Farinha Podre
Em julho de 1810, parte do Desemboque um grupo de bandeirantes chefiados pelo sargento-mor Antônio Eustáquio com o objetivo de desbravar a região entre os rios Grande e Paranaíba, chegando ao porto de Santa Rita, depois, Santa Rita do Paranaíba e, por fim Itumbiara, já em Goiás. Cansados e com escassez de víveres e temerosos dos caiapós, regressam recolhendo os víveres que deixaram ocultos nas copas das árvores com previsão de regresso. À margem de um ribeirão, nas proximidades da futura estação de trem, Engenheiro Lisboa, retiraram do esconderijo uma bruaca de couro cru contendo farinha deteriorada pelo tempo. Razão de ter-lhe sido dado o nome de 'Ribeirão da Farinha Podre', cujo topônimo generalizou-se por todo a região. E como tal foi tratada pelas autoridades públicas e eclesiásticas goianas como 'Sertão da Farinha Podre'.
(De Maura Afonso Rodrigues, no livro Fagulhas de história do Triângulo Mineiro)