Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Cadela Rastreador Brasileiro ajuda nas buscas da senhora desaparecida

Edição nº 1631 - 13 de Julho de 2018

Uma cadela da raça Rastreador Brasileiro do Canil Serra da Canastra, de nome Capotira, do cinófilo (quem ama os cães, um estudioso das raças caninas e seus comportamentos) Ivan Luís Gomes, ajudou na busca de uma senhora que esteve desaparecida entre os dias 9 e 10 últimos.

 “Fiquei sabendo do caso  e como eu tenho treinado Capotira, para buscas de pessoas perdidas no mato ou na cidade, mesmo estando num nível intermediário, decidi tentar ajudar a família, com autorização da mesma e da Polícia Militar”. Ivan ponderou também que conhecia as suas limitações e as da cadela, porque ela é ainda muito jovem, mesmo assim empenhou-se em ajudar.

 Conta Ivan que iniciou o rastreamento às 18h45 do dia 09, após a cadela ter contato com o lençol de cama da senhora . “Saímos  do Jardim Alvorada e a cadela me levou em direção ao Posto Trevo, na saída do bairro Santo Antônio, depois rumo à estrada dos Batateiros. Andamos ali, uns oito, nove quilômetros, até que eu percebi que não estava mais seguro. Afinal, estávamos eu a cadela e um familiar da senhora. Mas mesmo a cadela tendo sido muito determinada e focada a nos levar para aquela região, infelizmente não encontramos a vítima”, conta.

 Ivan decidiu reiniciar o trabalho por volta das 6h30 da manhã seguinte, a partir do último ponto onde a senhora foi filmada. Ivan sabia que se a cadela passasse por esse ponto ela estaria certa e ela passou na noite anterior. “Graças a Deus, ela foi encontrada na madrugada, próximo ao Posto Trevo, por A. que nos buscou quando paramos. Ele acreditou no nosso trabalho e ficou de guarda no Posto Trevo até que, entre 4h e 4h15 da madrugada, a senhora apareceu”.

 Ivan comemorou a eficácia do trabalho de busca de pessoas perdidas com o auxílio de um cão, através dos pés sujos de terra e lama da senhora, quando foi encontrada. 

“Quando estávamos em busca, eu, Capotira e o parente da vítima, passamos por um trecho, depois de um alojamento, onde o pessoal joga água na estrada de terra, para baixar a poeira. E nos 8 km que andamos em estrada de terra, só havia barro ali e isso confirma que ela esteve na estrada dos Batateiros”, argumenta, sem saber o que aconteceu.

A busca aconteceu depois de mais 12 horas de envelhecimento de trilha, isto é, do tempo entre o desaparecimento da vítima e o início do rastreamento,”, explicou, informando que nos treinamentos Capotira iniciava o rastreamento com, no máximo, 50 minutos de envelhecimento de trilha.

 “- Ninguém sabe o que aconteceu, mas a Capotira foi fundamental, mesmo com um ano de vida, nunca tido treinado à noite e apenas 25 treinos de busca, realizou sua primeira missão real. Segundo um amigo policial, foi fundamental por ter mostrado o rumo que   a senhora tomou. Por isso, tenho que agradecer a Deus, porque sem fé em Deus e atitude, não saímos do lugar”.