Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Com novo aumento, valorização da gasolina na refinaria chega a 7,1% em agosto

Edição nº 1638 - 31 de Agosto de 2018

O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias foi elevado ao maior patamar da era de reajustes diários, nessa quinta-feira 29. Conforme informações no site da estatal, o preço da gasolina foi a R$ 2,1079 por litro, uma alta de 1,2% ante o registrado atualmente.

Com isso, a valorização da gasolina na refinaria em agosto chega a 7,1%. Desde o início da sistemática de oscilações diárias, há pouco mais de um ano, o ganho é superior a 50%.  A disparada no valor da gasolina ocorre em meio à firmeza das referências internacionais do petróleo e à alta de quase 10% do dólar ante o real em agosto, fatores estes utilizados pela petroleira em sua política de formação de preços de combustíveis. Enquanto isso, o presidente Temer vende as reservas do pré-sal.

Já a cotação do diesel, congelada desde junho por conta dos subsídios oferecidos pelo governo após a paralisação dos caminhoneiros, será alterada com a aplicação de uma nova fórmula a partir de 1º de setembro

Ao anunciar o  aumento, a estatal justificou que o motivo dos reajustes, "para cima ou para baixo", é o mesmo dos anteriores e faz parte da política de preços da Petrobras. Disse ainda que o reajuste da gasolina não tem nenhuma relação com o incidente ocorrido na Replan, a principal refinaria da Petrobras, em Paulínia (SP), que sofreu uma explosão em 20 de agosto e ainda não retomou as atividades.

Para o diretor da Consultoria Valêncio, especializada em combustíveis, Bruno Valêncio, os ganhos recentes se dão mesmo em razão do câmbio, mas disse  não ver a Petrobras elevando o preço da gasolina para compensar eventualmente uma perda relacionada ao diesel, cujo preço está congelado.

Diesel sobe em setembro
Os  reajustes do diesel  foram alvo dos protestos de caminhoneiros em maio último, uma vez que o diesel, atingiu valores recordes antes das manifestações. Desde junho, o combustível está com seu valor congelado nas refinarias, a R$ 2,0316 por litro, uma vez que a Petrobras participa de um programa de subvenção instituído pelo governo como forma de atender as reivindicações dos caminhoneiros. Mas a partir de 1º de setembro o produto voltará a sofrer reajustes. As oscilações ocorrerão a cada 30 dias, tendo por base um preço de referência estabelecido pela reguladora ANP, que definiu uma nova metodologia nesta semana.