Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

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Edição nº 1622 - 11 de Maio de 2018

Uma empresa lucrativa

A empresa que fazia o transporte de passageiros de Sacramento a Araxá, a Auto Aviação, era lucrativa - conta Maura Afonso Rodrigues, no seu livro, 'Fagulhas de História do Triângulo Mineiro. O Fiat 1915 dirigido por José Martins tinha lotação para seis passageiros. Coberto por uma armação de lona, era um carro conversível. Sem bateria, a luz era de carbureto e a ignição (partida) era dada por sistema magnético acionado por uma manivela. Possuía quatro marchas à frente e uma à ré. Com rodas de madeira e pneus com câmara, diferentes dos anteriores, maciços. O combustível e a água eram colocados nos estribos e o freio, colocado do lado de fora do motorista era acionado por uma alavanca. Era um carro considerado de luxo. O salário do motorista, José Martins, era de 120$000 réis por mês. 

O combustível era importado da Standard Shell, dos EUA, um litro custava $700 réis, uma lata de 18 litros, 12$600 (12 mil e 600 réis). Uma viagem de ida e volta a Araxá consumia duas latas de combustível. Os preços da passagem eram 40$000 réis e, um especial, seis lugares, 200$000 réis. De certa forma a empresa era lucrativa.