Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Bucolândia e coisas mais...

Edição nº 1627 - 15 de Junho de 2018

Contaram-me que João Fragozini Borges, casado com Anna Bernardes de Almeida vendia toucinho (óleo de gordura de porco – grifo nosso) em grande quantidade. Percebendo que o toucinho estava querendo ficar ardido, disse à mulher: “Vou sair, se chegar o comprador, apresente só o toucinho mais velho, creio que está meio ardido, mas tome cuidado...”. Chegou o viajante e gritou: “Ô de casa!”. Respondeu de dentro: “Veio comprar toucinho, cuidado, está ardido”. O viajante olhou e percebeu que era o papagaio que falava de cima da trave da casa. Chega a Ana e mostra o toucinho velho. “Só tem este, cadê o novo, mesmo porque o papagaio já disse que este está ardido”. E não Levou. Sabendo do ocorrido, Joãozinho, enfurecido despenou o papagaio e o jogou na rua. Chovia muito. Naquele momento passava por ali um franguinho sem penas e o papagaio foi logo perguntando: “Você também falou do toucinho ardido?”.

(De Maura Afonso Rodrigues, em Fagulhas de História)