Cerea realiza mais um encontro

O Centro de Recuperação do Alcoólatra fechou com chave de ouro a festa anual do Encontro Regional de Cereanos de 2018, no domingo 9, com a participação de visitantes de diversas cidades da região. 

As festividades do Encontro Regional começaram no dia 7 com caminhada piedosa levando o andor com a imagem de S. Francisco de Assis, patrono dos cereanos, da Igreja Na. Sra. da Abadia até a sede de Cerea, seguida do terço iluminado e quermesse. No dia seguinte, quermesse e forró no Salão S. Clemente.

O último dia das festividades, no domingo 9, começou a partir das 9h com a chegada das caravanas de cereanos da região. Das 11 às 14h, galinhada e confraternização no Salão S. Clemente, com animação do Coral, regido pela Profa. Derly Loyola e presença da Folia de Reis. Às 15h, celebração final, com bênção das flores e instrumentos.

Para o presidente do Cerea, Delcides Tiago Filho (Cid), o Encontro Regional repetiu o sucesso dos anteriores. “Nosso Encontro é sempre aguardado com ansiedade por todos. Minha avaliação é muito positiva, pois foi uma festa muito boa, como a dos anos anteriores. Costumo dizer que trabalhar para São Francisco de Assis é muito bom e graças a Deus tivemos sucesso, por isso agradecemos muito à sociedade que sempre nos ajuda”, destaca, revelando sua alegria. 

“Estou muito feliz.  Digo sempre que temos que fazer as coisas com um alicerce bem feito e, graças a Deus, aqui no Cerea, os presidentes que nos antecederam fizeram esse alicerce, pois, hoje, quem trabalha à frente da entidade sente essa facilidade. Nós, cereanos, trabalhamos unidos com o objetivo de ajudar o próximo e sermos ajudados”, ressalta, parabenizando e agradecendo os visitantes. “Só temos que agradecer aos nossos irmãos cereanos. E que continuemos nesse árduo trabalho no combate ao álcool e drogas”. 

Presente ao encontro, Giselda Leal, presidenta do Cerea de Araxá, que completou este ano 40 anos de existência, e que é filho do Cerea de Sacramento, elogiou a festa. “Como sempre, uma festa bonita! Assim como foi a nossa comemoração dos 40 anos em Araxá. Nosso Cerea é filho do de Sacramento, por isso essa consanguinidade nos une ainda mais, nesse trabalho maravilhoso de recuperação daqueles que estão no vício. Todas essas pessoas passam por momentos difíceis, por isso merecem todo nosso respeito e carinho”, afirma, ressaltando a unidade. “Estarmos uns com os outros e isso é muito importante para nossa causa”.

Cerea investe em outros  projetos 

De acordo com o presidente Cid, o Cerea está desenvolvendo um projeto de visitas a dois centros de recuperação de pessoas viciadas em drogas e bebidas alcóolica, denominadas Fazendinhas “Mensalmente, realizamos visitas às Fazendinhas da Terceira Ponte (MG-428) e à Fazendinha do Aeroporto”, revelou, justificando a iniciativa.

“Percebemos que o Cerea não pode se limitar exclusivamente ao alcoolismo. Infelizmente, nossos jovens, hoje, não começam com o álcool, já passam direto para outras drogas. Lógico que vamos continuar o nosso trabalho contra o alcoolismo, mas vamos expandir nosso ideal para buscar nossos jovens que estão se perdendo também nas drogas. E, para fazermos isso, precisamos aprender como é feito o trabalho, e nada melhor para aprender do que trabalhando dentro das Fazendinhas com eles”, justificou.

Outro projeto inserido na gestão de Delcides Thiago é a parceria feita com entidades e segmentos diversos para ministrar cursos na sede do Cerea. “Temos uma sede própria que até então se limitava a reuniões semanais, com testemunhos e palestras. Percebemos que podíamos ampliar esse trabalho através de cursos de formação. Com essa iniciativa já promovemos três parcerias, com o Sindicato dos Produtores Rurais, com o Senar e a ASAA que ministraram dois cursos de cadeiras de bambu e um de derivados do leite”, ressaltou.

Cid defende a iniciativa justificando que o Cerea deve arrebanhar os jovens com dependência química. “Não adianta só ministrar palestras, falar mal das drogas, se não os envolvermos em atividades, cursos, que vão tirá-los da rua, valorizá-los, aumentando sua autoestima, mostrando-lhes que não precisam de drogas para ser felizes”, explica,  argumentando:

“- Precisamos aproveitar melhor o espaço da nossa sede que tem reunião uma vez por semana e o resto da semana fica fechado. Então, eu penso que podemos usar essa sede para um bem maior, além das reuniões às quintas-feiras, evitando, inclusive, que até o próprio cereano fique entediado”.

Para essa inserção da juventude, Cid quer criar o Cerea Jovem. “Nossa instituição já conta com um braço jovem que, aliás, é o orgulho da diretoria. Mas queremos formalizar isso, elegendo inclusive uma diretoria só de jovens para que ela própria assuma seus compromissos, evidentemente, com nosso apoio”, propõe, finalizando.