Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

UHE de Igarapava comemora Semana do Meio Ambiente

Edição nº 1574 - 09 de Junho de 2017

Há 19 anos, desde o início da formação do reservatório, a Usina Hidrelétrica de Igarapava tem na sua agenda diária um compromisso sistemático com a preservação do meio ambiente no entorno da usina e nos municípios banhados pelo lago, sempre apoiando e incentivando ações de conscientização ambiental nessas comunidades. 

Cerca de 900 alunos do ensino fundamental (5º e 6º anos) das cidades de Conquista, Delta, Igarapava, Rifaina e Sacramento estiveram na usina para participar de uma programação especial nesta Semana do Meio Ambiente, de 5 a 9 de junho. Assistidos por profissionais ligados ao meio ambiente, os estudantes passaram uma manhã nas dependências da hidrelétrica envolvidos com várias ações, reflexões e debates sobre questões relacionadas à fauna e à flora, com um único objetivo, cuidar de 'nossa casa comum', em alusão ao planeta terra, na bela expressão 

do papa Francisco.


O programa de educação ambiental é perene...

Para atender os visitantes, as crianças são separadas em grupos que se alternam nas diferentes atividades, realizadas em parceria com a Cemig, que deixou na usina um aquário com exemplares de peixes nativos do rio Grande; Polícia de Meio Ambiente, com apetrechos de pesca e caça e animais empalhados; universitários da Fazu e Uniube e Maritaca Turismo, empresa contratada para ensinar a criançada a fazer o eco-bonsai.  

Nessas atividades, os estudantes, além de visitarem as dependências internas da usina, participam de várias palestras abordando temas diversos: os animais silvestres da região, como o lobo guará, a suçuarana, tatu, tamanduá; colheita de sementes; transposição de mudas e plantio de bonsai; a ictiofauna do rio Grande e a escada de transposição (escada de peixes), sempre acompanhados de profissionais da área, como José Antonio Colânigo jardineiro responsável pelo viveiro, que cultiva cerca de 50 variedades de mudas.

Para os alunos foi uma aula diferente, prática, cheia de novidades e gostosa de assistir, como bem diz a aluna Camila Simões, da EM Luiz Magnabosco: “Foi muito gostoso. Aqui a gente aprende a cuidar da natureza, dos bichos e até plantar mudas”. Guilherme Crema Bizinoto tem a mesma opinião: “Estamos aprendendo sobre o meio ambiente e o que devemos fazer para cuidar dos animais, das plantas, fazer reciclagem...”.

As analistas sócio ambientais, Joelma Mendes Gomes e Ana Paula  organizam as visitas e coordenam o trabalho da equipe de apoio, direcionando todas as atividades. Em entrevista ao ET, Joelma faz uma avaliação muito positiva da participação das escolas. 

“- É muito gratificante para nós que estamos na organização e como funcionária da Usina, participar dessas atividades. É sempre um prazer recebermos essas crianças e vermos que elas saem daqui com uma visão diferente e que vão levar isso pela vida inteira. Aqui eles têm a dimensão de que isso é educação para a vida e não apenas nessa Semana de Meio Ambiente. Eles saem daqui maravilhados, porque veem tudo na prática”, avalia. 

Para o coordenador socioambiental, Kessius Morais de Lima e Silva, embora a usina realize constantes atividades durante todo o ano, a Semana de Meio Ambiente é uma das datas especiais vivenciadas pela UHE de Igarapava. “O Programa de Educação Ambiental é perene. Essas atividades que fazemos na semana de Meio Ambiente vêm para complementar, focar um pouco mais e atingir as novas gerações”, justifica. 

O gerente geral da UHE de Igarapava, Claudio Antônio da Silva, se orgulha do programa de Educação Ambiental do Consórcio. “Trazemos isso como valor para o empreendimento e temos orgulho em receber Sacramento, Conquista, Igarapava e Rifaina, que estão na nossa área de abrangência”, reconhece, informando que usina abre também oportunidade para escolas de Delta, Ituverava, Uberaba, conforme explica:

“- Queremos deixar um diferencial para as pessoas que passam por aqui. O programa vai completar 20 anos e temos a grata surpresa de ver que pessoas que estiveram aqui com 7, 8 anos de idade, retornam hoje trazendo recordações do que levaram da Usina. A educação ambiental não pode se resumir numa visita simplesmente, ela tem que deixar realmente a diferença do empreendimento. Sabemos do impacto que ela causa ao meio ambiente, mas ela pode fazer a diferença e dar a contrapartida para a comunidade onde está inserida”.