O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias foi elevado ao maior patamar da era de reajustes diários, nessa quinta-feira 29. Conforme informações no site da estatal, o preço da gasolina foi a R$ 2,1079 por litro, uma alta de 1,2% ante o registrado atualmente.
Com isso, a valorização da gasolina na refinaria em agosto chega a 7,1%. Desde o início da sistemática de oscilações diárias, há pouco mais de um ano, o ganho é superior a 50%. A disparada no valor da gasolina ocorre em meio à firmeza das referências internacionais do petróleo e à alta de quase 10% do dólar ante o real em agosto, fatores estes utilizados pela petroleira em sua política de formação de preços de combustíveis. Enquanto isso, o presidente Temer vende as reservas do pré-sal.
Já a cotação do diesel, congelada desde junho por conta dos subsídios oferecidos pelo governo após a paralisação dos caminhoneiros, será alterada com a aplicação de uma nova fórmula a partir de 1º de setembro
Ao anunciar o aumento, a estatal justificou que o motivo dos reajustes, "para cima ou para baixo", é o mesmo dos anteriores e faz parte da política de preços da Petrobras. Disse ainda que o reajuste da gasolina não tem nenhuma relação com o incidente ocorrido na Replan, a principal refinaria da Petrobras, em Paulínia (SP), que sofreu uma explosão em 20 de agosto e ainda não retomou as atividades.
Para o diretor da Consultoria Valêncio, especializada em combustíveis, Bruno Valêncio, os ganhos recentes se dão mesmo em razão do câmbio, mas disse não ver a Petrobras elevando o preço da gasolina para compensar eventualmente uma perda relacionada ao diesel, cujo preço está congelado.