigilato, da ponte da rua Ângelo Crema até o final da pista, na rua Teodoro Rodrigues da Cunha, onde reside um maior número de moradores e onde o trânsito trazia mais transtorno, conforme pesquisa realizada com os moradores.
Através de consultas realizadas pela Guarda Municipal, segundo o secretário, as queixas mais ouvidas davam conta da rua estreita e pediam que o estacionamento dos veículos fosse feito do lado das casas, mesmo tendo em conta, o grande número de garagens daquele lado. “Argumentavam a dificuldade em retirar os veículos da garagem com os veículos estacionados do lado oposto, citando até alguns acidentes”, informou.
Outro argumento levantado entre os moradores, segundo Sérgio, e que foi levado em conta na decisão de adotar a 'mão-inglesa' no local, foi para atender melhor o fluxo de veículos com acesso ao centro e ao bairro do Rosário.
“- A 'mão-inglesa' na pista denominada rua Joaquim Vigilato vai ligar o centro à Prefeitura e quem sai da Prefeitura terá duas opções, para quem vai para os bairros do Rosário e outro é passar pela ponte, pegar a mão. E quem vai para o centro continua a via antiga. Dessa forma, estamos tornando o trânsito mais prático”, justificou.
Prosseguindo, afirmou o secretário que, “de maneira alguma quisemos prejudicar alguém, simplesmente, nossa intenção é melhorar o fluxo de veículos. Conversamos com morador que já bateu o carro ao manobrá-lo. O estacionamento do lado das casas perde vagas, mas há as ruas adjacentes. E, quanto à outra pista da avenida, é importante frisar que temos ali, a escola Barão da Rifaina e o Recanto do Idoso, dois lugares que têm um fluxo grande, por isso invertemos o trânsito só da pista da direita, também para beneficiar as caminhadas”, finalizou, colocando-se à disposição da população.
“- Estamos aqui para ouvir tanto as sugestões quanto as indicações, que são muito importantes. Isso que estamos fazendo foi indicação de pessoas que fazem caminhada e viam essa necessidade”, concluiu.
Avenida com quatro nomes
O que chama atenção na avenida Contorno foram as atrapalhadas da Câmara Municipal, em mandatos anteriores, ao aprovar quatro denominações para uma avenida que deveria ter um único nome. Conforme foi implantada, a av. Contorno é única, claro, com duas pistas divididas pelo ribeirão Borá. Mas, pasmem, leitores! A pista esquerda, da ponte da av. Benedito Valadares até a ponte na rua Ângelo Crema, a avenida tem o nome de rua José Zandonaide; dali até a curva próxima ao Recanto do Idoso, tem o nome de rua João Manzan Suriani; e dali até o final, rua Manoel Carlos Martins. E pasmem mais! A pista da direita da mesma avenida foi denominada de rua Juquinha Vigilato.