Os vapores do rio Grande
Quem diria, o rio Grande, que nem peixe hoje tem, já foi um importante meio de transporte fluvial a partir de meados do século XIX. Conta Maura Afonso Rodrigues, no livro Fagulhas de História do Triângulo Mineiro.
“Daí veio a ideia animadora a muitos aventureiros de estabelecerem meios de transporte entre o Sertão da Faria Podre por via fluvial, com diversos pontos da província de São Paulo. Entre eles, João Mateus dos Reis, José Cravo, José Severino Soare, Prudente José Mariano, Misael Batista Machado Fragoso...
A exploração foi feita e levantada a planta, desde Jaguara até a barra do Sapucay-Mirim, na extensão de 167 Km. Em 1883 e 1884, Antônio Martins dos Santos e Belmiro dos Santos abriram a primeira empresa fluvial, construindo 'pirogas'. Dr. Cândido Gonçalves Gomide, chefe do escritório central da ponte de Jaguara, de 1894 a 1907, disse: 'O primeiro vapor que navegou o rio Grande foi o Jaguara I, de rodas laterais, de força de 12 cavalos, importado pela Mogiana para explorar o rio.